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DATA DA PUBLICAÇÃO 20/07/2011 | Geral
Após anos sem ''identidade'', rua em SP enfim ganha nome e placa
As correspondências já começam a chegar às casas dos moradores de uma rua que há pelo menos 30 anos sobreviveu sem nome no bairro Vila Jacuí, na Zona Leste de São Paulo. A via ganhou placa e um nome todo especial: Travessa Flor de Pêssego, escolhido pelos vizinhos da Avenida Jacu-Pêssego, que sempre serviu de referência para que seus endereços fossem encontrados.

Receber uma correspondência, convidar amigos para uma festa ou até pedir pizza não eram tarefas fáceis para os moradores. Antes, endereços vizinhos eram passados para receber correspondências como o das avenidas Jacu-Pêssego e Laranja da China. “Quando o carteiro era o mesmo e conhecia a área, a correspondência até chegava, mas se fosse outro, a carta era extraviada. Para pedir uma pizza era preciso marcar no posto para pegar”, conta a moradora Glória Cleide Pires dos Reis.

A autônoma de 48 anos comemora a carta que recebeu do filho e que chegou pela primeira vez, sem problemas, em casa. “Essa carta é do meu filho que mora em Guareí, interior de São Paulo. Diversas vezes foi devolvida aos Correios porque não achavam o endereço. Dessa vez chegou em casa”, afirma.

Até ganhar um nome e uma placa de identificação no último dia 4, os moradores chamavam o local de Rua Particular, que, segundo eles, confundia mais porque existem outras ruas com o mesmo nome na região.

Além do nome, as casas ganharam novos números. A única pendência agora é o CEP, que os Correios já dizem ter cadastrado, mas que só estará disponível para consulta no Diretório Nacional de Endereço em novembro.

“Comprei uma máquina de lavar. Dei o endereço novo, mesmo com o CEP da Avenida Laranja da China, e ainda assim chegou direitinho”, afirma Cleide.

O mecânico Valmir de Jesus Reis, de 49 anos, diz que até sinalizou o número novo da casa para não haver confusão. “Saímos do anonimato”, brinca.

A vizinha Edna Batista, dona de casa de 59 anos, vê na conta de energia que chegou pela primeira vez em casa uma grande vitória. “É muito bom, antes não recebia nada”, diz.

Edna lembra do transtorno que passou há sete anos quando teve que esperar até as 4h para pegar um ônibus e levar o filho ao hospital. Segundo ela, a ambulância não conseguiu chegar ao local para socorrê-lo durante uma crise de apendicite.

“O médico disse que cheguei ao hospital com meu filho no limite da crise. Ele teve que fazer uma cirurgia urgente”, lembra.

Por Caroline Hasselmann - G1, em São Paulo
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