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DATA DA PUBLICAÇÃO 24/02/2016 | Veículos
Audi Q7: primeiras impressões
Audi Q7: primeiras impressões Audi Q7 (Foto: André Paixão/G1)
Audi Q7 (Foto: André Paixão/G1)
Maior SUV da marca ganha nova geração, com versão única.

Além de 325 kg mais leve, modelo pode ter rodas traseiras que viram.


Imagine sua conta bancária com meio milhão de reais destinados à compra de um carro. Qual a melhor opção? Esportivo, sedã de luxo, SUV grandalhão? Com recursos tão fartos, a escolha pode ser um problema. Para tentar convencer que o novo Q7é a melhor escolha, a Audi aposta em tecnologia, com aparatos inéditos no modelo, até então.

O maior SUV da marca alemã desembarca no Brasil em nova geração, em versão única Ambition, custando a R$ 399.990.

Tiraram um 'piano' do carro
Normalmente, quando uma nova geração é apresentada, as medidas de um carro crescem. Com o Q7, o movimento foi contrário. O SUV ficou 3,7 cm menor no comprimento e 1,5 cm mais estreito. Mesmo assim, o porte do Audi é generoso. São 5,05 m de comprimento, 2,99 m de entre-eixos e 1,97 m de largura.

A grande sacada da Audi, porém, foi promover uma grande redução de peso. Ao todo, são até 325 kg a menos. A "dieta" foi geral, incluindo bancos (-18,7 kg), reservatórios (-46 kg), portas (-24 kg), carroceria (-71 kg), entre outros componentes.

Boa parte desta perda de peso se deve ao uso de materiais mais leves, embora mais resistentes. Praticamente toda a carroceria, incluindo portas, teto e capô, é construída de alumínio. A nova plataforma MLBevo, própria para modelos com motor em posição longitudinal, também ajuda.

Para exemplificar o quão representativo são os 325 kg a menos, a marca brincou, dizendo que é como se o Q7 anterior (lançado em 2005) carregasse um piano, na comparação com o modelo atual. De fato, um piano de cauda da Yamaha, no modelo C3, por exemplo, pesa 320 kg.

Recheado de tecnologias
Se o Q7 está mais leve do que nunca, também é um dos carros mais tecnológicos e bem equipados da marca. A lista de itens de série é extensa.

O SUV conta com ar-condicionado digital de quatro zonas (controles independentes para motorista e ocupantes), bancos de couro, assentos dianteiros com ajustes elétricos (e memória, para o do motorista), controle de cruzeiro, start-stop, porta-malas com fechamento elétrico e sistema "hands free" (que permite abrir ou fechar a tampa com um movimento dos pés sob o para-choque), teto solar panorâmico, acesso e partida sem chave, airbags frontais, laterais e de cortina, faróis de xenônio com luzes diurnas de LED, sensores de estacionamento dianteiro e traseiro, com câmera 360°, sensores de luz e chuva, e rodas de liga leve de 20 polegadas.

É o segundo modelo da Audi no Brasil a contar com o quadro de instrumentos chamado de Virtual Cockpit. A tecnologia estreou por aqui no TT, no ano passado, e permite ao condutor configurar os mostradores, graças a uma tela de LCD retangular de 12,3 polegadas (maior que 2 iPhones 6 Plus juntos). Com ela, é possível reduzir velocímetro e conta-giros, e privilegiar a navegação, por exemplo. O movimento contrário também é permitido.

Outro equipamento "high tech" é a central multimídia MMI, com tela de 8,3 polegadas de alta resolução. Ela não é sensível ao toque, e é aí que entra a novidade. Sai de cena o touchpad redondo, que também tinha função de seletor, e entra um novo sistema, com área de 11 cm x 6 cm, que tem funcionamento parecido com o touchpad de um notebook. Ele fica posicionado à frente da alavanca de câmbio, e tem funcionamento simples e intuitivo.

Opcionais que valem outro carro
Mesmo com tantos itens de série, ainda é possível rechear mais o Q7. É justamente na lista de opcionais que estão os equipamentos mais interessantes. O problema é o preço que a Audi cobra por eles.

Pela "bagatela" de R$ 20 mil, é possível comprar a terceira fileira de bancos, transformando o SUV em um 7 lugares. Ela conta com acionamento elétrico, e pode ser bipartida. Também existe a possibilidade de inclinar os bancos da segunda fileira para liberar espaço e facilitar o embarque.

A suspensão adaptativa a ar é outro item vendido separadamente. Com ela, o motorista pode escolher entre 6 níveis de altura. Eles variam de acordo com o modo de condução escolhido e a velocidade do veículo.

A variação total da altura do veículo é de 11,5 cm. Tomando como base o modo Auto, a suspensão pode ser elevada em 2,5 cm no modo allroad, para um off-road leve, e em até 6 cm, para uma trilha mais pesada.

