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DATA DA PUBLICAÇÃO 23/06/2010 | Setecidades
Ar da Região está saturado de ozônio
O ar da Região está saturado de ozônio, gás que pode causar danos à saúde quando se encontra próximo às cidades. A constatação faz parte do relatório elaborado pela Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo) que foi aprovado na semana passada pelo Consema (Conselho Estadual de Meio Ambiente) e que classifica a qualidade do ar por regiões no Estado. No caso do ABCD, o nível de poluentes como material particulado vem diminuindo desde a década de 1980.

A qualidade do ar na Região foi diagnosticada com base em amostragens feitas nos anos de 2007, 2008 e 2009. A gerente da divisão de qualidade do ar da Companhia Ambiental, Maria Helena Martins, explicou que a saturação de ozônio exige compensação ambiental e alerta os órgãos públicos para a fiscalização em indústrias e emissões no trânsito. São Bernardo apresentou uma particularidade com relação às demais cidades: o nível de material particulado no município é maior que nas vizinhas. “O material particulado é emitido principalmente por indústrias. Com isso, a qualidade do ar fica prejudicada por esse tipo de poluente”, afirmou Maria.

A Cetesb tem intensificado a fiscalização em todo o Estado. Além disso, possui programas de redução de poluentes, como o controle de fumaça preta realizada periodicamente. “Cobramos compensações de empresas no ato do licenciamento feito nas agências”, argumentou a gerente. Maria explicou ainda que o ozônio não é emitido diretamente por fontes urbanas. “O gás se forma através dos poluentes industriais e os emitidos pelos veículos”, argumentou.

Especialistas apontam que o ozônio pode causar danos às vias aéreas e agravar doenças respiratórias. Contudo, o nível de periculosidade do gás depende de onde se encontra no ar. Em regiões estratosféricas, o ozônio é benéfico e age como catalisador dos raios ultra-violeta. Já nas camadas mais baixas, o elemento tem fator irritante e oxidante. “É um gás de fácil reação e compromete mais pessoas com problemas respiratórios”, apontou o professor de biologia molecular da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) do campus de Diadema, Heliotonio Carvalho.

O acúmulo do gás prejudica também fauna e flora. A fotossíntese pode sofrer interferência pelo ozônio, e algumas plantas expressam melhor os efeitos da interferência. A professora de microbiologia ambiental da UFABC (Universidade Federal do ABC), Luisa Helena dos Santos Oliveira, explicou que cientistas já usam algumas espécies como monitores ambientais. “Plantas que acumulam maiores quantidades de poluentes servem para medir a qualidade do ar em regiões menores. Mas o processo não é utilizado em regiões metropolitanas por causa da aglomeração urbana”, disse.

Frota de veículos - Os especialistas creditam o aumento do número de veículos à qualidade ruim do ar. “O monóxido de carbono liberado pelos veículos quando reage com hidrocarbonetos em meio a intensas radiações solares permite o surgimento o ozônio”, falou Luisa Helena. “Esse cenário tende a piorar se as ações de controle de emissão não se mostrarem eficazes.”

“A cada ano mais veículos inflam o trânsito. Já os emissores industriais diminuíram na Região”, informou o gerente da Agência Ambiental da Cetesb ABC I Ronald Pereira Magalhães. A qualidade do ar é mais preocupante no setor industrial de Mauá, próximo ao bairro Sertãozinho e na região do Polo Petroquímico. “Mas as indústrias já investiram na troca de combustíveis e em tecnologias que diminuem poluentes, como o carvão ativo”, afirmou Magalhães.

Respiração - Dificuldade de respirar, pele seca e até sangramento nasal são alguns problemas que parte da população pode ter enfrentado nos últimos dias. A soma de baixa umidade relativa do ar e poluição resulta em complicações mais fortes para quem já possui problemas respiratórios.
O professor de pneumologia da Faculdade de Medicina do ABC, Elie Fiss, explica que em dias de umidade baixa as pessoas devem se manter hidratadas e usar táticas para umedecer os quartos e cômodos das residências. “Em períodos com pouca umidade, é normal o aumento de 20% em atendimentos a problemas respiratórios nos prontos-socorros”, afirmou o especialista.

O professor de biologia molecular da UFABC (Universidade Federal do ABC), Heliotonio Carvalho, explicou que os poluentes, principalmente os materiais particulados, permanecem no ar em dias secos. “O ambiente é revertido com a chuva ou o gradativo aumento da umidade. Os poluentes se agregam às partículas de água, que se tornam mais pesadas e descem para o solo”, informou.

Por Renan Fonseca - ABCD Maior
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