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DATA DA PUBLICAÇÃO 18/08/2008 | Cultura
Autor brinca de roleta russa em ''A Favorita''
João Emanuel Carneiro parece brincar de roleta-russa em A Favorita. No início da carreira, o autor foi roteirista de longas como Central do Brasil (1998). Tramas que lançam lente de aumento diante das necessidades das massas são sua especialidade (como mostrou em Cobras & Lagartos e Da Cor do Pecado). Mas a história principal de A Favorita evidencia que ele está na contramão. As tramas paralelas da novela até tratam de conflitos sociais, mas não têm relação com seu principal fio condutor: o caráter ambíguo de Donatela (Cláudia Raia) e Flora (Patrícia Pillar).

O autor resolveu condenar à vilania a personagem que havia conquistado a confiança de parte dos telespectadores. Mas João Emanuel, provavelmente em decorrência da diminuta audiência da novela, deu uma guinada na história para atrair a atenção do público. Pegou o único trunfo, que costuma ser revelado no final, e o atirou como granada no horário nobre. Poderia explodir. Ou não. O capítulo que foi revelado que Flora era a assassina, bateu recorde e atingiu 46 pontos de média com 65% de participação. Em seguida, tudo voltou ao normal: a audiência se equilibra em insatisfatórios 40 pontos de média.

Ainda é cedo para avaliar se foi um tiro no pé. Diversas questões ambém não foram bem amarradas. Como, por exemplo, Donatela ter se assustado quando Flora revelou que matou o amante, já que ela havia presenciado o crime. Também deixou a desejar a mudança de comportamento de Flora. A então "boazinha" passou a agir como psicopata, mesmo diante dos que sabiam que ela era homicida, como Silverinha (Ary Fontoura).

Mas a tentativa de strike de João Emanuel com a "revelação" tem poucas saídas, já que acompanhar o sofrimento de Donatela tentando provar sua inocência não parece ser um dos programas mais animados na TV. O autor já começou a lançar mão de seu único curinga: crescer a importância de núcleos secundários.

Uma das histórias mais fáceis de emplacar em ano de eleições é o conflito entre Alicia (Taís Araújo) e Romildo (Milton Gonçalves). Corrupto, o político tem na revolta da filha o maior rival. Outra aposta é o carismático Copola (Tarcísio Meira). O personagem faz greve de fome numa alusão a Frei Luiz Cappio contra o projeto de transposição do São Francisco. Com referências políticas e discretas denúncias, Carneiro começa a manobrar e tentar pegar a mão certa.

Por Mariana Trigo - TV Press
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