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DATA DA PUBLICAÇÃO 01/12/2007 | Política
Avamileno nega existência de crise
O fato de a base aliada ter demonstrado publicamente a insatisfação por ter sido alijada do processo de discussão da nova composição do secretariado de Santo André não foi suficiente para o prefeito João Avamileno (PT) temer pela governabilidade.

Mais do que isso, o chefe do Executivo negou a existência de uma crise na administração, iniciada quando ele tomou posição na prévia que definiu o candidato petista a prefeito em 2008, na qual ele apoiou o deputado estadual Vanderlei Siraque.

“Não há crise instalada na Prefeitura ou mesmo na Câmara. Enfrentamos uma situação difícil, parecida a uma crise, mas ela está praticamente solucionada”, respondeu.

A respeito da reclamação dos partidos aliados, que gostariam de ao menos terem sido chamados para discutir as nomeações que o prefeito precisou fazer após a saída em massa de 13 dos seus 16 secretários, Avamileno disse que “o momento não era adequado” para se negociar o comando de Pastas com a base de sustentação. “Esses partidos já participam da administração. Tenho apenas mais um ano de governo, e preciso dar continuidade às realizações na cidade.”

Avamileno ressaltou que negociar uma participação maior dos aliados neste momento seria prejudicial. “Não quero mexer muito na estrutura da Prefeitura agora”, explicou. Ele garante que na próxima semana se reunirá com cada partido para “transmitir os problemas pós-prévia do PT”. “Temos de conversar, até porque queremos que eles estejam conosco nas próximas eleições.”

Histórico - No final de 2006, o PMDB começou a cobrar participação mais efetiva na administração petista. PV e PSB, também partidos de situação, sentiram-se no direito de cobrar o mesmo.

Mas o prefeito não atendeu às reivindicações porque não queria mudar o secretariado, que deixou o governo nesta semana por conta da prévia.

Oposição e situação traçam planos futuros

Uma terceira via, formada por quadros atualmente de oposição e de sustentação ao governo petista do prefeito João Avamileno, pode estar surgindo em Santo André. Ontem, em almoço numa churrascaria da cidade, juntou algumas das principais forças políticas do município: PSDB, PTB, PSB, PV e PDT. No cardápio, o prato principal foi eleições 2008.

No que depender da disposição dos presentes ao encontro, em breve, PT e DEM – partidos cujos candidatos a prefeito já estão definidos – conhecerão mais um adversário no que diz respeito à sucessão municipal. “Temos seis nomes de peso nesta mesa. O grupo aqui reunido representa de 120 a 150 mil votos. Por isso a importância desse evento”, afirmou o ex-deputado federal Duílio Pisaneschi (PSB), referindo-se a ele próprio e aos vereadores Paulinho Serra (PSDB), Aidan Ravin (PTB), Donizeti Pereira (PV), José Ricardo (PSB) e Carlos Ferreira (PDT).

A intenção dessa primeira reunião foi a de iniciar as discussões a fim de que o grupo possa lançar candidatos a prefeito e a vice para o pleito do próximo ano. O encontro ocorre em boa hora, tanto para a oposição, que tenta se aproveitar do momento delicado pelo qual atravessa o PT, quanto, principalmente, para aliados como PSB e PV, insatisfeitos com a falta de espaço no governo.

“Trata-se de uma conversa preliminar, com a possibilidade de construirmos algo novo para oferecer à cidade”, explica José Ricardo, vereador e presidente municipal do PSB. Os socialistas, inclusive, parecem ter abandonado definitivamente o discurso de entrar na briga com outros partidos de sustentação para disputar a indicação do vice na chapa petista. Especula-se que o PSB lance nos próximos dias o nome de Pisaneschi.

“Não tínhamos um quadro como ele no início das discussões, por isso pleiteamos a vice primeiramente”, ressaltou Ricardo.

Argumentos - O vereador Donizeti Pereira, dirigente do PV, explicou que o encontro com a oposição não significa um rompimento com a atual administração, na qual os verdes integram a base de situação.

“Estamos discutindo um outro momento, pois temos a convicção de que partido nenhum consegue se eleger ou mesmo governar uma cidade como Santo André sozinho. Além disso, o nosso acordo com o PT nesta gestão termina em 31 de dezembro de 2008”, lembrou Donizeti.

Pré-candidato à Prefeitura, o tucano Paulinho Serra disse que sua presença no almoço representava apenas uma ala do PSDB, e não o partido todo – que possui outros dois pré-candidatos: o ex-prefeito Newton Brandão e o médico Vanderley de Paula.

“O PSDB tem de fazer parte dessa conversa. Mesmo que eu não seja o indicado do partido para ser candidato, o PSDB estará de alguma forma inserido nesta discussão, pois o que está por trás dessa reunião são os interesses da cidade, e não pessoais ou partidários”, relatou.

O parlamentar Carlos Ferreira também foi taxativo ao justificar a presença dele. “Não estou aqui para falar em nome do PDT porque não tenho procuração para isso. Estou aqui como vereador e cidadão, que sonha com mudanças na cidade. Democracia é isso.”

Pastas de Administração e de Finanças têm novos titulares

O prefeito João Avamileno (PT-Santo André) não conseguiu fechar ontem, como pretendia, a sua nova equipe de governo.

Embora o petista tenha anunciado mais dois nomes na noite de sexta-feira, ainda faltam outros dois a serem nomeados – os secretários de Cultura, Esportes e Lazer; e o de Desenvolvimento Urbano e Habitação. O prefeito Avamileno pretende fazê-lo já na segunda-feira à tarde.

Os mais novos integrantes do primeiro escalão de Santo André são Aguinaldo Balon e Walter Faria.

Advogado, com pós-graduação em Direito Público e Regulação de Mercado, Balon assume a Secretaria de Administração e Modernização. Ele ocupava havia cinco anos a diretoria do Departamento de Materiais e Patrimônio da Pasta.

Segundo informações da Prefeitura, Balon exerceu cargos públicos em departamentos de licitações e contratos na ETCD (Empresa de Transporte Coletivo de Diadema) e na Sama (Saneamento Básico do Município de Mauá).

Já Walter Faria assumirá interinamente a Pasta de Finanças, da qual era secretário-adjunto havia seis anos. Funcionário público de carreira desde 1990, ele é formado em Economia e já exerceu a função de gerente de controle financeiro.

Segundo Avamileno, Faria pretende seguir na Prefeitura, mas não como secretário. “Ele ficará até o final do ano ou meados de janeiro, quando a pessoa convidada poderá assumir a função”, garantiu.

Na próxima quarta-feira, o chefe do Executivo pretende anunciar de maneira oficial todo o secretariado às mais de 500 pessoas hoje em cargos comissionados na Prefeitura.

Por Leandro Laranjeira - Diário do Grande ABC
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