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DATA DA PUBLICAÇÃO 26/05/2012 | Economia
Bancos dificultam crédito para a compra de carros
Bancos dificultam crédito para a compra de carros   Concessionárias esperam movimento, mas cliente reclama da falta de crédito. Foto: Norberto da Silva
Concessionárias esperam movimento, mas cliente reclama da falta de crédito. Foto: Norberto da Silva
Concessionárias afirmam que clientes não conseguem crédito para comprar financiado

Concessionárias afirmam que clientes não conseguem crédito. Os bancos estão dificultando a liberação de crédito e impedindo a facilidade de compra de veículos, que foi o objetivo do governo federal ao lançar medidas esta semana para o setor. A reclamação é de representantes de concessionárias autorizadas na Região. Os preços dos carros estão mais atrativos, mas o consumidor não tem acesso ao crédito. As instituições alegam a alta inadimplência no sistema financeiro.

Os bancos precisam trabalhar em parceria com as montadoras e também com as concessionárias para que o mercado automotivo possa conquistar melhores resultados, de acordo com André Beer, consultor especializado no setor. “Se não ocorrer uma parceria entre fabricantes, vendedores e instituições bancárias, o crescimento da economia brasileira nos próximos três meses pode ser menor do que o esperado”, disse.

Para Jaime Santos, gerente da concessionária Volkswagen Conshop, de Santo André, as expectativas de vendas para o fim de maio não são nada positivas. “Os bancos não estão liberando os financiamentos para os consumidores. Precisamos que as instituições bancárias trabalhem em conjunto com as concessionárias para que seja possível vender os veículos. A melhor opção para quem almeja comprar um automóvel zero-quilômetro é comprar à vista ou financiar no máximo em 48 vezes”, destacou.

Estoques - Na opinião do gerente operacional do Grupo Sinal, Sandro Meneguetti, deve ocorrer até o fim deste mês uma readequação dos estoques nas concessionárias. “As lojas contam com muitos carros estocados e a tendência é de que ocorra um volume maior de compras no ABCD. Estamos planejando ações comerciais durante a semana para atrair o público. Os preços do Novo Fiat Uno e do Novo Palio tiveram reduções de até R$ 2 mil”, afirmou.

O professor de Economia da Esags (Escola Superior de Administração e Gestão), Manoel Marcondes Filho, disse que o mercado automotivo deve galgar melhores resultados somente em junho. “É preciso ter um mês cheio para que seja possível observar como o setor irá se comportar. A expectativa é de que os bancos passem a oferecer melhores condições de financiamento nos próximos meses”, destacou. Marcondes ressaltou que o pacote lançado pelo governo federal para fomentar o mercado automotivo brasileiro chega em boa hora.

Natália Barreto, recepcionista, 18 anos, procura o seu primeiro carro e disse que está fazendo um levantamento de preços. “Estou analisando as ofertas e acho que até o começo do próximo mês consigo definir qual carro poderei adquirir. Acredito que com essa redução de preços ficará mais fácil comprar”, afirmou.

Preço nas autorizadas do ABCD é mais barato

Apesar da dificuldade do consumidor em conseguir crédito no mercado financeiro, os preços e condições nas concessionárias do ABCD são melhores do que os praticados nas lojas da Capital e Baixada Santista. O preço final do veículo em São Bernardo chega a ser R$ 2 mil mais barato do que em São Paulo ou no Litoral.

Para o professor de Economia da FEA-USP (Faculdade de Economia e Administração da Universidade de São Paulo), Simão Silber, o fenômeno ocorre pelo fato de o ABCD ser atualmente uma das regiões onde o consumo tem crescido significativamente nos últimos anos. “A Região conta com uma população jovem e que possui condições financeiras favoráveis para trocar de carro ou comprar um segundo veículo. O destaque fica para São Bernardo e São Caetano, que se configuram como as principais cidades com potencial de impulsionar a economia regional”, disse.

Na Hyundai Caoa, de São Bernardo, o gerente de vendas, Eduardo Donatiello, ressaltou que o fluxo de compras tem aumentado significativamente nos últimos meses. Donatiello disse que as condições nas lojas no ABCD estão mais atrativas porque as concessionárias optam por trabalhar com veículos em pronta entrega. “Em algumas lojas, a entrega chega a demorar quase dois meses, o preço do veículo acaba subindo e quem perde é o consumidor.”

Por Felipe Rodrigues - ABCD Maior
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