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DATA DA PUBLICAÇÃO 07/10/2015 | Turismo
Aqueles que viajavam para fora agora vão mais para o Brasil, diz Levy
Ele disse que é preciso 'aproveitar vantagens' de nova realidade econômica.

'A transição exige sacrifícios e pessoas estão dispostas a fazer sacrifícios'.


O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, afirmou nesta terça-feira (6), durante a abertura do 27º Congresso Brasileiro de Radiodifusão, em Brasília, que algumas das ações que o governo tomou no começo do ano já começam a trazer resultados, e citou a melhora do setor externo brasileiro que, com a alta do dólar, já começa a dar contribuição positiva ao crescimento da economia - o que não acontece, segundo ele, desde 2005.

Agora somos muito mais competitivos nessa área (turismo). Isso gera oportunidades tanto para aqueles que viajavam para fora e agora vão continuar viajando, mas mais para o Brasil, como atraindo gente de fora do Brasil"
Joaquim Levy, ministro da Fazenda


"A gente vê depois de algum tempo a nossa balança comercial voltando a ser positiva, voltando a crescer", declarou. Com o processo de alta do dólar, que torna os produtos importados mais caros e as vendas externas mais baratas, ele afirmou que haverá capacidade de as empresas brasileiras estarem substituindo os produtos importados, principalmente os manufaturados e, com isso, atender às necessidades dos consumidores.

"A gente está produzindo aqui o que, as vezes, antes era importado. A gente está criando oportunidades de emprego. Essa é uma das formas de o Brasil voltar a crescer. Isso envolve mudanças na economia. É exatamente isso que uma economia grande, dinâmica e flexível como a brasileira, consegue fazer. E é esse o nosso objetivo. Ajustar a nossa economia de um modo geral a uma nova realidade, para a gente poder aproveitar as nossas vantagens nessa nova situação", declarou ele.

O ministro da Fazenda acrescentou que a mesma linha de pensamento vale para o turismo, que, com o enfraquecimento da moeda brasileira e consequente alta do dólar, se torna mais atrativo.

"Agora somos muito mais competitivos nessa área. Isso gera oportunidades tanto para aqueles que viajavam para fora e agora vão continuar viajando, mas mais para o Brasil, como atraindo gente de fora do Brasil", disse Levy.

Com a alta do dólar, os gastos de brasileiros no exterior estão despencando neste ano. Na parcial deste ano, até esta terça-feira (6), a moeda norte-americana subiu 44%, para R$ 3,84.

O dólar mais alto encarece as passagens e os hotéis cotados em moeda estrangeira, além dos produtos comprados lá fora. A valorização da moeda norte-americana também encarece os gastos com cartões de crédito e débito no exterior – que sofrem a incidência, ainda, do Imposto Sobre Operações Financeiras (IOF) de 6,38%.

Segundo Levy, com essa maior procura pelo turismo do Brasil, são importantes ações do governo para fortalecer a infraestrutura, com aeroportos melhores e mais eficientes. "Inúmeros caminhos nessa nova situação para a gente encontrar formas de crescer. A transição exige sacrifícios e as pessoas estão dispostas a fazer sacríficios", declarou ele.

Plataforma fiscal
O ministro da Fazenda disse ainda que é o governo está trabalhando para reequilibrar as contas públicas e proporcionar uma "plataforma fiscal" que dê segurança para as empresas e para as pessoas.


"O objetivo de crescer, de o Brasil continuar a se desenvolver, é parte fundamental para todas ações de política econômica. A começar pelo realinhamento de preços. É muito importante nesse contexto que nossas contas públicas estejam também em ordem. É um elemento fundamental de tranquilidade para as pessoas poderem desenvolver seus sonhos", declarou Levy.

Ele lembrou que o Brasil passou por processo semelhante em 2003, no início do primeiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e que aquele ano não foi de muito crescimento, mas acrescentou que, em 2004, a economia "disparou".

"Em outros momentos de ajuste, a economia prontamente responde. O Brasil é grande, flexível, e todo mundo quer trabalhar. Se os preços estão no lugar certo e se há confiança de o governo pagar suas contas, as empresas e pessoas reagem, e o Brasil começa a crescer", avaliou o ministro.

Em sua avaliação, "acertando a casa, pondo o fiscal em ordem, a confiança volta, os juros caem, a demanda retoma, vamos ver as questões estruturais [da economia] para a gente entrar realmente nessa rota de desenvolvimento".

Por Alexandro Martello - G1, em Brasília
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