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DATA DA PUBLICAÇÃO 11/02/2010 | Informática
Aposta nos jogos em rede torna games 100% off-line objetos em extinção
Games que trazem modos de jogo on-line ou que são totalmente jogados pela internet existem há mais de uma década, com títulos como “Counter-strike” e “Everquest”. Mas foi nos últimos anos que a maior facilidade de acesso à rede e o aumento na velocidade da conexão popularizaram títulos com esse recurso, principalmente nos consoles. Atualmente, os jogadores exigem que os grandes lançamentos do mercado apresentem modos de jogo on-line e, por isso são cada vez mais raros os jogos 100% off-line.

O lançamento do game de tiro para múltiplos jogadores on-line “MAG”, que suporta 256 usuários simultâneos, ao lado de títulos que focam em partidas pela rede como “Call of duty: modern warfare 2”, “Warhawk” e “World of warcraft”, por exemplo, mostram que os games estão cada vez mais conectados.

Ao ser anunciado na Electronic Entertainment Expo (E3) 2008, “MAG” foi cercado de grande expectativa. Ao trazer um grande número de gamers on-line no PlayStation 3, o título permite criar uma batalha virtual entre dois exércitos. O jogador faz parte de um esquadrão e precisa trabalhar em equipe de acordo com sua classe no game. A expectativa é que os próximos games incorporem o modelo de “MAG”, com ainda mais potencial de interação entre jogadores.

Os jogadores são atraídos para o game on-line porque as partidas nunca são iguais. O motivo disso está na interação entre os jogadores, que conversam entre si e criam estratégias para completar uma missão.

“O cérebro humano apresenta diversos modelos cognitivos e o que mais funciona no jogador é o da detecção de padrões”, afirma Roger Tavares, doutor em games pela PUC-SP. “O problema do jogo off-line é que estes padrões se esgotam muito rápido. Quando o jogador parte para um game on-line, ele vê pessoas criando padrões diferentes e ele desejará decifrar todos”.

Para André Nogueira, produtor do estúdio brasileiro Tectoy Digital, os games on-line ou com modos de jogo pela internet são uma tendência sem volta. “Não há como substituir o ser humano na qualidade da interação social. Quando se desenvolve um jogo on-line, você está pedindo ajuda ao usuário para que ele torne o game ainda mais legal e mais rico”, afirma. “

A socialização entre amigos é outro motivo que fortalece o desenvolvimento de componentes on-line pela indústria de games. “É mais do que uma tendência, é uma evolução natural”, diz Bertrand Chaverot, diretor da Ubisoft Brasil. “A maioria dos jogos são feitos com uma parte multijogador forte, trazendo socialização. E a inteligência dos seus amigos é melhor que a Inteligência Artificial do computador”.

“A competitividade dos games on-line é o que atrai grande parte dos jogadores”, diz Julio Vieitez, diretor-geral da Level Up! Games, empresa especializada em jogos on-line. “O modelo on-line já faz parte da estrutura dos principais títulos. Mesmos nos consoles, vimos a expansão desse modo com rankings e com modos de jogo pela internet”.

O sucesso das redes associadas aos consoles da Microsoft e da Sony mostra que a aposta na radicalização da experiência on-line tem base de ser. “Isso faz com que a experiência proporcionada pelo game seja muito mais forte”, conta Marcos Khalil, sócio-diretor da rede de lojas especializadas em games UZ Games. “Poder jogar com outras pessoas permite conversar, compartilhar itens e acessórios, além de fazer com que o universo esteja sempre em evolução”.

De olho no modo on-line
Na tentativa de deixar para trás a baixa na venda de jogos no ano passado, as empresas apostam em modos de jogo on-line para os grandes lançamentos do setor em 2010. A Electronic Arts anunciou na terça-feira (8) que todos os seus produtos lançados este ano terão funcionalidade pela rede. Entre os títulos estão “2010 FIFA World Cup”, “Skate 3”, “NBA Jam” e “EA sports MMA”.

Também na terça, a Ubisoft revelou que o próximo “Assassin’s creed” será focado em um modo multijogador pela rede. A desenvolvedora francesa também pretende criar títulos voltados para o publico casual. “‘Imagine town’ é um dos jogos on-line que a Ubisoft lançará, mostrando nossa preocupação com títulos em rede”, explica Chaverot. “Outros games pela internet serão ‘Might & magic heroes kingdoms’ e um MMORPG [RPG para múltiplos jogadores com partidas pela internet] de peso que ainda será anunciado”.

O console Zeebo, da Tectoy, apresenta conexão à internet por meio da rede 3G, que é utilizada para a compra de jogos e para atualizações de sistema. A empresa pode aproveitar o recurso e lançar jogos partidas pela rede. “A experiência de lançar ranking on-line no Zeebo foi bem recebido pelos jogadores e gostamos muito do resultado”, conta André Nogueira. “Certamente, isso deve pautar a produção dos próximos títulos para a plataforma”.

Game on-line não é para todos
Por mais que o caminho para games totalmente on-line pareça inevitável, existe a preocupação de que eles atinjam somente os aficionados em videogames. Um dos motivos é que, nos títulos atuais, os modos multijogador estão repletos de gamers habilidosos e que passam horas treinando.

“Sozinho, vou bem nas campanhas [do game de tiro] ‘Bad company’, mas quando jogo on-line, não consigo ficar um minuto vivo”, conta Roger Tavares. “A primeira preocupação das produtoras foi disponibilizar o game on-line. Agora, é preciso conseguir organizar as informações dos usuários e fazer com que o sistema saiba colocar pessoas do um nível para jogar juntas”.

Trazer os jogadores cada vez mais para dentro do mundo on-line do jogo pode ser uma das soluções para este problema. “O acesso gratuito aos jogos atrai os jogadores, que podem ficar jogando o tempo que quiserem sem pagar nada”, afirma Vieitez. “Posso ficar um ano jogando e, quando eu desejar ter algum item ou algum cenário novo, eu pago por ele”.

Por outro lado, a popularização dos games on-line no Brasil pode levar mais tempo do que nos países mais desenvolvidos. Além do alto preço dos consoles, dos equipamentos para o PC e dos games, o custo pelo acesso à internet de banda larga e a velocidade da conexão no país pode afastar a maioria dos interessados. “A estrutura brasileira de internet ainda está longe da ideal, mas quando o game vem para o Brasil com servidores, a melhora é significativa”, explica Vieitez

A estrutura brasileira de internet ainda está longe da ideal, mas quando o game vem para o Brasil com servidores, a melhora é significativa"
Na opinião de Marcos Khalil, a velocidade de internet pode ser um agravante para a popularização dos jogos on-line no Brasil. “A internet do Brasil vem melhorando muito. Quando o brasileiro pegar gosto pelo jogo on-line ninguém mais vai segurar a gente”.

Por Gustavo Petró - G1, em São Paulo
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