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DATA DA PUBLICAÇÃO 10/07/2017 | Tecnologia
Após mulher matar namorado no YouTube, acidentes em transmissões ao vivo preocupam especialistas
Após mulher matar namorado no YouTube, acidentes em transmissões ao vivo preocupam especialistas Americana matou o namorado com um tiro em brincadeira em vídeo no YouTube (Foto: Youtube/Reprodução)
Americana matou o namorado com um tiro em brincadeira em vídeo no YouTube (Foto: Youtube/Reprodução)
Casos nos últimos meses alertam para os riscos da exposição exagerada e dos limites ignorados em nome de visualizações.

Casos de acidentes em transmissões ao vivo de youtubers nos últimos meses preocupam especialistas, que alertam para os riscos da exposição exagerada e dos limites ignorados em nome de visualizações. Mas tem o outro lado: eles defendem os vídeos on-line e avisam que há aqueles preocupados com a qualidade do conteúdo.

O caso mais grave aconteceu em junho, nos Estados Unidos, quando uma americana de 19 anos matou o companheiro por acidente, ao vivo no YouTube. Ela deu um tiro no peito do namorado, enquanto ele segurava um livro que deveria parar a bala.

Neste mês, a vlogueira chinesa Zhang se envenenou sem querer ao comer uma planta venenosa em um vídeo em tempo real. O que ela pensava ser Aloe Vera era Agave Americana, folha parecida, mas cheia de toxinas. Ela foi internada e ficou bem.
Em abril, um americano transmitiu ao vivo pelo Facebook o momento em que matou um homem na rua. O vídeo foi retirado do site, o homem foi encontrado e se matou.

“Os eventos das últimas semanas são a prova de que existem pessoas que passam dos limites pela fama, popularidade e pelo dinheiro”, diz a doutora em Ciências da Comunicação pela USP, Maíra Bittencourt.

“É possível encontrar youtubers que se profissionalizam no assunto que abordam e têm uma margem de segurança, física e de reputação. Mas há outros que apenas querem provar da fama, com o preço que isso custar", diz a pesquisadora.

Ela acrescenta que as tentativas em filtrar melhor o conteúdo são dificultadas pelo número gigantesco de usuários. “Embora o Facebook venha investindo firmemente, é um esforço muito difícil de se ter êxito. Não é possível ter controle sobre as publicações de milhões de pessoas, blogueiros e empresas. Nunca será totalmente eficaz.”

“Em relação aos Youtubers atuais muitas coisas que vemos passaram por produtoras e são já programadas”, explica Helder Hidalgo, responsável pelo treinamento dos professores das aulas de youtuber da Microcamp, rede de escolas de idiomas e computação. Ele afirma que passa noções éticas e legais aos alunos.

“Algumas dessas ações que vemos são claramente para atingir o público gerando visualizações. É uma fórmula conhecida na TV, o que preocupa aqui são os mais novos que precisam de orientação", diz o coordenador do curso de youtubers.

"Situações de risco não são exclusividade da nova mídia", diz o publicitário Gustavo Cortês, que escreveu uma dissertação de mestrado na Universidade Federal Fluminense sobre produção de conteúdo online.

Exageros, claro, não são exclusividade do meio digital: "A diferença é que para o YouTube qualquer pessoa com câmera ou celular tem o poder de produzir e veicular um produto”.

Mas como YouTube e Facebook moderam o conteúdo?

Mark Zuckerberg, fundador do Facebook, disse que fará tudo o que puder para evitar que publicações deste tipo se repitam. É possível relatar problemas nos vídeos ao vivo.

Após lançar o serviço de transmissão ao vivo no YouTube, o Google afirmou que toma ações parecidas. É possível denunciar conteúdo inadequado no site.

Por Cesar Soto, G1
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