Por outro lado, também é possível deixar o veículo até 5,5 cm mais baixo. No modo Dinâmico, a suspensão fica 1,5 cm mais baixa. O nível Estrada, selecionado automaticamente, abaixa o carro em 3 cm. E no nível de Carga, só acionado no eixo traseiro e com o veículo parado, o carro fica até 5,5 cm mais baixo para facilitar o embarque e desembarque de bagagens.

O preço desta comodidade? R$ 30 mil, valor suficiente para levar um Fiat Palio Fire, de R$ 28.790, com direito a mais de R$ 1 mil de troco.

Outro opcional que custa o valor de um carro é o Pacote Tecnológico. Ele sai por R$ 32 mil, praticamente o mesmo valor de um Volkswagen Up básico, de R$ 32.190, e inclui faróis full LED, câmera de visão noturna e eixo traseiro dinâmico.

Este último item tem duas funções principais. A primeira entra em cena quando o veículo está em velocidades mais altas e precisa realizar uma troca de faixa repentina: as rodas de trás esterçam em até 6 graus, no mesmo sentido das dianteiras. Isso melhora a estabilidade e faz com que o comportamento fique mais parecido com o de um veículo menor.

Por outro lado, em baixas velocidades, as rodas traseiras giram os mesmos 6 graus, porém no sentido contrário às dianteiras, ajudando a reduzir o espaço de manobra, e facilitando balizas e conversões em locais apertados.

Como anda?
Junto com as inúmeras mudanças tecnológicas, sob o capô, o Q7 também evoluiu. Se, na descrição, o V6 de 3 litros com compressor é idêntico ao da geração passada, na prática, o motor sofreu diversas alterações.

A potência, que antes era de 272 cavalos subiu para 333 cv. De acordo com Lothar Werninghaus, consultor técnico da Audi, o aumento de potência, entre outros fatores, se deve a melhorias no cabeçote e no compressor e também à mudança de posição do filtro de ar.

Para melhorar a eficiência energética foi adotado o sistema de dupla injeção - direta em situações que o motor é mais exigido, e indireta quando não é tão exigido.

O motor atualizado vem acompanhado da transmissão automática de 8 marchas e da tração integral quattro. Segundo dados de fábrica, a aceleração de 0 a 100 km/h é feita em 6,1 segundos, com máxima de 250 km/h.

A tração conta com diferencial autoblocante, capaz de enviar até 70% da força para as rodas dianteiras e, se necessário, 85% para as traseiras. Contudo, a distribuição padrão é de 40% na dianteira e 60% na traseira.

Ao volante, durante o teste de aproximadamente 100 km, na região de Atibaia (SP), o Q7 se mostrou ágil, apesar do porte avantajado. Também graças ao tamanho, ele não é tão esportivo como outros modelos da marca, como era de se imaginar.

É possível fazer uma rápida comparação com o Mercedes GLE Coupé, que traz um motor semelhante em porte e potência, mas que possui comportamento muito mais esportivo, mesmo em um modo de condução voltado para o conforto.

A unidade avaliada era equipada com todos os opcionais. Um motorista mais desatento dificilmente irá notar as variações na altura da suspensão e o eixo traseiro dinâmico. Porém, na hora de contornar curvas, o que se percebe é um carro mais "grudado", enquanto em estradas de terra, como em um dos trechos do teste, a chance de raspar o assoalho é bem menor.

Concorrentes
O Audi Q7 se coloca, ao lado do Volvo XC90, como uma das opções mais modernas no segmento de SUVs grandalhões, ou “full size”. Coincidentemente, eles também estão entre os modelos mais em conta.

Enquanto o Audi começa em R$ 399.990, e pode chegar a quase R$ 500 mil com opcionais, o Volvo, que tem motor de 2 litros e 320 cv começa em R$ 330.950. Ainda abaixo dos R$ 400 mil, o BMW X5, na versão 35i, de 306 cv, parte de R$ 394.950.

Acima dos R$ 400 mil, aparecem versões diesel de SUVs grandes. A Mercedes tem em seu catálogo o GL 350 BlueTec, com motor V6 3.0 de 258 cv. Ele sai por R$ 404,9 mil. Já a Land Rover tem o Range Rover, antigo Vogue, em versão SE, com motor V8 4.4, também diesel, de 339 cv. Ele sai por R$ 606,5 mil, e é o mais caro dos rivais, mas também o mais luxuoso.

Conclusão
Com uma profunda reforma, o Q7 só conservou, em relação à geração anterior, o nome. Se tornou um modelo muito mais leve, espaçoso e moderno. Com tantos equipamentos, ele chega como um dos principais concorrentes para quem busca o SUV grandalhão com as tecnologias mais recentes.

O Audi só esbarra em opcionais caros. A lista é interessante, principalmente os equipamentos de segurança, a terceira fileira de bancos e o eixo traseiro dinâmico. O problema é ter que pagar quase R$ 100 mil por itens extras. E a etiqueta de preços ainda pode esbarrar nos R$ 500 mil.

Por André Paixão - G1, em Atibaia (SP)
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