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DATA DA PUBLICAÇÃO 10/11/2017 | Educação
Após carta racista, estudante indígena faz Enem para incentivar irmã a entrar na universidade
Após carta racista, estudante indígena faz Enem para incentivar irmã a entrar na universidade Kethyla Taiane Shawanava de Almeida, de 18 anos, está fazendo o Enem para incentivar a irmã, Jhenifer Nayane Shawanava de Almeida, (Foto: Anny Barbosa/G1)
Kethyla Taiane Shawanava de Almeida, de 18 anos, está fazendo o Enem para incentivar a irmã, Jhenifer Nayane Shawanava de Almeida, (Foto: Anny Barbosa/G1)
‘Não consigo nem imaginar algo do tipo acontecendo com meus irmãos’, diz estudante. Irmãs estudaram juntas para o Enem e ficaram na mesma sala.

Após receber uma carta com ofensas racistas, a universitária de pedagogia Kethyla Taiane Shawanava de Almeida, de 18 anos, está fazendo o Enem para incentivar a irmã, Jhenifer Nayane Shawanava de Almeida, de 16 anos, que está no terceiro ano e pretende ingressar na Universidade Federal do Acre (Ufac).

As irmãs, que estudaram juntas para o exame, ficaram na mesma sala na Escola São José. Kethyla conta que resolveu fazer a prova para incentivar a irmã e dar mais segurança para ela. “Ela tava muito nervosa, com muito medo de não passar para o que queria. Então, decidi me inscrever e estudar com ela para fazer o Enem”, disse.

Jhenifer conta que o grande sonho sempre foi cursar direito e disse que o medo é de não conseguir entrar para o curso. Apesar da insegurança, ela diz que encontrou na família o apoio que precisava.

“Eles são tudo.A mana está fazendo a prova por minha causa e me ajudou a estudar e tirava minhas dúvidas Isso significa muito mesmo para mim”, conta.

Kethyla disse que, após o ocorrido, quando recebeu a carta com ofensas na Ufac, sentiu medo pelos irmãos, porque a família nunca tinha passado por nada parecido. “Não consigo nem imaginar algo do tipo acontecendo com meus irmãos, acho que não vai acontecer, mas medo a gente sempre tem. Fico pensando que poderia ter sido um deles e isso dói”, conta.

Jhenifer conta que ficou muito irritada com as coisas escritas na carta. “Sempre tive ela como inspiração, ela é a mais velha, então, é meu espelho e saber que algo feriu quem você admira dessa forma dá uma raiva grande, mas ela sabe que temos uma a outra, ela é minha melhor amiga”, afirma.

Kethyla procurou a Polícia Federal após encontrar a carta com ofensas racistas contra ela embaixo do caderno. A carta é carregada de discurso de ódio e ofensas contra a descendência e cultura indígena da estudante.

Por Anny Barbosa, G1 AC, Cruzeiro do Sul
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