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DATA DA PUBLICAÇÃO 16/06/2015 | Economia
Após explosão, Bridgestone pode ficar 70 dias sem produzir pneus
Após explosão, Bridgestone pode ficar 70 dias sem produzir pneus Foto: Nario Barbosa/DGABC
Foto: Nario Barbosa/DGABC
Por causa da explosão que ocorreu na fábrica da Bridgestone, em Santo André, na quinta-feira, por problemas na subestação de energia, a empresa pode ficar sem produção nessa unidade fabril por, pelo menos, 70 dias, segundo o presidente do Sindicato dos Borracheiros da Grande São Paulo e Região, Márcio Ferreira.

A empresa não confirma a informação e diz que o prazo para o retorno ainda está sendo avaliado. De acordo com informações passadas por funcionários, o período pode significar, no mínimo, 1,125 milhão a 1,26 milhão de pneus que deixariam de ser fabricados (levando em conta produção diária de 16 mil a 18 mil). Porém, a unidade fabril tem 1,5 milhão de pneus em estoque, também segundo fontes internas da companhia.

Ainda de acordo com o dirigente, com a sinalização de demora para o restabelecimento da subestação, as férias coletivas, que foram antecipadas devido ao acidente, podem ser estendidas. Os funcionários da área produtiva ficariam em casa por 15 dias a partir do dia 30 de junho e agora já saem de folga hoje. Durante o tempo sem atividade, o atendimento de encomendas pode ser, em parte, suprido por grupos concorrentes, acrescentou Ferreira.

MOBILIZAÇÃO - Com a antecipação das férias coletivas, cerca de 300 trabalhadores da Bridgestone, preocupados com a possibilidade de ficarem sem o reajuste salarial e sem a PLR (Participação nos Lucros e Resultados) – esperada para vir em parte já neste mês –, se mobilizaram e foram, na chuva, em passeata, da fábrica até a sede do sindicato. O objetivo era protestar pela indefinição nas negociações salariais e pela falta de informação sobre o pagamento desses recursos. A data-base da categoria é 1º de junho. “Saímos de férias e não temos previsão de receber, não nos dão satisfação (sobre como fica a situação do pessoal). Estamos atrás dos nossos direitos”, afirmou o funcionário Edson Henrique dos Santos, o Beiçola.

Ao se encontrar com os manifestantes, Ferreira informou que se reuniu ontem pela manhã com a empresa e que levou proposta da entidade para aceitar os 6% de reajuste oferecidos pela companhia, mas revindicando bônus de R$ 2.000, a ser pago no fim do ano, para compensar o índice abaixo da inflação – o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) ficou em 8,76% nos 12 meses terminados em maio –, e mais PLR de R$ 10 mil (sendo R$ 9.000 pagos neste mês e os restantes R$ 1.000 em dezembro).

O dirigente disse ainda que a explosão, além de afetar a atividade da companhia, atrapalhou a estratégia do sindicato, já que não haveria como utilizar a greve como instrumento de pressão. Enquanto outras empresas do ramo já concluíram as negociações com os empregados em torno do reajuste salarial e da PLR deste ano, ainda não havia acordo com a Bridgestone, que batia na tecla de oferecer índice abaixo da inflação.

“Se tiver o ‘Ok’ da empresa para nossa proposta, vamos fazer assembleia na quarta-feira (amanhã)”, disse o dirigente, que não descarta mobilizar os trabalhadores para acampar na porta da fábrica se não se chegar a um entendimento.

Por Leone Farias - Diário do Grande ABC
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