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DATA DA PUBLICAÇÃO 16/11/2017 | Setecidades
Avenida dos Estados segue sem previsão de melhorias
Avenida dos Estados segue sem previsão de melhorias Revitalização da via, reivindicação antiga, esbarra em falta de verba e na lentidão de análise de projetos pelo Estado. Foto: Denis Maciel/DGABC
Revitalização da via, reivindicação antiga, esbarra em falta de verba e na lentidão de análise de projetos pelo Estado. Foto: Denis Maciel/DGABC
Discutido por lideranças do Grande ABC há pelo menos duas décadas, o ambicioso projeto de revitalização da Avenida dos Estados – que no início do ano retornou à pauta dos prefeitos da região, na época recém-empossados – continua no papel. Embora tenham sido empenhados alguns esforços nos últimos 11 meses na tentativa de firmar parcerias externas com o objetivo de viabilizar melhorias estruturais nos 15 quilômetros da via que corta três das sete cidades (Santo André, São Caetano e Mauá), a efetivação de obras segue sem previsão.

A burocracia, somada à lentidão para análise de proposta apresentada há pelo menos cinco meses ao governo estadual, é a causa da manutenção e, inclusive, intensificação de velhos problemas, como buracos e remendos malfeitos no asfalto, falta de sinalização viária adequada, vegetação alta em diversos trechos e erosão às margens do Rio Tamanduateí.

Estudo elaborado pela Prefeitura de Santo André, por meio do Semasa (Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André) em parceria com técnicos do Crea-SP (Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de São Paulo) foi apresentado em junho pelo prefeito Paulo Serra (PSDB) ao governador Geraldo Alckmin (PSDB) e para o secretário-chefe da Casa Civil, Samuel Moreira, durante agenda no Palácio dos Bandeirantes. O documento prevê a necessidade de R$ 79,2 milhões para revitalização da Avenida dos Estados em trecho correspondente ao território andreense.

A ideia era a de que, com o estudo em mãos, representantes do Estado pudessem ter real noção da situação crítica da Avenida dos Estados e suas necessidades estruturais, facilitando, assim, possível apoio financeiro para execução de obras no eixo que liga o Grande ABC à Capital. A medida, no entanto, parece não ter surgido efeito. Segundo a Casa Civil, o pedido protocolado ainda segue em análise. “Não há, até o momento, decisão sobre a reivindicação”, ressalta, em nota, o órgão.

No projeto, a Prefeitura de Santo André dividiu em três eixos a realização das obras: contenção (R$ 19,4 milhões), reestruturação das pontes (R$ 43 milhões) e revitalização do asfalto (R$ 16,8 milhões). A proposta era a de que tais recursos fossem repassados pela Desenvolve-SP (Agência de Desenvolvimento Paulista), órgão ligado ao governo estadual que, nesta semana, liberou empréstimo de R$ 30 milhões para a Prefeitura de São Bernardo para custeio de melhorias de infraestrutura viária.

MOROSIDADE
Embora municípios da região tenham encontrado dificuldades nas tratativas com o Estado, as administrações públicas sequer têm cogitado possível negociação com o governo federal. Lançado no segundo semestre, o programa Avançar Cidades – que deve custear obras viárias em todo País – até o momento não está entre as opções de pedido de ajuda financeira para efetivar o projeto da Avenida dos Estados.

Em relação ao Consórcio Intermunicipal do Grande ABC a situação é a mesma. No momento, o único projeto tratado pelo órgão que inclui melhoria da via regional é a elaboração de 21 propostas para criação de Plano de Mobilidade Regional, que prioriza corredores de transporte coletivo.

Santo André faz manutenção de pontes

Responsável pelo maior trecho da Avenida dos Estados, a Prefeitura de Santo André destacou estar fazendo “sua lição de casa e não colocando apenas a culpa no governo do Estado” em relação aos problemas da via, que liga o Grande ABC à Capital.

Prova disso, conforme a administração, foi a entrega de nova estrutura de ponte localizada na altura da Rua Augusto Ruschi (próximo ao Sam''''s Club), aberta ao tráfego no dia 6, após sete meses de obras. A passagem havia cedido em abril.

A administração destaca que o Semasa (Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André) realizou inédito programa de diagnóstico preventivo em 43 pontes que cruzam rios e córregos de Santo André para detectar problemas que possam comprometer a segurança das construções e, assim, agilizar manutenções e evitar transtornos como os que a cidade já enfrentou neste ano. “Se este diagnóstico tivesse sido feito em outras gestões, bem como as manutenções preventivas que estamos realizando, talvez não tivéssemos chegado a este ponto”, considera a Prefeitura.

O programa de diagnóstico das pontes, que começou no fim de janeiro – assim que foi detectado o solapamento na rotatória da Avenida dos Estados que dá acesso ao bairro Santa Terezinha –, resultou em intervenções em outras duas pontes: a do Tamanduateí (Avenida dos Estados junto à Avenida Engenheiro Olavo Alaysio de Lima, ao lado da Craisa – Companhia Regional de Abastecimento Integrado de Santo André) e a do Córrego Guarará (Avenida Capitão Mário Toledo de Camargo com a Rua Cisplatina).

De acordo com o Paço, a expectativa é a de que sejam feitas manutenções em mais duas pontes da Avenida dos Estados: a passagem sobre o Rio Tamanduateí que dá acesso à Alameda Vieira de Carvalho (na altura do Sesi), já iniciada; e estrutura na Rua dos Alpes, que precisa de recuperação e reforço estrutural.

Problemas motivaram campanha do Diário

No dia 7 de janeiro de 1996, o Diário lançou campanha pública pioneira para a recuperação da Avenida dos Estados. Na ocasião, a via apresentava pontos de alagamento e buracos por toda sua extensão, problemas agravados ao longo dos anos.

A ação teve como fruto abaixo-assinado, que coletou 36 mil assinaturas, e foi entregue ao governador do Estado (Mário Covas, PSDB, morto em 2001), ao Consórcio Intermunicipal do Grande ABC e aos prefeitos de Santo André (Newton Brandão, PSDB, morto em 2010), São Caetano (Antonio José Dall''''Anese, PSDB) e Mauá (José Carlos Grecco, PSDB), cidades cortadas pela via. A campanha, no entanto, não surtiu efeito.

“Parece que a cada ano que passa a avenida tem mais buraco e torna-se cada dia mais perigosa”, relata o assistente de recursos humanos Thiago Holanda, 27 anos.

Na avaliação de motoristas, prefeituras limitam suas ações a obras paliativas. “Só fazem tapa-buraco. Isso não resolve o problema de nenhuma rua, principalmente aqui, por onde passam muitos caminhões”, afirma a vendedora Natasha Muniz de Aguiar, 32.

Por Daniel Macário - Diário do Grande ABC
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