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DATA DA PUBLICAÇÃO 31/05/2008 | Geral
Após suspeita de pedofilia, tenente se mata em SP
O tenente da Polícia Militar Fernando Neves Braz, 34 anos, suicidou-se na manhã desta sexta-feira, após receber um madado de busca e apreensão em seu apartamento, na Zona Norte de São Paulo. Braz era acusado de envolvimento em uma rede de pedofilia que oferece programas pela Internet e age na capital paulista. O tenente deixou a esposa e uma filha de nove anos.

Braz se matou com um tiro na cabeça com a própria arma no banheiro do seu apartamento. Ele foi responsável por comandar a equipe de policiais que fez uma varredura no edifício London, Zona Norte de São Paulo, logo após a menina Isabella Nardoni, cinco anos, ter sido atirada do 6º andar, em 29 de março. Em imagens, o tenente foi visto conversando com o pai da menina, Alexandre Nardoni.

Rede de pedofilia - Uma lista com 600 nomes foi apreendida pelos investigadores da 5ª Delegacia Seccional na casa do operador de telemarketing e pai-de-santo Márcio Aurélio Toledo. Suspeita-se que muitos deles pertenceriam à rede de pedofilia que negociava sexo com crianças de 7 a 12 anos e distribuía material pornográfico com crianças. Segundo a polícia, o acusado não cobrava por seus serviços. Seu interesse seria manter relações sexuais com os pedófilos para quem ele agenciava as crianças.

Por causa de escutas telefônicas nas quais ele dizia que iria entregar para um cliente uma criança de 9 anos, que seria seu sobrinho, a polícia decidiu pedir à Justiça a decretação da prisão temporária de 30 dias para o acusado. "Era preciso impedir a concretização do delito", afirmou o delegado André Luiz Pimentel. A Justiça decretou a prisão e concedeu o mandado de busca e apreensão.

Os policiais foram à casa de Toledo, na Rua Márcio Martins Ferreira, em Cidade Ademar, na Zona Sul de São Paulo. Ali funcionava nos fundos o terreiro de umbanda mantido por Toledo. O pai-de-santo foi detido, mas nenhuma criança foi encontrada no lugar. "Nós vamos tentar identificar as possíveis vítimas", afirmou o delegado.

Por enquanto, Toledo só foi acusado de negociar material pornográfico envolvendo crianças, um crime previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente que prevê uma punição de 2 a 6 anos de prisão em caso de condenação. "Caso seja possível identificar as crianças, ele poderá ser indiciado sob as acusações de estupro e atentado violento ao pudor", disse Pimentel.

Por Diário Online - AE
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