DATA DA PUBLICAÇÃO 28/02/2018 | Veículos
Argo, HB20, Onix, Polo e Sandero 1.0: comparativo
Volkswagen e Fiat representam nova geração dos carros 'mil', enquanto rivais figuram entre os mais vendidos.
Carros “mil” já foram sinônimo de sofrimento para o motorista. Muito barulho, pouco desempenho, apesar do baixo consumo de combustível. Ar-condicionado quase nunca era item de série. E, quando havia, era preciso apelar e passar calor para vencer ladeiras.
Isso vem mudando desde a chegada dos atuais campeões de venda, Chevrolet Onix e Hyundai HB20. Agora uma nova geração carros 1.0 chega com itens vistos antes apenas em modelos com motores maiores. Os dois grandes representantes desta “nova ordem” são os recém-lançados Volkswagen Polo e Fiat Argo. Mas será que eles são bons o suficiente para encarar “pesos pesados” do mercado?
Além dos novatos, o G1 avaliou, no início do ano, Onix, HB20 e Sandero, que figuram na lista dos 10 mais vendidos no país e têm versão 1.0. O Ford Ka também entraria no comparativo, mas a Ford afirmou que não tem mais o modelo na frota de testes.
Foram considerados os critérios que mais pesam na decisão de compra:
preço (incluindo manutenção e cotação de seguro das empresas Bidu e Minuto Seguros)
espaço interno e porta-malas
equipamentos
motorização
impressões ao volante
Para cada modelo, foi avaliada a versão 1.0 com todos os opcionais disponíveis.
De 2015 pra cá, nenhum outro veículo conseguiu chegar perto do Onix no número de emplacamentos. Ser o mais vendido, porém, não quer dizer ser o melhor. Nesta comparação, aliás, o Onix superou os rivais em pouquíssimos critérios.
Aqui, ele foi avaliado na versão LT. O Onix até possui uma opção mais barata, a Joy, que tem visual antigo e menos equipamentos, mas ela concorre com modelos de um segmento inferior - como Uno e Gol.
Voltando ao LT, seu consumo na estrada é, com sobras, o mais baixo dos hatches. É um mérito do câmbio manual de 6 marchas, com engates precisos. Pena que o "casamento" com o motor não é dos mais harmoniosos – falta força para retomadas (o torque do Onix é o pior dos 5 modelos avaliados).
O Chevrolet também é dono do menor porta-malas e da lista de equipamentos menos recheada. Faltam itens simples, como computador de bordo e regulagem de altura para o volante, que não são oferecidos nem como opcionais.
O acabamento, por outro lado, é surpreendentemente bom. Outro "prêmio de consolação" para o Onix é ter o menor custo de manutenção e o terceiro valor de compra mais baixo.
Em meio a projetos novos e rivais mais interessantes, nem os custos menores ajudaram o Onix a brigar pela ponta no comparativo.
4º lugar - Renault Sandero Expression
O "coração" do Sandero é relativamente novo. O motor 1.0 de 3 cilindros da família SCe equipa o hatch desde o final de 2016. Seus números de potência e torque, 82 cv e 10,5 kgfm, respectivamente, o colocam como o segundo melhor entre os avaliados.
Somando os bons números com o menor peso, o Sandero “sofre” menos do que os concorrentes, com um desempenho satisfatório. O câmbio, porém, não tem engates tão precisos, uma falha antiga na Renault.
A grande vantagem do modelo, no entanto, está no espaço interno, muito mais amplo que nos rivais. Por outro lado, dos 5 modelos aqui listados, ele só tem oferta de equipamentos melhor do que o Onix.
A cabine do Renault também é a mais simples do grupo. O material deixa a desejar e transmite o aspecto de baixo custo. Falando em custos, suas revisões são as mais caras.
Alternando altos e baixos, o Sandero fica com a penúltima colocação.
3º lugar - Hyundai HB20 Comfort Plus
O HB20 foi lançado em 2012, e de lá pra cá, não recebeu grandes mudanças. O reflexo da idade pode ser visto nas medidas. Ele é o menor dos hatches compactos deste comparativo.
