NOTÍCIA ANTERIOR
Polícia ambiental multa frigorífico em R$ 1 milhão por vazamento em MS
PRÓXIMA NOTÍCIA
Quadrilha que roubava medicamentos da rede pública era comandada de dentro de presídio
DATA DA PUBLICAÇÃO 01/02/2012 | Geral
Após fim das sacolas, mercados improvisam para não perder clientes
Após fim das sacolas, mercados improvisam para não perder clientes  Supermercado em São Paulo dá sacolinhas biodegradáveis de graça para os clientes (Foto: Renato Jakitas/G1)
Supermercado em São Paulo dá sacolinhas biodegradáveis de graça para os clientes (Foto: Renato Jakitas/G1)
Na região central de SP, mercado dá sacola biodegradável como cortesia.

Em Pirituba, empresário leva as compras de casa em casa sem custo.

Após um acordo entre supermercadistas determinar o fim das sacolinhas plásticas nas gôndolas das lojas de São Paulo no dia 25 de janeiro, donos de pequenas e médias redes decidiram improvisar para não perder seus clientes. O G1 visitou sete pontos de venda localizados na região central e no bairro de Pirituba nesta terça-feira (31) e observou as estratégias encampadas pelos empresários e gerentes dos setor. Os exemplos vão desde bancar os custos da distribuição de sacolas biodegradáveis para os consumidores até a entrega sem custo das compras de casa em casa – e com o prazo máximo de 40 minutos.

O supermercado Master, localizado dentro do Shopping Frei Caneca, na região central de São Paulo, é um dos que aproveitaram o momento para tentar se diferenciar da concorrência. O mercado tirou da boca dos caixas as sacolinhas plásticas. Mas, no lugar, está distribuindo sem custo uma opção ecológica, feita a partir do bagaço da cana-de-açúcar.

“É uma cortesia para os nossos clientes sem tempo determinado para acabar. Nós abraçamos o acordo de retirar as sacolas plásticas e, no lugar, estamos distribuindo essa, que também é ecológica. Caso o cliente queira, ele também pode comprar a sacola de amido de milho por R$ 0,19, além de nossas opções de ecobags”, afirma Fernanda Ruano, analista de recursos humanos do supermercado Master.

A iniciativa parece ter agradado a clientela. A professora Else Lemos diz que resolveu entrar e fazer compras no mercado só por causa das sacolas grátis. “Eu nem ia comprar nada. Estava passando pelo mercado quando vi as pessoas saindo com essas sacolinhas. Daí decidi entrar e comprar”, conta.

Em Pirituba, nenhum mercado foi encontrado distribuindo sacolinhas ecológicas de graça. Pelo menos três deles, inclusive, foram vistos pelo G1 trabalhando com as sacolas plásticas tradicionais. O problema, dizem, é que ainda há um estoque. A ideia, segundo os gerentes dos supermercados Zattão, Palmares e Takara – as lojas que ainda distribuem as sacolinhas – é continuar assim, até pelo menos esgotem os produtos já adquiridos, o que deve acontecer a partir do final desta semana.

“Depois [que acabar os estoques], não sei. Acho que vamos continuar com as sacolinhas por mais um tempo. Vamos ver como essa mudança vai funcionar nos mercados maiores, nas grandes redes. Vamos ver se os clientes vão assimilar essa modificação”, diz Vanderlei Saraiva Lopes, gerente do supermercado Palmares, localizado na Avenida Mutinga, ponto de grande movimento em Pirituba.

A poucos metros do local, também na Avenida Mutiga, os clientes do supermercado Takara saem da loja com as compras acondicionadas nas mesmas sacolinhas de sempre. “A gente só não consegue sacolinha no Carrefour, no Extra. Nos mercados aqui do bairro, está tudo do mesmo jeito”, diz a auditora de teleatendimento Dayse dos Santos.

“O nosso cliente quer as sacolas. Acontece que ele não planeja quando vem fazer as compras. Ele passa aqui geralmente a pé e não quer levar o que comprou em uma caixa [de papelão]”, diz Márcio do Santos Barbosa, gerente do supermercado Takara.

Barbosa conta que os estoques de sacolinhas estão para acabar, mas ele pretende encontrar uma solução até lá. “Eu vou hoje mesmo visitar uma rede de supermercados que sei que conseguiu uma sacola biodegradável mais barata e está distribuindo para os clientes. Nossa ideia é, quem sabe, poder fazer isso também.”

Compras em casa
Ainda em Pirituba, o mercado Peri, na Avenida Elísio Cordeiro da Siqueira, não distribui mais as sacolinhas plásticas desde o dia 25 de janeiro e tem pelas paredes da loja cartazes da Associação Paulista dos Supermercados (Apas) explicando a campanha de cunho ecológico. Mas, como alternativa, o mercado colocou em ação uma estratégia para agradar a freguesia: entregar as compras de carro em um raio de até 20 km do estabelecimento. Tudo sem nenhum custo.

O mercado conta com três carros para as entregas e, segundo Miro Correia, responsável pelo serviço, o vai e vem das compras pelo bairro é frenético. “A gente não para. A nossa meta é entregar todas as compras em até 40 minutos após o cliente sair daqui”, diz.

Por Renato Jakitas - G1, em São Paulo
Assine nosso Feed RSS
Últimas Notícias Gerais - Clique Aqui
As últimas | Geral
25/09/2018 | Golpe do ''motoboy'' é o crime da moda
25/09/2018 | Há quatro meses faltam medicamentos no SUS
25/09/2018 | Redução de pressão de água é eficaz, mas exige medidas, diz professor
As mais lidas de Geral
Relação não gerada ainda
As mais lidas no Geral
Relação não gerada ainda
Mauá Virtual
O Guia Virtual da Cidade

Todos os direitos reservados - 2024 - Desde 2003 à 7718 dias no ar.