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DATA DA PUBLICAÇÃO 05/01/2018 | Economia
Após quatro anos em queda, vendas de veículos crescem 9,23%
Após quatro anos em queda, vendas de veículos crescem 9,23% Para especialistas, dado indica retomada do setor, que ainda comercializa 41% menos que em 2012. Foto: Denis Maciel/DGABC
Para especialistas, dado indica retomada do setor, que ainda comercializa 41% menos que em 2012. Foto: Denis Maciel/DGABC
Após quatro anos seguidos de queda, o mercado brasileiro de veículos volta a dar sinais de recuperação. Conforme dados da Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores), a venda de automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus teve alta de 9,23% no ano passado, na comparação com 2016. No total, foram vendidos 2,239 milhões de veículos durante todo o ano passado no Brasil. Em 2016, o número chegou a 2,050 milhões.

Para especialistas, os resultados positivos indicam que o consumidor está recuperando a confiança no mercado. E contribuiu a esse movimento uma série de fatores, como investimentos da indústria automobilística em novos modelos, diminuição no índice de inadimplentes devido à redução no ritmo de desemprego e, consequentemente, aumento no volume de financiamentos.

Para o presidente da Fenabrave, Alarico Assumpção Júnior, os números surpreenderam as expectativas. No início de 2017, a projeção era vender 20% menos do que no ano anterior. “Ao longo do ano, as ações econômicas acertadas geraram efeitos positivos. Quedas sucessivas dos juros e da inadimplência, aumento da empregabilidade e melhor acesso ao crédito resultaram na melhora nos índices de confiança e na expectativa do consumidor e do empresário, fazendo com que aumentasse o consumo e revertesse, assim, o cenário negativo inicial.”

O superintendente do Sincodiv-SP (Sindicato dos Concessionários e Distribuidores de Veículos do Estado de São Paulo), Octávio Leite Vallejo, também destacou a queda de juros e a devolução da credibilidade mediante a estabilização na política como fatores primordiais à retomada. “O emprego com carteira assinada também teve uma melhora acentuada, apesar de ainda estar longe do ideal. Além disso, o grupo de pessoas que ganham acima de dez salários mínimos (R$ 9.540), que não sofre tanto com o desemprego, volta a sonhar e a comprar financiado com a redução das incertezas”, destacou.

O diretor da ADK Automotive, Paulo Roberto Garbossa, destacou os investimentos do setor, que inclusive apostou em novos modelos. “Tivemos diversos lançamentos. Se não há produto novo, o consumidor não se sente atraído a comprar”, disse. Na região, dois exemplos de novidades fabricados por aqui são o novo Polo e o sedã Virtus.

Outro dado positivo é que o comércio de pesados reagiu, com altas de 3,53% nos caminhões (52.069 unidades) e 10,66% nos ônibus (15.099). “O segmento estava negativo há muito tempo, com consumo represado. Até porque não tinha o que transportar. Essa alta demonstra reação da economia”, avaliou Vallejo.

O dirigente do Sincodiv-SP completou que no Grande ABC, que concentra seis montadoras, deve haver reflexo em segmentos relacionados, como o de autopeças e o de pneus. “A economia é uma circulação de riquezas. Até para os ramos de serviços e comércio deve haver influência positiva. Prova disso é que tivemos o melhor Natal dos últimos anos. Isso é consequência do restabelecimento desta confiança do consumidor.”

PERDA DE MERCADO - Apesar da melhora, que dá novo fôlego ao mercado, o número de veículos vendidos ainda está longe do que costumava ser vendido em 2012, último ano de crescimento antes das sucessivas quedas. À época, o comércio somou 3,801 milhões de unidades – nunca se vendeu tanto no País. Os 2,239 milhões de 2017, portanto, representam queda de 41,10% em cinco anos, ou 1,562 milhão de exemplares a menos.

Nesse período, o Brasil chegou a perder praticamente o equivalente ao mercado de automóveis e comerciais leves do México. De janeiro a novembro do ano passado foi comercializado 1,371 milhão de veículos no País, de acordo com a Amia (Asociacion Mexicana de La Industria Automotriz).

PARA 2018 - Para este ano, a Fenabrave espera que o clima continue favorável às vendas. Em relação aos automóveis e comerciais leves, a expectativa é de alta de 11,9% sobre os resultados de 2017. Para todo o mercado, a perspectiva é de alta de 10,3%.

Para Garbossa, apesar de a expectativa ser positiva, é difícil dar previsão, já que 2018 também tem eventos importantes na agenda, como eleição presidencial e Copa do Mundo. Além disso, há um grande número de feriados – no total são nove nacionais e cinco pontos facultativos. “Precisamos esperar até maio ou abril para observar o mercado e o consumidor. Porém, o crescimento deve existir.”

Por Yara Ferraz - Diário do Grande ABC
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