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DATA DA PUBLICAÇÃO 05/08/2011 | Economia
Após freio no crédito, movimento no comércio fica estável em julho
Depois de zerar em junho, a atividade no comércio brasileiro cresceu 0,1% em julho, informou a Serasa Experian nesta quinta-feira (4). Apesar de praticamente repetir o movimento do mês imediatamente anterior, a leve alta foi alavancada pelo aumento nas vendas do segmento de tecidos, vestuário, calçados e acessórios, de supermercados e de móveis e informática.

A pesquisa do movimento no comércio da Serasa reflete as vendas do setor e é elaborada por meio do volume de consultas mensais realizadas pelos estabelecimentos comerciais à base de dados da entidade. A amostra é composta de cerca de 6.000 empresas comerciais e o indicador, com início em janeiro de 2000, é segmentado em seis ramos de atividade comercial.

Se, por um lado, as vendas aumentaram nos segmentos de comida e bebida, móveis eletrônicos e informática e de roupas, por outro, os grupos combustíveis e lubrificantes, veículos, motos e peças e material de construção registraram queda no movimento. O principal destaque negativo foi o segmento de automóveis e motocicletas, cuja atividade recuou 1,6%.

A atividade no setor registrou alta de 1,3% em maio, mas, desde então, está ficando perto da estabilidade e deve se comportar assim durante todo o segundo semestre. Os principais motivos, segundo os economistas da Serasa Experian, são o “aperto monetário em curso e as medidas de restrição ao crédito adotadas pelo governo, visando esfriar o consumo e combater a inflação”.

O comércio, entretanto, aproveita os resultados do primeiro semestre para acumular alta na atividade. No acumulado de 2011, ou seja, entre janeiro e julho, o setor registrou expansão de 9,6% no movimento. O setor de material de construção impulsionou essa alta, já que apresenta um crescimento de 12% nos primeiros sete meses do ano.

Na segunda posição aparece o segmento de móveis, eletroeletrônicos e informática, cuja alta nos primeiros sete meses foi de 9,1%, e, em terceiro, vêm combustíveis e lubrificantes, grupo que teve alta de 8,4%. Por outro lado, o segmento de tecidos, vestuário, calçados e acessórios acusa recuo de 0,7% no acumulado do ano.

Medidas para frear crédito
Em dezembro do ano passado, o governo anunciou o aumento do compulsório dos bancos nos depósitos à vista ou à prazo - o que tirou R$ 61 bilhões do mercado. O compulsório é um dinheiro que as instituições financeiras precisam deixar no Banco Central quando recebem investimentos dos clientes. Assim, o BC consegue controlar a quantidade de grana que circula na economia.

Além disso, a taxa básica de juros – conhecida como Selic – segue uma trajetória de alta desde dezembro de 2009. Em junho, a taxa chegou a 12,25% ao ano – o que encarece ainda mais o crédito para empresas e para o consumidor.

Em março deste ano, o governo também elevou o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), de 5,38% para 6%, sobre os empréstimos tomados por bancos e empresas no exterior para diminuir a entrada de dólares no país e conter a expansão do crédito e da inflação. Um dia antes desse anúncio, o Planalto já tinha publicado a elevação do mesmo imposto – de 2,38% para 6,38% - cobrado nas compras com cartão de crédito.

Em abril, o governo aumentou a alíquota do IOF para pessoa física de 1,5% para 3% ao ano para frear o crescimento do crédito na economia. Foi uma medida para auxiliar no combate às pressões inflacionárias. Isso significa que uma compra de R$ 100 se transforma, automaticamente, em um valor de R$ 103, já que o governo fica com os R$ 3 extras.

No início de agosto, uma medida publicada no Diário Oficial da União pela Receita Federal determinou a cobrança de 3% de IOF ao ano sobre o uso do cartão de crédito para pagar qualquer tipo de conta, como condomínio, luz e água. Para o governo, esta é uma prática de empréstimo.

Por R7
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