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DATA DA PUBLICAÇÃO 19/02/2016 | Tecnologia
Aplicativo para rastrear os filhos gera polêmica em família
Dispositivo para celular está rendendo a maior discussão. Até onde vai o cuidado com os filhos? E onde começa excesso de vigilância?

Um dispositivo que permite pais rastrear os filhos está rendendo a maior discussão. Até onde vai o cuidado com os filhos? E onde começa excesso de vigilância?

Você gostaria de saber onde seus filhos estão, 24 horas por dia?

Jogar bola em casa com o primo. Difícil saber se essa brincadeira coloca mais sorriso no rosto do Felipe ou no da mãe dele. Sabe como é que é, né? Está se divertindo ali pertinho, praticamente debaixo da asa da coruja que atende pelo nome de Priscila.

“Ah, na verdade ele é filho único, né, eu sou viúva, então, acho que acabo querendo proteger mais ainda, abraçar mais ainda e estar sempre ali, o máximo que eu posso estar com ele”, conta a veterinária Priscilla Horie.

O Felipe é um moleque típico: segunda fica até mais tarde na escola, terça tem aula de inglês e joga futebol. Quarta é catequese, na quinta bola e inglês de novo e na sexta ele quer esquecer tudo e ir para casa dos amigos, pegar um cineminha e daí para mais. A asa da mãe não é tão grande para cobrir tudo isso. Aí, com um aparelhinho, a coruja descobriu que consegue vigiar o filhote seja lá para onde ele voar.

“A minha criação sempre foi muito da minha mãe sempre dar liberdade, ter ensinado, dado a base, os princípios, e a gente sair para o mundo, mas sempre uma liberdade, que a gente, sempre ela falou, uma liberdade vigiada”, completa Priscilla.

Ou seja, a única possibilidade do Felipão sair de casa sem isso daqui é se ele estiver com a mãe. Porque, saiu sozinho, tem que levar o tal aparelhinho, seja na mochila do futebol e da escola, seja na mochila do inglês, seja dentro do bolso. E olha que eles moram em um condomínio fechado, com segurança 24 horas, mas até para andar de bicicleta, dentro do condomínio, o tal aparelhinho, vai colado na bike.

Pelo celular, ela consegue monitorar aonde ele vai e até a velocidade que ele está pedalando! Se aparecer algum imprevisto, o aplicativo avisa na hora. E já tem coisa de 700 protetoras como ela no país usando esse mesmo sistema. Será que o apaixonado por futebol lida bem com essa marcação cerrada?

“Eu acho que é mais seguro de eu não sair onde ela manda. E é para minha segurança isso”, acredita o filho de Priscilla, Felipe Horie, de 10 anos.

Então, mas experimenta fazer o teste: depois de ouvir a criança, tenta conversar com uma molecada só um pouco mais velha sobre isso.

“Eu não ia gostar, porque acho que os pais têm que ter confiança nos filhos e saber que eles vão direto para casa ou para onde combinou”, diz Manuela Batista Pires, de 13 anos.

“Eu vou me sentir presa, porque ele vai estar me acompanhando em todo o lugar que eu for”, conta Nádia Monteiro Stockholm, de 13 anos. “Tipo um BBB”, completa Manuela.

Aí depois ouve a opinião de um psicólogo. O equilíbrio nesse caso é um troço difícil, sabe.

“Para mãe é difícil, né, ver o filho crescer. Mas ele precisa dessa autonomia para poder seguir os seus passos. Eu acho que acompanhar é importante. Controlar tem as suas limitações”, pondera a psicóloga e pedagoga Ana Claudia Crivellaro.

Quer dizer, mãe coruja boa é aquela que está sempre olhando para todos os lados. Mas que entende também que, de vez em quando, o filhote precisa bater asa sozinho.

O aplicativo pode ser adaptado para a necessidade do cliente. Se estiver monitorando um idoso, ele tem um alarme para o caso de um tombo, por exemplo. E também pode ser usado em animais de estimação, para que eles não se percam.

Por Bom Dia Brasil - G1
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