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DATA DA PUBLICAÇÃO 02/10/2013 | Setecidades
Após 20 anos, ponte de madeira no Jardim Bom Pastor será trocada
Após 20 anos, ponte de madeira no Jardim Bom Pastor será trocada Ponte de madeira sobre o ribeirão dos Meninos oferece risco a quem a utiliza para evitar andar mais de dois quilômetros. Foto: ABCD Maior
Ponte de madeira sobre o ribeirão dos Meninos oferece risco a quem a utiliza para evitar andar mais de dois quilômetros. Foto: ABCD Maior
Estrutura que liga o bairro de Santo André à avenida Lauro Gomes, em São Bernardo, será substituída por ponte de metal

Uma reivindicação antiga dos moradores do Jardim Bom Pastor, em Santo André, deve ser atendida depois de duas décadas de espera. A ponte de madeira que liga o bairro à avenida Lauro Gomes, em São Bernardo, construída sobre o ribeirão dos Meninos, será substituída por estrutura metálica. A estrutura feita de toras de eucalipto é precária e insegura.

“Passo por aqui todos os dias para ir trabalhar e sinto medo. Quando chove, as tábuas ficam escorregadias e a cada dia a madeira fica mais deteriorada”, resume a auxiliar de limpeza Rosa Ramos, 55 anos, que percorre um caminho de mais de dois quilômetros até a saída para São Bernardo. Outro problema é que, na parte de São Bernardo, a ponte termina direto na pista da avenida Lauro Gomes, expondo os usuários ao risco de atropelamento.

Data para acabar - De acordo com Prefeitura de Santo André, essa realidade já tem data para acabar. A obra de substituição da estrutura de madeira por uma metálica está em fase de contratação e a assinatura do contrato com a empresa que fará a intervenção na ponte deve ocorrer nos próximos dias. A expectativa é que a obra se inicie ainda neste mês.

O ajudante geral Leonildo Cordeiro Curiê, 41, reclama que há mais de 10 anos nenhum reparo é feito na ponte. “Nós temos de pregar as tábuas. O fluxo de pessoas é enorme, dia e noite”, explicou.

Sulivan Nunes Monteiro, 30, ajudante geral, já se machucou ao atravessar a estrutura. “Escorreguei em uma madeira solta e meu chinelo foi parar no rio. Machuquei a perna e escapei por pouco de cair lá embaixo. Idosos e crianças atravessam essa ponte todos os dias, é muito perigoso”, descreveu. A Secretaria de Obras e Serviços Públicos de Santo André informou que há outras seis pontes de madeira na cidade. A Administração estuda também a substituição dessas pontes por estrutura metálica e aguarda dotação orçamentária para isso.

Mauá planeja reforma e diz que faz monitoramento
Assim como Santo André, a Prefeitura de Mauá planeja reformar as pontes de madeira do município. Atualmente existem nove estruturas como essas na cidade, duas delas no Jardim Zaíra, duas no Jardim Camila e a outras no Jardim Primavera, Jardim Rosina, Jardim Cerqueira Leite, Jardim Canadá e Bairro Feital.

Em nota, a Prefeitura destacou que “monitora periodicamente essas pontes”. A Secretaria de Serviços Urbanos programou para os próximos meses as reformas das localizadas no Jardim Primavera e Cerqueira Leite. Existem estudos sobre a reforma da passagem localizada no Jardim Canadá. Devido às obras da marginal paralela à avenida Antonia Rosa Fioravanti, a ponte localizada no Jardim Rosina deverá ser removida.

Questionadas, as prefeituras de São Bernardo, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra não responderam sobre as condições das pontes de madeira que existem nos municípios. Em Diadema, a Administração declarou que não existem estruturas de madeira na cidade, que foram substituídas por pontes metálicas ao longo dos últimos anos. São Caetano também não possui pontes de madeira.

Madeira não tratada põe população em risco
As famosas ‘pinguelas’, como são chamadas as pontes de madeira construídas precariamente sobre rios e córregos, colocam em risco a vida das pessoas que passam por elas todos os dias. É o que afirma Gilson Lameira de Lima, professor de gestão de infraestrutura da UFABC (Universidade Federal do ABC).

De acordo com o especialista em urbanismo, nesse tipo de estrutura geralmente localizada em bairros de periferia é utilizada madeira não tratada que, ao ser exposta ao sol e à chuva, tem durabilidade de, no máximo, dois anos.

Troncos - “Em geral são troncos de eucalipto fazendo o papel de vigas e sobre eles é construído um tabuleiro de madeira. A vida útil desse tipo de estrutura é muito curta, devido ao apodrecimento do material. O risco de acontecer acidentes é alto”, destacou.

O professor da UFABC lembrou ainda que a maioria das ‘pinguelas’ hoje vistas nas cidades foi construída provisoriamente e deveria ter esse caráter, mas se tornaram definitivas por falta de políticas públicas.

Por Angela de Paula - ABCD Maior
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