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Corredor Diadema-SP tem sinalização precária
DATA DA PUBLICAÇÃO 31/07/2010 | Setecidades
Após 20 anos, Diadema terá corredor a partir deste sábado
Após 20 anos de promessas, o governo do Estado entregou nesta sexta-feira (30/07) a extensão Diadema-São Paulo do Corredor Metropolitano ABD (São Mateus-Jabaquara), que começa a operar neste sábado (31/07). A obra passou por problemas contratuais e só começou efetivamente em dezembro de 2009, sendo concluída dentro do prazo proposto pela Secretaria Estadual de Transportes. Foram investidos R$ 24,5 milhões para construir os 24 km de faixas de ônibus exclusivas, 36 pontos de parada e nove estações de transferência que compõem a extensão.

O novo corredor deve receber cerca de 85 mil passageiros por dia, sendo cerca de 15 mil da Região, que terão obrigatoriamente de embarcar no Terminal Diadema, com integração. A faixa exclusiva liga a cidade à zona Sudoeste da Capital, permitindo a integração com a Linha 9-Esmeralda da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) e, futuramente, com a estação Brooklin-Campo Belo da Linha 5-Lilás do Metrô.

De acordo com o secretário estadual de Transportes, José Luiz Portela, 15 linhas devem operar no trecho, sendo duas regulares da EMTU (Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos) e outras 13 de trólebus.

"Os passageiros poderão fazer a integração com o trem na Estação Berrini e Morumbi e irão economizar R$ 0,30 por viagem", destacou. O secretário também enfatizou que o tempo de viagem entre a Região e São Paulo vem diminuindo por conta do plano de expansão do Estado. "Antes era preciso uma hora de viagem para chegar ao Morumbi, e a partir de sábado esse mesmo percurso será feito em 30 minutos", afirmou.

O governador Alberto Goldman ressaltou que o Estado investiu R$ 20 bilhões em transportes nos últimos quatro anos. "Enquanto isso, o governo federal pretende gastar R$ 35 bilhões para construir o Trem-Bala, que vai transportar 50 mil pessoas por dia. Só o corredor ABD transporta 300 mil passageiros diariamente. Se diminuíssem a velocidade do trem bala e sobrasse dinheiro para o transporte público seria muito melhor", criticou.

Demanda - Para o prefeito de Diadema, Mário Reali, também presente ao evento, a crítica de Goldman só seria justificável se o plano Expansão São Paulo, do governo do Estado, pensasse também na Região. "Se fosse para trazer o metrô para Diadema, eu faria lobby", brincou Reali.

O chefe do Executivo também criticou a demora nas obras do corredor. "Vinte anos depois a demanda é outra. Naquela época Diadema tinha 180 mil habitantes, hoje são 400 mil. O problema é que a Linha Lilás do Metrô ainda está muito concentrada em São Paulo. Tínhamos de integrar a Linha Esmeralda com a linha da CPTM que passa por Santo André", sugeriu.

Reali também falou sobre os pontos de parada do corredor. Do Terminal Diadema até o hipermercado Carrefour, os veículos percorrerão um trecho de quase 1 km dentro da cidade no qual não há pontos de parada. "Queremos dialogar com o Estado para ter ajustes nesse projeto, porque mandaram para a Prefeitura e tivemos pouco tempo para analisar", comentou.

Meio ambiente – O ambientalista da Região e presidente do Movimento em Defesa da Vida do ABC (MDV), Virgílio Alcides de Farias, deve entrar com ação popular na próxima semana para impedir a circulação de ônibus a diesel no corredor recém-inaugurado. “A obra é inconstitucional, pois não tem estudo ambiental prévio, como demanda a Constituição Federal. Agora resolveram operar com veículos movidos a diesel, sendo que há ônibus híbridos que poderiam operar com menor prejuízo ambiental”, protestou.

Durante o evento, o governador chegou a prometer a conclusão da eletrificação do trecho para 2011. O ambientalista, porém, mantém a crítica. “O Estado começa a operar uma obra que foi concebida para ser uma tecnologia limpa e, assim, está premiando a poluição. Eles prometem uma coisa e fazem outra”, reclamou.

O presidente da EMTU, João Paulo de Jesus Lopes, garantiu que o licenciamento ambiental está em dia. "Quando os projetos foram aprovados, há 20 anos, não era obrigatório o licenciamento ambiental. Mesmo assim consultamos a Cetesb e pedimos autorização para operar, que foi concedida", afirmou.

Por Camila Galvez - ABCD Maior
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