O Hyundai também tem o pior consumo urbano e uma lista de equipamentos sem grandes destaques. Faltam regulagem de altura para o volante e sensor/câmera de ré.
O HB20 também é o único com direção hidráulica, contra soluções mais modernas dos adversários (eletro-hidráulica no Sandero e elétrica nos demais). Em compensação, retrovisores e vidros traseiros são elétricos.
Ao volante, o compacto na versão 1.0 não se destaca. Tem o segundo pior torque, mas é o único com menos de 1.000 kg. Mesmo assim, a carência de força fica evidente quando o motorista pisa mais fundo no acelerador. Há “buracos” logo após as 2 mil rotações por minuto. Ao menos o câmbio tem engates curtos e bastante precisos.
Parece que a Hyundai é ciente das deficiências do HB20. O modelo tem preço inicial mais baixo do comparativo, ficando abaixo dos R$ 47 mil. Mesmo acrescentando a central multimídia, único opcional, ele permanece como o mais em conta, por R$ 48.490. Por outro lado, seu seguro é o mais caro.
O HB20 supera o Sandero por oferecer alguns equipamentos extras e ter valor de manutenção mais baixo. No entanto, a situação pode se inverter se a principal demanda do cliente for espaço interno ou desempenho.
2º lugar - Volkswagen Polo MPI
No último comparativo, o Polo 1.6 superou o Argo 1.3 por andar mais e custar menos. Em suas versões de entrada, porém, o resultado se inverte – por muito pouco. No preço, apenas R$ 300 separam os dois hatches. No entanto, as propostas de ambos são distintas.
O Polo agrada pela ótima posição de dirigir, pelo câmbio com engates precisos e pelo ajuste da suspensão. Mas peca em outros aspectos. Ironicamente, seu motor é o mais potente entre os 1.0 avaliados, com 84 cv. Mas, na prática, falta força.
Outra falha, também presente na versão 1.6, está na oferta de equipamentos. O Polo 1.0 tem o preço inicial mais alto do comparativo, batendo nos R$ 50 mil. Mas não traz simples ajuste de altura no volante e regulagem elétrica dos retrovisores. O acabamento carece de inspiração, tanto no visual como nas cores e texturas.
O Volkswagen é imbatível no quesito segurança: só ele tem 4 airbags. Opcionalmente, também pode receber controles de tração e estabilidade – outro item exclusivo. E já foi avaliado pelo Latin NCap, no protocolo mais exigente, obtendo as 5 estrelas possíveis.
Além dele, só o Onix foi testado no atual protocolo, mais exigente (primeiro ficou com 0 estrela e depois, reforçado, com 3).
A colocação do Polo foi decidida nos detalhes. Se o cliente preferir uma dirigibilidade um pouco mais apurada, é a melhor opção. Mas, nesse caso, a dica é investir R$ 5 mil a mais na versão com motor 1.6 em vez da 1.0.
1º lugar - Fiat Argo Drive
O Argo é o segundo mais caro do comparativo, mas traz um “pacote básico” recheado. Só ele tem sistema "start-stop" (que desliga o motor em paradas temporárias) e computador de bordo com tela colorida. Outros itens, como volante com regulagem de altura e retrovisor elétrico são raridades entre os hatches aqui listados.
Só que os itens mais legais exigem que o consumidor bote a mão no bolso. Central multimídia, câmera de ré (que só o Fiat pode ter entre os modelos aqui listados) e volante multifuncional são opcionais. Aí, o preço bate nos R$ 53 mil – o mais alto entre os rivais.
Além dos equipamentos, o Argo tem como maior ponto positivo a qualidade de construção. A cabine é moderna e bonita, e mescla bem materiais e texturas.
O motor do Fiat é um dos mais novos da turma. Seus 77 cv o colocam na última posição em potência. No entanto, o torque de 10,9 kgfm é o melhor entre os competidores.
No uso cotidiano, o Argo se mostra muito à vontade na cidade. Ele também é o mais econômico nesta condição. Mas o câmbio manual de 5 marchas poderia ser mais preciso e ter engates melhores.
