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DATA DA PUBLICAÇÃO 23/05/2018 | Cidade
Após inércia, vereadores de Mauá questionam merenda
Após inércia, vereadores de Mauá questionam merenda Foto Ilustrativa. Foto: Diário do Poder
Foto Ilustrativa. Foto: Diário do Poder
Câmara exige dados sobre acordos 15 dias depois de PF prender prefeito; Donisete também é alvo

Duas semanas depois de a PF (Polícia Federal) prender o hoje prefeito afastado de Mauá, Atila Jacomussi (PSB), sob acusação de ser beneficiário de esquema de desvios em contratos de merenda escolar, a Câmara de Mauá, presidida pelo próprio pai do prefeito, Admir Jacomussi (PRP), decidiu questionar o governo sobre o vínculo do Paço mauaense com as empresas investigadas.

Aprovado na sessão de ontem e assinado pelos 23 vereadores, o requerimento pede dados específicos ao governo Atila sobre os contratos, como datas em que foram assinados e relatório da execução dos acordos. Também questiona a quantidade de ovo no cardápio da merenda servida aos alunos e exige cópia do menu alimentar das escolas. No documento, os vereadores pedem explicações sobre informações “amplamente divulgadas na imprensa” sobre a “substituição frequente da carne pelo ovo e o fornecimento de leite e suco diluídos” na alimentação das crianças.

Apesar de ser endereçado ao governo Atila, o requerimento aprovado ontem é uma forma que o Legislativo de Mauá – que é majoritariamente governista – encontrou de minimizar críticas de que está sendo condescendente com eventuais irregularidades – há uma semana, arquivou a tramitação de impeachment de Atila –, além de tentar dividir com o ex-prefeito Donisete Braga (ex-PT, hoje Pros) o peso que a gestão Atila tem carregado com as acusações da Operação Prato Feito.

Com exceção do cardápio, todas as informações solicitadas pelos vereadores são públicas e facilmente encontradas na internet, por meio do Portal da Transparência.

Há vários contratos da Prefeitura de Mauá com diversas empresas investigadas pela PF para diversos objetos de fornecimento, desde kit lanches e merenda e material escolares, tanto da gestão Donisete quanto da atual administração e de governos passados. Ao todo, os acordos somam R$ 14,7 milhões. “Vamos ver, de forma oficial, se há contratos de merenda (investigados) na atual gestão”, explicou Admir.

AFASTAMENTO
Também na sessão de ontem a Câmara aprovou por unanimidade estender o afastamento de Atila por até mais 30 dias. A decisão é nova manobra do núcleo duro do Paço para salvar o governo. Na semana passada, Atila já havia pedido afastamento por até 15 dias. Ele está preso na carceragem da PF, na Capital. Sem a clareza da data em que passou a contar esse prazo (a partir da sessão, no dia 15, ou desde a data da prisão, no dia 9), a Câmara preferiu levar em consideração o dia da detenção e revalidou o afastamento para preservar juridicamente o mandato de Atila de eventuais questionamentos futuros.

Enquanto isso, a defesa do prefeito aguarda julgamento de habeas corpus no STF (Supremo Tribunal Federal) para obter a soltura de Atila. Ontem, o ministro Gilmar Mendes, que analisa o benefício, pediu mais dados sobre o caso, o que indica que a apreciação do pedido poderá demorar mais do que o esperado.

Alaíde Damo exonera Sargento Simões

A prefeita interina de Mauá, Alaíde Damo (MDB), exonerou o policial militar reformado Anderson Alves Simões (MDB), conhecido como Sargento Simões, do comando da autarquia Hurbam (Habitação Popular e Urbanização de Mauá). A demissão do emedebista foi assinada na sexta-feira, mas só foi publicada ontem no Diário Oficial.

A decisão da prefeita em exercício em exonerar Simões indica que Alaíde Damo começou a afastar do governo figuras políticas próximas ao seu ex-genro José Carlos Orosco Júnior (PDT), ex-secretário de Obras. Por isso, a demissão é vista no Paço mauaense como demonstração de fidelidade ao grupo do prefeito afastado Atila Jacomussi (PSB), que está preso desde o dia 9. O núcleo duro da gestão socialista já havia dado sinal verde para a exoneração de quadros comissionados indicados por Orosco, que nos últimos meses intensificou críticas públicas à gestão e protagonizou, inclusive, ataques pessoais e fora do contexto político a integrantes do governo Atila.

Pesa a favor desse alinhamento o fato de Alaíde ser rompida com Orosco desde o ano passado, quando a própria filha, a ex-deputada estadual Vanessa Damo (MDB), atual secretária de Relações Institucionais, acusou Orosco de agredi-la física e psicologicamente – ele nega. Outros nomes pró-Orosco ainda seguem no primeiro escalão do governo, como o secretário de Educação, Fernando Coppola, o Xuxa (MDB).

Por Júnior Carvalho - Diário do Grande ABC
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