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DATA DA PUBLICAÇÃO 06/09/2016 | Economia
Bancos entram em greve a partir de hoje por tempo indeterminado
Bancos entram em greve a partir de hoje por tempo indeterminado Foto: Celso Luiz/DGABC
Foto: Celso Luiz/DGABC
Os bancos estão em greve a partir de hoje, por tempo indeterminado. A paralisação ocorre em todo o País, e no Grande ABC se concentra nas áreas centrais das sete cidades, onde há maior volume de agências bancárias. Caixas eletrônicos e internet banking, porém, seguem funcionando.

Os bancários cruzam os braços na tentativa de obter melhor proposta de reajuste salarial, entre outros benefícios. A categoria pede aumento de 14,78%, sendo a reposição do INPC (Índice de Nacional de Preços ao Consumidor), que nos 12 meses encerrados em julho acumula 9,56%, mais cinco pontos percentuais de ganho real. A Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) oferece 6,5% de correção, ou seja, três pontos percentuais a menos que a inflação. Mais abono de R$ 3.000.

“Essa proposta é inaceitável. E o abono não vale a pena, porque ele sofre descontos do IR (Imposto de Renda) e do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), ou seja, vem menor para o trabalhador. Além disso, o valor não é incorporado ao salário, ou seja, as férias e o 13º salário ficam no mesmo patamar do ano passado. O recolhimento para a Previdência também é mais baixo, o que impacta em aposentadoria menor”, justifica Belmiro Moreira, presidente do Sindicato dos Bancários do ABC.

Outro pleito dos funcionários dos bancos é piso salarial de R$ 3.940, conforme salário mínimo definido pelo Dieese – hoje, o valor de entrada é de R$ 1.900. Ainda, PLR (Participação nos Lucros e Resultados) de três salários mais montante fixo de R$ 8.317,90 – atualmente, a quantia é limitada a 2,2 salários.

Quanto aos benefícios, a proposta é ampliar o vale-refeição, atualmente em R$ 652 mensais, para R$ 880, equivalente ao salário-mínimo. O mesmo valor é pedido para a cesta-alimentação, que hoje é de R$ 490.

“Além dessas cláusulas financeiras, lutamos pela manutenção do emprego. O setor vem demitindo muito nos últimos meses. Só neste ano foram 7.000 cortes em todo o País e mais de 200 no Grande ABC. Isso precisa parar. Os bancos têm substituído trabalhadores pela inovação tecnológica. E nós queremos negociar um meio de manter os profissionais mesmo com o avanço das agências digitais”, diz Moreira. Atualmente, a região possui 6.600 bancários que atuam em cerca de 400 agências e 80 PABs (Postos de Atendimento Bancários).

O QUE FAZER - Quem tem contas a pagar com vencimento para hoje ou pelos próximos dias em que a greve durar, deve ter consciência de que o pagamento precisa ser feito, pois multas e juros irão incidir sobre os valores, mesmo com a paralisação.

O Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor) avalia que o primeiro passo é ligar para a agência na qual possui conta, para saber se ela aderiu à greve. “Se a resposta for positiva, entre em contato com o banco e descubra qual a agência mais próxima que poderá atendê-lo. O mesmo vale para quem tem dinheiro a receber diretamente na boca do caixa.”

O consumidor pode também buscar efetuar o pagamento de suas contas por telefone, internet ou caixas eletrônicos. É importante não deixar de solicitar algum documento que possa comprovar a operação. No caso da internet, ele pode ser impresso. Pelo telefone, é preciso anotar o número do protocolo. Quem não dispõe de cartão para uso do caixa eletrônico, pode recorrer às casas lotéricas e até lojas de departamentos que aceitam a quitação de diversas contas, orienta a Proteste Associação de Consumidores.

“Para as pessoas que têm contas de tarifas públicas vencendo, como água, telefone e energia, é aconselhável ligar para as empresas e negociar forma de pagamento. São contas que podem ser quitadas em qualquer banco, já que o cálculo de taxas de multas (se já tiverem vencido) é acordado com a própria empresa que presta o serviço”, diz a entidade.

Aposentados e pensionistas do INSS consegue retirar o benefício nos caixas eletrônicos. À exceção daqueles que recebem pela Caixa, que só poderão retirá-lo o nas casas lotéricas.

Por Soraia Abreu Pedrozo - Diário do Grande ABC
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