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DATA DA PUBLICAÇÃO 15/12/2012 | Internacional
Atirador forçou entrada em escola onde ocorreu massacre, diz polícia
 Atirador forçou entrada em escola onde ocorreu massacre, diz polícia Foto de jornal local mostra crianças sendo retiradas da escola em Newtown, Connecticuc, em que ocorreu o tiroteio nesta sexta-feira (14) (Foto: AP)
Foto de jornal local mostra crianças sendo retiradas da escola em Newtown, Connecticuc, em que ocorreu o tiroteio nesta sexta-feira (14) (Foto: AP)
Segundo tenente, entrada de suspeito não foi autorizada.

26 pessoas, entre elas 20 crianças, foram mortas; atirador também morreu.


O atirador que matou 26 pessoas na escola Sandy Hook, em Newtown, Connecticut, nos Estados Unidos, forçou sua entrada no estabelecimento antes de cometer o massacre, segundo informações da polícia local. De acordo com o tenente Paul Vance, o autor do ataque não foi autorizado a entrar na escola pelos funcionários, e invadiu o local. Não foram mais detalhes sobre como ele conseguiu entrar.

Entre os mortos, estão 20 crianças. Os outros seis são adultos. Uma outra pessoa foi encontrada morta na casa onde vivia o suspeito – segundo a polícia, o corpo encontrado foi o de uma mulher, parente do suspeito.

A imprensa americana relatou que a vítima seria a mãe do atirador. O suspeito também foi indentificado pelas TVs locais, citando fontes policiais, como Adam Lanza, de 20 anos.

Apenas um dos baleados na escola sobreviveu – uma mulher, que de acordo com o tenente Vance passa bem e será essencial para as investigações.

Os moradores de Newtown buscavam neste sábado (15) respostas para o massacre. Por enquanto, ainda não se sabe o que levou o atirador a entrar na escola armado e atirar em alunos e professores.

Vance, porta-voz da polícia local, já havia dito pela manhã que a identificação dos corpos foi concluída, assim como a notificação das famílias. Os corpos foram retirados durante a madrugada. Ele informou que a divulgação das identidades das vítimas, assim como a confirmação do nome do atirador, será feita ainda neste sábado, depois que os médicos legistas terminarem seu trabalho.

Segundo ele, a perícia no local do crime deve seguir por mais alguns dias – ainda é necessário finalizar a perícia dentro de escola, além de processar o lado de fora.

Em uma entrevista coletiva, Vance também informou que os policiais conseguiram recolher evidências importantes que permitirão à polícia reconstruir o crime e elucidar como e por que o massacre ocorreu. "Encontramos evidências muito boas nesta investigação, que os nossos investigadores poderão usar em, espero, definir o quadro completo sobre como, e mais importante por que, isto ocorreu", afirmou.

O massacre só não foi maior porque muitos professores conseguiram salvar vidas fechando as portas das salas de aula ao ouvirem os disparos. Um deles salvou vidas trancando os alunos em um armário.

Na noite de sexta, a população da pequena cidade se reuniu nas igrejas locais para rezar pelos mortos. De acordo com a rede de televisão CNN, a cidade de Newtown registrou apenas um assassinato nos últimos 10 anos.

Horas depois do massacre, centenas de pessoas se reuniram para uma vigília na igreja de Newtown, que ficou lotada. Muitas pessoas acompanharam o ato do lado de fora do templo.

"É uma comunidade que realmente se une quando acontecem coisas como esta", disse o pároco Robert Weiss durante a missa. Durante a vigília, foi lida uma carta do Papa Bento XVI.

"Peço ao nosso Deus pai que console aqueles que choram a perda de um ser querido e que apoie toda a comunidade com a força espiritual que se impõe à violência através do perdão, da esperança e do amor reconciliador", escreveu o Papa.

Suspeito
Fontes policiais identificaram o atirador como Adam Lanza, de 20 anos, segundo a imprensa americana. Antes ele havia sido identificado como Ryan Lanza, de 24 anos. Adam teria usado os documentos de Ryan durante a ação.

