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DATA DA PUBLICAÇÃO 15/05/2011 | Esportes
Atletismo da Região já vive o ano de 2016
A primeira Olimpíada no Brasil acontece em 2016, mas para o atletismo do ABCD as disputas já começaram. A equipe da ASA (Associação São-bernardense de Atletismo) lapida seus atletas de olho no evento do Rio de Janeiro. Nas categorias menores, garotos e garotas têm alcançado resultados importantes e surgem como esperança.

Jéssica Carolina dos Reis, 18 anos, é um dos destaques do município. A atleta, moradora do Jardim Claudia, tem a sétima melhor marca do mundo em 2011 na categoria juvenil do salto em distância: 6,29m. “É uma menina que começou bem. Foi campeã brasileira e sul-americana nas categorias menores”, destaca o técnico da ASA, José Cordeiro de Carvalho, um dos ‘pais’ da bernardense, que também participa de provas dos 100 metros rasos.

A menina foi descoberta em 2007. “Foi meio por acaso, durante os Jogos Escolares. Minha professora percebeu que eu tinha potencial. Meu sonho mesmo era ser médica”, revela Jéssica, que hoje cursa faculdade de educação física. “Ela chegou à equipe com um grupo e percebi que tinha capacidade, força e velocidade”, ressalta o treinador.

O próximo desafio da atleta são os Jogos Pan-Americanos Juvenis, em agosto, nos Estados Unidos. Competição, aliás, que João Vitor de Oliveira também disputa. O rapaz de 19 anos tem índice para os 110 metros com barreira e busca marca para os 400 metros. O corredor juvenil conta com o sexto melhor tempo do mundo no ano nos 110 (13s68).

Mesmo assim, João não tem preferência de prova. “Para mim, é igual tanto uma quanto a outra. A gente priorizou o índice para o Pan nos 110 metros para depois fazer os 400”, explica o rapaz, treinado por Hebe Scolfaro. “Para mim, ela é uma mãe”, garante.

De fato, a técnica cuida do atleta como se fosse um filho. Hebe sabe, por exemplo, que João hoje teria condições de realizar treinos que exigiriam mais dele e o fariam obter resultados ainda melhores. Tal esforço, no entanto, poderia comprometer seu corpo no futuro. Diante disto, o objetivo maior está focado nos Jogos do Rio. “Dá para pensarmos no João para a Olimpíada de Londres, em 2012, mas estamos visando mesmo 2016”, admite a treinadora.

Para alcançar bons resultados, o corredor precisou de disciplina e vontade. Depois de começar a treinar no Interior de São Paulo, veio para a Região, onde vive atualmente. “Saí de casa com 15 anos. Abri mão da família por causa do sonho”, conta o garoto, assediado por outras equipes.

São Caetano - Tradicional importador de atletas, o município aposta as fichas em Thiago Braz, 17 anos. Ele é a carta na manga de Élson Miranda, técnico da saltadora com vara Fabiana Murer, também da equipe sancaetanense. Depois de alcançar grandes resultados e levar a atleta ao título mundial indoor em 2010, o treinador passou a trabalhar para que o menino siga os mesmos passos de Murer.

“Lógico que tudo isto vai depender da temporada dele. Ele conseguiu bons resultados em competições importantes no último ano, tem talento e boas condições”, avalia Miranda.

Infraestrutura - O futuro do atletismo de São Bernardo promete brilhantismo. De olho nas competições de alto nível até a Olimpíada de 2016, o professor e diretor da secretaria de Esportes da Prefeitura, Luiz Carlos Dantas, diz que “a marca de governo” é priorizar todas as modalidades olimpícas, especificamente o atletismo, que em breve ganhará o seu Centro de Desenvolvimento de alto nível no Complexo de Excelência do Volkswagen Clube, atualmente em obras. Outro local privilegiado de disputa é a pista a ser revitalizada ao redor do estádio Primeiro de Maio, na Vila Euclides.

“São Bernardo já revelou grandes atletas nos anos 1970 com o saudoso professor Osvaldo Terra. Os técnicos fazem o que podem levando os jovens para a Praia Grande, Santos, Sesi, no Ibirapuera, na Capital, e na Vila São José, em São Caetano, mas logo a casa será arrumada e teremos muitas alegrias”, diz Dantas. Já o secretário de Esportes, José Luiz Ferrarezi, busca patrocínios para o atletismo. Os novos parceiros devem chegar até o final do ano com forte investimento na modalidade.
Em São Caetano, o novo secretário de Esportes, Gilberto Costa, está eufórico com a construção do Centro de Treinamento de Atletismo na Vila São José, em espaço de 20 mil m², projeto patrocinado pela BM&F. “São Caetano está trabalhando dia e noite para moldar sua nova filosofia de esporte, pode ter certeza”, garante Costa.

Santo André - Sem recursos financeiros da Prefeitura para investir mais pesado no esporte amador, o município criou o projeto “Atletismo nos Cesas” (Centro de Educacional de Santo André) com adolescentes de 7 a 15 anos. São mais de 20 Cesas espalhados pela cidade.

Além disto, o prefeito Aidan Ravin (PTB), que assumiu o projeto das obras do estádio Bruno Daniel, ao custo de R$ 8 milhões, revelou que a pista de atletismo ao redor do campo será mantida e o piso deve ser revitalizado em breve.

Experiência de duas Olimpíadas - A coordenação do atletismo de São Bernardo fica sob a batuta de Luciana Alves dos Santos. A experiência de ex-atleta é um dos trunfos da equipe da ASA (Associação São-bernardense de Atletismo). Após disputar duas Olimpíadas – Sydney (2000) e Atenas (2004) – e o Pan do Rio de Janeiro em 2007, Luciana acumula bagagem mais do que suficiente para aconselhar os talentos mias recentes do município.

Nos Jogos realizados em território australiano, competiu no salto em distância e no triplo, mas admite ter ficado deslumbrada com a sua estreia olímpica. “Foi uma novidade para mim, você fica meio perdida, tudo é novo. Mesmo assim, você quer tentar fazer o melhor resultado possível”, diz Luciana, de 41 anos e natural de Ilhéus, na Bahia.

Quatro anos mais tarde, na Grécia, chegou melhor na competição. “Já fui com uma cabeça diferente, bem mais experiente”, destaca a ex-atleta, que entende que os jovens competidores da atualidade têm mais chances de experimentarem torneios de alto nível antes de chegarem ao principal evento do esporte mundial. “Disputam Jogos Universitários, mundiais juvenis e outras competições. Eles já chegam com um conhecimento maior, estão no ritmo, no clima dos grandes torneios”, avalia.

Já a disputa do Pan do Rio de Janeiro foi diferente para Luciana. Tudo por causa do peso maior de atuar em casa. “É mais responsabilidade. Você quer fazer o melhor possível e mostrar para todo mundo que o Brasil tem atletas de alto nível”, ressalta.

(Colaborou Edélcio Cândido)

Por Walter Fernandes - ABCD Maior
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