DATA DA PUBLICAÇÃO 05/04/2013 | Setecidades
Após 10 anos, ações do Estatuto do Desarmamento continuam tímidas
Armas são inutilizadas nas sedes das seis guardas Municipais da Região, que funcionam como pontos de recolhimento.
GCMs da Região têm pontos para recolher armas; compra cai 40,6% no País após Estatuto, aponta levantamento do Ipea
Prestes a completar 10 anos, o Estatuto do Desarmamento segue com ações ainda tímidas na Região no combate ao uso e porte de armas pela população. No ABCD, as sedes das seis GCMs (Guardas Civis Municipais) funcionam como os pontos de recolhimento de armas, acessórios e munições.
Na última reunião das GCMs do ABCD, realizada em fevereiro deste ano, foram programadas ações integradas no sentido de reavivar a campanha de desarmamento. Foi solicitada a intervenção do Consórcio Intermunicipal – entidade que reúne os sete prefeitos da Região – para confecção de material publicitário uniforme para todas as cidades. A última ação efetiva da entidade regional foi a participação no Fórum de Prevenção à Violência e Desarmamento, que contou com entidades sociais e sindicatos de trabalhadores, em novembro de 2011.
No âmbito municipal, apenas Mauá e Ribeirão Pires planejam atividades de conscientização sobre o tema para este ano. Na semana passada, técnicos da Prefeitura de Mauá das áreas de segurança, educação, saúde, ação social e conselheiros tutelares iniciaram o planejamento da campanha municipal de desarmamento infantil, que será permanente na cidade.
A programação prevê quatro ações no decorrer do ano, além das intervenções nas escolas, equipamentos da Prefeitura e eventos públicos. Durante eventos como uma revoada de pipas ainda no primeiro semestre, o Dia da Infância em agosto, Caminhada pela Paz em 21 de setembro e nas comemorações do Dia da Criança, em outubro, serão realizadas as ações de conscientização.
O desarmamento infantil é uma ação realizada em várias cidades do País. Iniciada em Diadema, tem apresentado resultado efetivo, com milhares de crianças entregando suas armas de brinquedo, estilingues, estiletes e cerol. O material plástico é encaminhado para reciclagem.
Em Ribeirão Pires, a Prefeitura informou que novas ações estão sendo estudadas pela Secretaria de Segurança Pública da cidade, como criação de grupo formado por guardas civis municipais para a realização de palestras infantis em escolas.
Compra de armas registra redução de 40% no Brasil, diz pesquisa
A proporção de pessoas que compram armas de fogo caiu 40,6% no Brasil, de acordo com o Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada). Em estudo apresentado na segunda-feira (01/04), foi utilizada a Pesquisa de Orçamentos Familiares do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) para analisar os impactos da lei sobre a propensão à compra de armas.
O número anual de aquisições de armas de fogo pelas famílias caiu de 57 mil para 37 mil entre a pesquisa do IBGE de 2002-2003, concluída antes da sanção do Estatuto, e a edição seguinte do levantamento, de 2008-2009. O ponto de resistência está na região Sul, que assumiu a liderança nacional na aquisição de armas pessoais com alta de 21% entre 2003 e 2009.
O estudo ainda mostra que os homens compram oito vezes mais armas do que as mulheres, mas a demanda masculina caiu 45,1% após o Estatuto. As pessoas responsáveis pelo domicílio têm chances 636% e 154,2% maiores de comprar armas que as dos cônjuges e filhos, respectivamente. A queda em sua demanda foi de 39,1% no período.
Estatuto - A Lei 10.826/2003, sancionada em dezembro de 2003 e conhecida como Estatuto do Desarmamento, aumentou o controle e estabeleceu critérios mais rígidos para registro, posse, porte e comercialização de armas de fogo e munição no Brasil. O registro atesta a origem legal da arma e permite que um adulto possua uma arma em casa ou no local de trabalho se for o responsável pelo estabelecimento.
Prestes a completar 10 anos, o Estatuto do Desarmamento segue com ações ainda tímidas na Região no combate ao uso e porte de armas pela população. No ABCD, as sedes das seis GCMs (Guardas Civis Municipais) funcionam como os pontos de recolhimento de armas, acessórios e munições.
Na última reunião das GCMs do ABCD, realizada em fevereiro deste ano, foram programadas ações integradas no sentido de reavivar a campanha de desarmamento. Foi solicitada a intervenção do Consórcio Intermunicipal – entidade que reúne os sete prefeitos da Região – para confecção de material publicitário uniforme para todas as cidades. A última ação efetiva da entidade regional foi a participação no Fórum de Prevenção à Violência e Desarmamento, que contou com entidades sociais e sindicatos de trabalhadores, em novembro de 2011.
No âmbito municipal, apenas Mauá e Ribeirão Pires planejam atividades de conscientização sobre o tema para este ano. Na semana passada, técnicos da Prefeitura de Mauá das áreas de segurança, educação, saúde, ação social e conselheiros tutelares iniciaram o planejamento da campanha municipal de desarmamento infantil, que será permanente na cidade.
A programação prevê quatro ações no decorrer do ano, além das intervenções nas escolas, equipamentos da Prefeitura e eventos públicos. Durante eventos como uma revoada de pipas ainda no primeiro semestre, o Dia da Infância em agosto, Caminhada pela Paz em 21 de setembro e nas comemorações do Dia da Criança, em outubro, serão realizadas as ações de conscientização.
O desarmamento infantil é uma ação realizada em várias cidades do País. Iniciada em Diadema, tem apresentado resultado efetivo, com milhares de crianças entregando suas armas de brinquedo, estilingues, estiletes e cerol. O material plástico é encaminhado para reciclagem.
Em Ribeirão Pires, a Prefeitura informou que novas ações estão sendo estudadas pela Secretaria de Segurança Pública da cidade, como criação de grupo formado por guardas civis municipais para a realização de palestras infantis em escolas.
Compra de armas registra redução de 40% no Brasil, diz pesquisa
A proporção de pessoas que compram armas de fogo caiu 40,6% no Brasil, de acordo com o Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada). Em estudo apresentado na segunda-feira (01/04), foi utilizada a Pesquisa de Orçamentos Familiares do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) para analisar os impactos da lei sobre a propensão à compra de armas.
O número anual de aquisições de armas de fogo pelas famílias caiu de 57 mil para 37 mil entre a pesquisa do IBGE de 2002-2003, concluída antes da sanção do Estatuto, e a edição seguinte do levantamento, de 2008-2009. O ponto de resistência está na região Sul, que assumiu a liderança nacional na aquisição de armas pessoais com alta de 21% entre 2003 e 2009.
O estudo ainda mostra que os homens compram oito vezes mais armas do que as mulheres, mas a demanda masculina caiu 45,1% após o Estatuto. As pessoas responsáveis pelo domicílio têm chances 636% e 154,2% maiores de comprar armas que as dos cônjuges e filhos, respectivamente. A queda em sua demanda foi de 39,1% no período.
Estatuto - A Lei 10.826/2003, sancionada em dezembro de 2003 e conhecida como Estatuto do Desarmamento, aumentou o controle e estabeleceu critérios mais rígidos para registro, posse, porte e comercialização de armas de fogo e munição no Brasil. O registro atesta a origem legal da arma e permite que um adulto possua uma arma em casa ou no local de trabalho se for o responsável pelo estabelecimento.
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