No conjunto da obra, o hatch vai bem em todos os aspectos. Ele fica acima da média em desempenho e visual externo e da cabine, além de ser fruto de um projeto moderno.
Carros “mil” já foram sinônimo de sofrimento para o motorista. Muito barulho, pouco desempenho, apesar do baixo consumo de combustível. Ar-condicionado quase nunca era item de série. E, quando havia, era preciso apelar e passar calor para vencer ladeiras.
Isso vem mudando desde a chegada dos atuais campeões de venda, Chevrolet Onix e Hyundai HB20. Agora uma nova geração carros 1.0 chega com itens vistos antes apenas em modelos com motores maiores. Os dois grandes representantes desta “nova ordem” são os recém-lançados Volkswagen Polo e Fiat Argo. Mas será que eles são bons o suficiente para encarar “pesos pesados” do mercado?
Além dos novatos, o G1 avaliou, no início do ano, Onix, HB20 e Sandero, que figuram na lista dos 10 mais vendidos no país e têm versão 1.0. O Ford Ka também entraria no comparativo, mas a Ford afirmou que não tem mais o modelo na frota de testes.
Foram considerados os critérios que mais pesam na decisão de compra:
preço (incluindo manutenção e cotação de seguro das empresas Bidu e Minuto Seguros)
espaço interno e porta-malas
equipamentos
motorização
impressões ao volante
Para cada modelo, foi avaliada a versão 1.0 com todos os opcionais disponíveis.
De 2015 pra cá, nenhum outro veículo conseguiu chegar perto do Onix no número de emplacamentos. Ser o mais vendido, porém, não quer dizer ser o melhor. Nesta comparação, aliás, o Onix superou os rivais em pouquíssimos critérios.
Aqui, ele foi avaliado na versão LT. O Onix até possui uma opção mais barata, a Joy, que tem visual antigo e menos equipamentos, mas ela concorre com modelos de um segmento inferior - como Uno e Gol.
Voltando ao LT, seu consumo na estrada é, com sobras, o mais baixo dos hatches. É um mérito do câmbio manual de 6 marchas, com engates precisos. Pena que o "casamento" com o motor não é dos mais harmoniosos – falta força para retomadas (o torque do Onix é o pior dos 5 modelos avaliados).
O Chevrolet também é dono do menor porta-malas e da lista de equipamentos menos recheada. Faltam itens simples, como computador de bordo e regulagem de altura para o volante, que não são oferecidos nem como opcionais.
O acabamento, por outro lado, é surpreendentemente bom. Outro "prêmio de consolação" para o Onix é ter o menor custo de manutenção e o terceiro valor de compra mais baixo.
Em meio a projetos novos e rivais mais interessantes, nem os custos menores ajudaram o Onix a brigar pela ponta no comparativo.
4º lugar - Renault Sandero Expression
O "coração" do Sandero é relativamente novo. O motor 1.0 de 3 cilindros da família SCe equipa o hatch desde o final de 2016. Seus números de potência e torque, 82 cv e 10,5 kgfm, respectivamente, o colocam como o segundo melhor entre os avaliados.
Somando os bons números com o menor peso, o Sandero “sofre” menos do que os concorrentes, com um desempenho satisfatório. O câmbio, porém, não tem engates tão precisos, uma falha antiga na Renault.
A grande vantagem do modelo, no entanto, está no espaço interno, muito mais amplo que nos rivais. Por outro lado, dos 5 modelos aqui listados, ele só tem oferta de equipamentos melhor do que o Onix.
A cabine do Renault também é a mais simples do grupo. O material deixa a desejar e transmite o aspecto de baixo custo. Falando em custos, suas revisões são as mais caras.
Alternando altos e baixos, o Sandero fica com a penúltima colocação.
3º lugar - Hyundai HB20 Comfort Plus
O HB20 foi lançado em 2012, e de lá pra cá, não recebeu grandes mudanças. O reflexo da idade pode ser visto nas medidas. Ele é o menor dos hatches compactos deste comparativo.
O Hyundai também tem o pior consumo urbano e uma lista de equipamentos sem grandes destaques. Faltam regulagem de altura para o volante e sensor/câmera de ré.