Ryan, entretanto, seria irmão de Adam, estaria vivo e teria prestado depoimento em Nova Jersey. Segundo informações de TVs locais, Ryan foi investigado até a noite e estaria colaborando com a polícia. Ele não teria ligação com o crime. Ryan teria dito à polícia que seu irmão tinha algum tipo de problema de personalidade, que seria uma forma de autismo, segundo a rede de TV Fox News.

De acordo com a imprensa local, Adam teria se formado em 2010 na Newtown High School. Antigos colegas o descreveram como um um jovem inteligente, mas inquieto e com poucos amigos.

As informações, entretanto, ainda não foram confirmadas pelas autoridades.

A chamada de emergência para a ocorrência ocorreu às 9h41 locais, segundo a polícia local.

Segundo testemunhas, o atirador entrou na escola atirou contra os alunos, saiu, e atirou nos adultos, antes de morrer. Professores conseguiram salvar crianças escondendo-as em armários e fechando portas.

Durante o ataque, o atirador levava quatro armas e um colete à prova de balas, segundo a polícia. De acordo com fontes policiais citadas pela emissora, NBC, as armas utilizadas pelo atirador pertenciam a sua mãe.

Testemunhas disseram que ele estava mascarado.

Ainda não se sabe quem teria disparado o tiro que o matou. Segundo o "New York Times", ele se matou antes da chegada da polícia.

Entre os adultos mortos, estariam a diretora e a psicóloga da escola. A diretora da escola foi identificada como Dawn Hochsprung, de 47 anos, segundo a imprensa local.

Crianças entre 5 e 10 anos
O ataque é um dos mais graves ocorridos em escolas nos Estados Unidos. O número de vítimas é o segundo maior em ataques do gênero, só ficando atrás do massacre de 2007 na universidade Virginia Tech, que deixou 32 mortos.

O tiroteio desta sexta ocorreu na escola Sandy Hook, que tem cerca de 600 alunos com idades variando entre 5 e 10 anos, incluindo vários filhos de brasileiros, segundo o "Jornal Nacional".

O Itamaray informou que não há brasileiros entre os mortos. O consulado do Brasil em Connecticut revelou que fez contatos com várias famílias e que não há informação sobre vítimas brasileiras.

Newtown é uma cidade de cerca de 27.500 habitantes, subúrbio da capital estadual, Hartford, e situada 128 quilômetros a nordeste de Nova York.

'Horrendo'
Uma foto do local, feita pelo jornal "Newtown Bee" pouco após o incidente, mostrou uma fileira de crianças assustadas sendo retiradas do local pela polícia, indo para lugar seguro.

Imagens de TV mostraram a polícia e ambulâncias no local, e pais correndo em direção a escola.

"Foi horrendo", disse Branda Lebinski, mãe de uma aluna. "Todo mundo estava histérico, pais, alunos. Havia crianças saindo da escola sangrando. Eu não sei se eles foram baleados, mas eles estavam sangrando."

2012 violento nos EUA
Os Estados Unidos já tiveram uma série de tiroteios em locais públicos este ano.

Mais recentemente, um atirador abriu fogo em um shopping center do Oregon, matando duas pessoas, e depois se suicidou, na terça-feira.

O pior ataque ocorreu em julho em uma sessão da meia-noite de um filme da série "Batman", em Aurora, no Colorado, que matou 12 pessoas.

No mês passado, o atirador Jared Loughner foi condenado à prisão perpétua por matar seis pessoas em Tucson, Arizona, em janeiro de 2011 em um ataque alvejando a congressista Gabrielle Giffords, que foi baleada na cabeça a queima-roupa, mas sobreviveu.

Tiroteios com mortos são frequentes em locais públicos no país e, geralmente, terminam com o atirador sendo baleado ou se suicidando.

Contudo, apesar das tragédias, o apoio a leis mais duras sobre o porte de armas divide opiniões, com muitos americanos se opondo às restrições ao que eles consideram ser um direito constitucional para manter armas de fogo potentes em casa.

Por G1, com agências internacionais
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