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DATA DA PUBLICAÇÃO 04/06/2009 | Cidade
Atendimento e estrutura no Nardini continuam deficientesWilliam
Os moradores de Mauá ainda demonstram insatisfação com a qualidade de atendimento no Hospital Doutor Radamés Nardini. A tarde de ontem não foi diferente de tantas outras onde a precariedade na infraestrutura e a falta de profissionais chamaram a atenção de quem precisou de auxílio.

O desemprego obrigou o supervisor de manutenção João Sanchez, 50 anos, a depender novamente do SUS (Sistema Único de Saúde). Demitido há dois meses, ele perdeu o convênio médico e teve de passar pelo Nardini, na tentativa de ser examinado por um ortopedista.

As condições gerais do hospital deixaram Sanchez espantado. A experiência no ramo da manutenção colaborou na hora de observar cada detalhe fora do lugar, fazendo um esboço do que considera errado.

O olhar do profissional é minucioso, e não deixou escapar nada: papelão no lugar de vidros, tapumes, lâmpadas queimadas, cadeiras, máquinas e elevadores quebrados. Sanchez encontrou problemas até na condição dos banheiros na sala de espera. Problemas organizacionais também foram relatados pelo supervisor de manutenção. "O pré-atendimento é uma bagunça, até pelo grande fluxo de pacientes."

A avaliação de Sanchez encontra eco nos relatórios do Coren (Conselho Regional de Enfermagem) e Cremesp (Conselho Regional de Medicina), que embasaram ação civil pública movida pela Promotoria da Cidadania em 2007. Até hoje, não há solução para o caso.

Questionada insistentemente desde a sexta-feira, a Prefeitura de Mauá não divulgou o teor do plano de ação apresentado à Justiça na semana passada. O relatório chegou ontem às mãos do promotor Renato Arruda Neto, que avaliará o que foi proposto pela administração.

Enquanto isso, quem sofre são pessoas como o pedreiro Gilvan Alves, 37. Ele estava havia três dias com forte dor de cabeça. Mora perto da UBS do Jardim Flórida, mas desistiu de procurar médicos por lá. Foi ao Nardini, onde permaneceu três horas (das 10h às 13h) à espera de auxílio.

Depois de atendido, Alves aguardou mais três horas pelo resultado do exame de sangue. Deixou o hospital por volta das 16h, tudo porque não ouviu o conselho da mulher. "Ela sempre leva nossos filhos ao Hospital São Lucas, em Ribeirão Pires, e disse para que eu fosse para lá, onde é mais rápido. Aqui, é assim. Entra prefeito, sai prefeito e continua a mesma coisa."

Por William Cardoso - Diário do Grande ABC / Foto: Thales Stadler
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