O HB20 também é o único com direção hidráulica, contra soluções mais modernas dos adversários (eletro-hidráulica no Sandero e elétrica nos demais). Em compensação, retrovisores e vidros traseiros são elétricos.
Ao volante, o compacto na versão 1.0 não se destaca. Tem o segundo pior torque, mas é o único com menos de 1.000 kg. Mesmo assim, a carência de força fica evidente quando o motorista pisa mais fundo no acelerador. Há “buracos” logo após as 2 mil rotações por minuto. Ao menos o câmbio tem engates curtos e bastante precisos.
Parece que a Hyundai é ciente das deficiências do HB20. O modelo tem preço inicial mais baixo do comparativo, ficando abaixo dos R$ 47 mil. Mesmo acrescentando a central multimídia, único opcional, ele permanece como o mais em conta, por R$ 48.490. Por outro lado, seu seguro é o mais caro.
O HB20 supera o Sandero por oferecer alguns equipamentos extras e ter valor de manutenção mais baixo. No entanto, a situação pode se inverter se a principal demanda do cliente for espaço interno ou desempenho.
2º lugar - Volkswagen Polo MPI
No último comparativo, o Polo 1.6 superou o Argo 1.3 por andar mais e custar menos. Em suas versões de entrada, porém, o resultado se inverte – por muito pouco. No preço, apenas R$ 300 separam os dois hatches. No entanto, as propostas de ambos são distintas.
O Polo agrada pela ótima posição de dirigir, pelo câmbio com engates precisos e pelo ajuste da suspensão. Mas peca em outros aspectos. Ironicamente, seu motor é o mais potente entre os 1.0 avaliados, com 84 cv. Mas, na prática, falta força.
Outra falha, também presente na versão 1.6, está na oferta de equipamentos. O Polo 1.0 tem o preço inicial mais alto do comparativo, batendo nos R$ 50 mil. Mas não traz simples ajuste de altura no volante e regulagem elétrica dos retrovisores. O acabamento carece de inspiração, tanto no visual como nas cores e texturas.
O Volkswagen é imbatível no quesito segurança: só ele tem 4 airbags. Opcionalmente, também pode receber controles de tração e estabilidade – outro item exclusivo. E já foi avaliado pelo Latin NCap, no protocolo mais exigente, obtendo as 5 estrelas possíveis.
Além dele, só o Onix foi testado no atual protocolo, mais exigente (primeiro ficou com 0 estrela e depois, reforçado, com 3).
A colocação do Polo foi decidida nos detalhes. Se o cliente preferir uma dirigibilidade um pouco mais apurada, é a melhor opção. Mas, nesse caso, a dica é investir R$ 5 mil a mais na versão com motor 1.6 em vez da 1.0.
1º lugar - Fiat Argo Drive
O Argo é o segundo mais caro do comparativo, mas traz um “pacote básico” recheado. Só ele tem sistema "start-stop" (que desliga o motor em paradas temporárias) e computador de bordo com tela colorida. Outros itens, como volante com regulagem de altura e retrovisor elétrico são raridades entre os hatches aqui listados.
Só que os itens mais legais exigem que o consumidor bote a mão no bolso. Central multimídia, câmera de ré (que só o Fiat pode ter entre os modelos aqui listados) e volante multifuncional são opcionais. Aí, o preço bate nos R$ 53 mil – o mais alto entre os rivais.
Além dos equipamentos, o Argo tem como maior ponto positivo a qualidade de construção. A cabine é moderna e bonita, e mescla bem materiais e texturas.
O motor do Fiat é um dos mais novos da turma. Seus 77 cv o colocam na última posição em potência. No entanto, o torque de 10,9 kgfm é o melhor entre os competidores.
No uso cotidiano, o Argo se mostra muito à vontade na cidade. Ele também é o mais econômico nesta condição. Mas o câmbio manual de 5 marchas poderia ser mais preciso e ter engates melhores.
No conjunto da obra, o hatch vai bem em todos os aspectos. Ele fica acima da média em desempenho e visual externo e da cabine, além de ser fruto de um projeto moderno.
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