DATA DA PUBLICAÇÃO 23/12/2016 | Cidade
Atila herdará 88% da dívida com a Caixa, negociada por Donisete
Foto: Celso Luiz/DGABC
O prefeito eleito de Mauá, Atila Jacomussi (PSB), herdará 88% da dívida histórica do município com o governo federal, passivo milionário renegociado pelo atual chefe do Executivo, Donisete Braga (PT), em 2015. Dos R$ 482,54 milhões do débito total na cidade, cerca de R$ 55 milhões foram quitados pela administração petista desde que o acordo com a União foi assinado.
A dívida é antiga – se arrastava desde o início da década de 1990, no governo de Amaury Fioravanti – e pertencia à Caixa Econômica Federal. A repactuação do débito foi a principal bandeira de Donisete em sua campanha à Prefeitura, no processo eleitoral de 2012. Entretanto, apenas saiu do papel dois anos mais tarde, depois de impasses e de várias idas e vindas do petista a Brasília.
A negociação passou a ser uma das vitrines da gestão petista para tentar garantir o projeto de reeleição, mas o assunto não ganhou evidência no embate com Atila no pleito de outubro deste ano.
O valor original era de R$ 3 bilhões. O passivo era referente a financiamento de Cr$ 13,7 bilhões (equivalente hoje a cerca de R$ 130 milhões), em 1991, feito pela Caixa ao município para a construção dos córregos Bocaina, Corumbé e Tamanduateí, que não foi pago por Fioravanti à época nem honrado por seus sucessores, José Carlos Grecco (1993-1996), Leonel Damo (PMDB, 2005-2008), tampouco por Oswaldo Dias (PT, 2009-2012). Foi na gestão de Leonel, inclusive, que a dívida foi transferida da Caixa para o Tesouro Nacional.
O não pagamento da dívida emperrou repasses de verbas externas dos governos estadual e federal, o que provocou o debate da proposta. Pela repactuação, o município se comprometeria a receber a fatia que tem direito do FPM (Fundo de Participação dos Municípios) e, em seguida, descontar o valor da parcela da negociação, fixada em R$ 2,7 milhões por mês – num total de 240 mensalidades, em 20 anos.
OUTROS DÉBITOS
Na segunda-feira, após a cerimônia de diplomação, Atila comentou sobre as finanças que herdará da gestão de Donisete. Segundo o prefeito eleito, o montante de restos a pagar chegará ao total de R$ 300 milhões – a gestão petista diverge dessa quantia, porém ainda não divulgou a sua versão sobre a situação dos cofres da administração.
Para Atila, o petista deixará “pacote de maldades para a população”. O socialista criticou os reajustes da tarifa de água e esgoto e do aumento de 8,5% da taxa de iluminação. O prefeito eleito disse, entretanto, que ainda vai “avaliar” se é possível revogar os acréscimos. A gestão Donisete, por sua vez, argumenta que não houve aumento e que os índices de reajuste das contas de água e da CIP (Contribuição de Iluminação Pública) se referem à correção da inflação anual.
A dívida é antiga – se arrastava desde o início da década de 1990, no governo de Amaury Fioravanti – e pertencia à Caixa Econômica Federal. A repactuação do débito foi a principal bandeira de Donisete em sua campanha à Prefeitura, no processo eleitoral de 2012. Entretanto, apenas saiu do papel dois anos mais tarde, depois de impasses e de várias idas e vindas do petista a Brasília.
A negociação passou a ser uma das vitrines da gestão petista para tentar garantir o projeto de reeleição, mas o assunto não ganhou evidência no embate com Atila no pleito de outubro deste ano.
O valor original era de R$ 3 bilhões. O passivo era referente a financiamento de Cr$ 13,7 bilhões (equivalente hoje a cerca de R$ 130 milhões), em 1991, feito pela Caixa ao município para a construção dos córregos Bocaina, Corumbé e Tamanduateí, que não foi pago por Fioravanti à época nem honrado por seus sucessores, José Carlos Grecco (1993-1996), Leonel Damo (PMDB, 2005-2008), tampouco por Oswaldo Dias (PT, 2009-2012). Foi na gestão de Leonel, inclusive, que a dívida foi transferida da Caixa para o Tesouro Nacional.
O não pagamento da dívida emperrou repasses de verbas externas dos governos estadual e federal, o que provocou o debate da proposta. Pela repactuação, o município se comprometeria a receber a fatia que tem direito do FPM (Fundo de Participação dos Municípios) e, em seguida, descontar o valor da parcela da negociação, fixada em R$ 2,7 milhões por mês – num total de 240 mensalidades, em 20 anos.
OUTROS DÉBITOS
Na segunda-feira, após a cerimônia de diplomação, Atila comentou sobre as finanças que herdará da gestão de Donisete. Segundo o prefeito eleito, o montante de restos a pagar chegará ao total de R$ 300 milhões – a gestão petista diverge dessa quantia, porém ainda não divulgou a sua versão sobre a situação dos cofres da administração.
Para Atila, o petista deixará “pacote de maldades para a população”. O socialista criticou os reajustes da tarifa de água e esgoto e do aumento de 8,5% da taxa de iluminação. O prefeito eleito disse, entretanto, que ainda vai “avaliar” se é possível revogar os acréscimos. A gestão Donisete, por sua vez, argumenta que não houve aumento e que os índices de reajuste das contas de água e da CIP (Contribuição de Iluminação Pública) se referem à correção da inflação anual.
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