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DATA DA PUBLICAÇÃO 07/03/2009 | Saúde e Ciência
Após transplante raro, homem viverá com dois corações no peito
O InCor (Instituto do Coração) de São Paulo realizou anteontem o sexto transplante heterotópico de coração, técnica rara, em que o paciente ficará com os dois corações batendo no peito, lado a lado.

O coração sadio, de um doador de 26 anos, foi implantado do lado direito do peito do paciente e vai funcionar concomitantemente ao coração doente, auxiliando no bombeamento de sangue para todo o corpo.

Os órgãos foram ligados por um tubo sintético de cerca de dez centímetros, que foi implantado na artéria pulmonar.

Há nove anos o paciente sofria de uma doença grave no coração, chamada miocardiopatia, que provocou insuficiência cardíaca e fez com que ele perdesse a força para bombear sangue. Isso provocou uma doença secundária, a hipertensão pulmonar, que foi determinante para discutir a necessidade de um transplante.

De acordo com o cirurgião cardíaco Alfredo Fiorelli, diretor do Programa de Transplante de Coração de Adultos do InCor, um único coração não seria capaz de bombear sangue para o corpo todo, pois os pulmões estão lesados.

"O transplante tradicional seria contraindicado. A única alternativa que existe é colocar um coração para funcionar em paralelo, como um auxiliar. É um método de exceção, que só é indicado em casos de alta gravidade, como o desse paciente."

Por ser um transplante raro, os resultados são inferiores. Nesse caso, segundo Fiorelli, as chances de sobrevivência variam de 40% a 50%, contra 90% no transplante tradicional. A sobrevida é de dez anos. "O paciente estava sendo mantido de forma artificial há dois meses. Sem o transplante, suas chances de vida eram mínimas", diz.

Ao longo do tempo, o coração sadio assumirá grande parte das funções principais, e o coração doente baterá em ritmo mais lento.

O paciente continua internado na UTI, em situação grave, o que era esperado pela equipe. "É normal, pois é uma fase de adaptação", diz.

Por Fernanda Bassete - Folha de São Paulo
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