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DATA DA PUBLICAÇÃO 14/05/2018 | Cidade
Atila teria recebido R$ 138 mil em propinas via João Gaspar
Atila teria recebido R$ 138 mil em propinas via João Gaspar Foto: Nario Barbosa/DGABC
Foto: Nario Barbosa/DGABC
Relatório da PF destaca depósitos bancários de valores que seriam transferidos.

Relatório da PF (Polícia Federal) aponta que o prefeito de Mauá, Atila Jacomussi (PSB), preso desde quarta-feira na carceragem da instituição, na Capital, seria o destinatário final de propinas pagas por empresário ao secretário João Gaspar (PCdoB, Governo e de Transportes), em troca de promessas de favorecimentos em contratos futuros no Paço.

Braço direito do prefeito, Gaspar também foi detido no âmbito da Operação Prato Feito, que investiga desvios e fraudes em licitações de merenda e material escolares.

A denúncia revela dez transferências bancárias para a conta de João Gaspar, no período de janeiro a outubro de 2016, ano em que Atila era deputado estadual e disputou, com êxito, a Prefeitura de Mauá. Os depósitos, que somam R$ 138 mil, foram feitos por Carlos Zeli Carvalho, vulgo Carlinhos, tido como “líder de uma associação criminosa” em favor de empresa da família que atua no ramo de merenda, fornecimento de material escolar e outros serviços. Esses valores, segundo a PF, chegavam à conta de Atila.

Além de Gaspar, outra pessoa ligada a Atila recebeu recursos de Carlinhos. Trata-se de Samara Gomes Barlera, que chegou a ter relacionamento afetivo com o secretário – ambos têm um filho – e foi assessora do hoje prefeito na Assembleia Legislativa. A denúncia mostra depósito no valor de R$ 20 mil, realizado em novembro de 2016. O montante também seria, segundo as investigações, para Atila.

A denúncia também mostra a transcrição de interceptações telefônicas em que, segundo a PF, João Gaspar negociava valores com Carlinhos. Em uma delas, o empresário pergunta ao braço direito de Atila se possui conta no Banco do Brasil. “Tudo bem, meu amigo? Tudo joia. Você tem alguma conta no Banco do Brasil aí?”, questiona Carlinhos. “P... Banco do Brasil não tenho, cara”, responde Gaspar, que ouve do empresário em seguida: “Vou ver com Tifu se, de repente, na segunda-feira a gente vai dar um pulo até aí. Na sua, para mostrar o material. Não sei se ele já falou com você ou não”. Tifu é identificado como Weliton Fernandes Alves. Para a PF, “amigo e parceiro de Carlinhos nas práticas criminosas” e responsável por “operacionalizar o pagamento de propina aos agentes públicos”. A conversa prossegue: “Até passei para ele quantidade destinada aqui de... mas eu vou pensar agora só em santinho, entendeu?”, questiona Gaspar, que cobra o empresário e diz que se os valores fossem pagos “dentro do período eleitoral”, ajudaria.

A PF sustenta ainda que, além das transferências, foi entregue dinheiro em espécie a Gaspar. Quando a operação foi deflagrada, na quarta, a polícia encontrou R$ 588 mil em espécie e 2.985 euros em envelopes e sacolas na casa do secretário. Já na residência do prefeito, a PF apreendeu R$ 87 mil. Atila nega ilegalidades e sustenta que o valor encontrado é resultante de aluguéis de imóveis em seu nome, somados ao seu salário como prefeito (R$ 18,5 mil) e à pensão por morte da ex-mulher recebida mensalmente pelo filho, de R$ 5.000. A defesa de Gaspar não foi localizada pelo Diário.

O PT de Mauá promete ingressar hoje com pedido de impeachment do prefeito, na Câmara.

Por Júnior Carvalho - Diário do Grande ABC
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