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DATA DA PUBLICAÇÃO 31/08/2007 | Setecidades
Assassino achou que estudante era policial
O estudante Renato Inácio Árias, 23 anos, assassinado na sexta-feira passada durante uma tentativa de assalto em frente a Fundação Santo André, no bairro Príncipe de Gales, morreu porque os criminosos o confundiram com um policial.

Árias era estudante do 2º ano do curso de Administração de Empresas da Fundação Santo André e trabalhava como ferramenteiro na Mercedez-Benz. Ele estava saindo da faculdade, por volta das 20h, e voltando para casa, em Diadema, quando foi abordado e morto com um tiro na cabeça. Ao ser abordado, o rapaz teria levado uma das mãos à cintura.

“Acharam que ele fosse sacar uma arma e atiraram”, diz Fabio Sanches Sandrini, delegado-assistente do Garra (Grupo Armado de Repressão a Roubos e Assaltos) e da Dise (Delegacia de Investigações sobre Entorpecentes).

O crime foi esclarecido com a prisão, na madrugada de quinta-feira, de dois dos envolvidos no assassinato: Maicon Araujo Fernandes, 18 anos, que teria feito a segurança dos ladrões, e um adolescente de 17 anos, que teria matado o estudante.

A polícia continua atrás de Alex dos Santos Martins, 19 anos, apontado como o mentor intelectual do grupo. Seria dele o revólver calibre 38 usado no assassinato. Martins responde a processos por roubo e lesão corporal.

Campana - Fernandes foi preso quando a polícia fazia campana para tentar capturar Martins em frente à sua casa, no Jardim Bom Pastor, Santo André. Ele negou participação no crime, mas entregou os comparsas.

Segundo os envolvidos, o objetivo não era levar o carro do estudante, um Fiat Palio ano 2005, mas os objetos pessoais que ele levava, como carteira, celular e relógio. Segundo a polícia, o adolescente só fugiu após ter a certeza de que havia matado Árias.

Depois do crime, Martins e o adolescente correram para uma padaria próxima da alça que interliga a Avenida Prestes Maia e o Viaduto Luís Meira, local da morte.

Fernandes teria seguido para uma roda de samba, que ocorria em uma praça na favela da Sacadura Cabral, onde permaneceu escondido.

=> Família se emociona ao saber da prisão dos criminosos

A família do estudante Renato Inácio Árias recebeu com emoção a notícia da prisão de dois dos envolvidos no assassinato do rapaz. Ainda de luto, os familiares organizam uma série de manifestações em memória ao rapaz.

“Sei que as pessoas que ficarão presas com esses assassinos têm filhos e saberão o que meu irmão sentiu com a morte do meu sobrinho. O Renato era um servo de Deus e eu creio na Justiça de Deus”, afirma Márcia Regina Árias, tia do estudante.

Comoção - Para ela, qualquer tipo de punição que os criminosos passarem aqui “será pouco”. “Esse crime chocou muita gente. Pessoas que eu sequer conhecia choraram na rua pela morte do Renato. Meu sobrinho era lindo e tinha um futuro enorme pela frente”, diz Márcia.

Ela ressalta o trabalho da polícia no caso e pede proteção de Deus para cada um dos agentes que se envolveram na investigação que resultou na prisão dos envolvidos.

=> Polícia pediu a prisão de líder do bando três meses antes do crime

Em maio deste ano, a polícia pediu a prisão temporária de Alex dos Santos Martins, 19 anos, apontado como líder do bando que matou o estudante Renato Inácio Árias na sexta passada, quando ele deixava a faculdade, às 20h.

Por um entrave na lei, a Justiça não concedeu o pedido de prisão e Martins foi colocado na rua para responder ao processo em liberdade. Três dias antes, ele havia atirado contra o ajudante J.J.A., 19 anos, e foi preso pela Polícia Militar.

Internado no Centro Hospitalar de Santo André, o ajudante reconheceu Martins “sem sombra de dúvidas”. O delegado que estava de plantão no 4º DP de Santo André pediu a preventiva durante a madrugada.

O problema é que o caso havia sido registrado como lesão corporal e o artigo primeiro da lei 7.960 de 1989, que dispõe sobre as regras para concessão de prisões temporárias, não prevê detenção antecipada para acusados de cometerem crimes dessa natureza.

Por Rodrigo Cipriano - Diário do Grande ABC / Foto: Orlando Filho
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