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DATA DA PUBLICAÇÃO 11/03/2016 | Setecidades
Aplicativo leva médico aonde o paciente estiver
Aplicativo leva médico aonde o paciente estiver Foto de divulgação
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Imagine nunca mais ter de passar horas na sala de espera de um consultório médico. Ou mesmo no trânsito, a caminho do atendimento, que pode levar semanas ou meses para ser agendado, até na rede privada. Isso já é possível graças ao Docway, aplicativo que possibilita que o paciente chame o especialista onde quer que esteja.

Lançado em setembro do ano passado, o conceito é inédito no Brasil. Trata-se de um modelo de “uberização” - em referência ao Uber -, como explica o CEO e fundador do Docway, Fábio Tiepolo. “Há três empresas que já fazem isso nos Estados Unidos, além de uma iniciativa grande em Portugal. Embarcamos nesse modelo, em que o mais importante é dar valor para o contato médico-paciente, para que eles se aproximem de forma mais íntima, que se tornem parceiros na dinâmica toda”, afirma.

A ideia surgiu após Tiepolo observar queixas dos médicos com os quais tinha contato. “Eu já era da área da saúde. Trabalhava na indústria farmacêutica, no marketing. Frequentemente eles falavam sobre a falta de tempo para se dedicar ao paciente, além da questão dos altos custos de manutenção de consultórios e da pressão que o próprio sistema exerce sobre os médicos. Vimos que havia ali a oportunidade de prestar bom atendimento, de ir à casa das pessoas, de poder interceder.”

Para o paciente, a principal vantagem do app na visão do CEO é a comodidade. “Hoje as pessoas compram o tempo delas ao chamar o Docway. É algo que não tem preço e poder adquirir isso é a melhor coisa do mundo. Quem pede tem ficado satisfeito. Oferecemos tempo, conveniência e muita qualidade.”

Ana Beatriz Correa, 51 anos, usou o aplicativo no final de fevereiro e aprovou. O filho de 16 anos estava com febre alta e ela solicitou um clínico geral a domicílio. “Achei a proposta interessante. Recebi o médico em casa e ele foi muito atencioso. Examinou, pediu exames e fez o acompanhamento. Mandei o resultado por e-mail, ele me deu a orientação de tratamento e terminou tudo bem. Foi fantástico”, assegura a engenheira, que afirma ter indicado o serviço a amigas. “Meu filho é maior que eu. Seria difícil eu levá-lo ao hospital, uma vez que ele mal conseguia ficar em pé. O aplicativo foi uma boa alternativa.”

Praticidade - O funcionamento do app é bem simples. No Docway, disponível para os sistemas Android e IOS, há um banco de dados de médicos disponíveis. O paciente interessado escolhe a especialidade, a forma de pagamento (dinheiro ou cartão de crédito) e solicita se deseja a consulta para aquele exato momento ou para outro dia e hora marcados. Para o médico, aparecem as consultas disponíveis e ele aceita a solicitação conforme sua conveniência. Assim que ele confirmar, o paciente recebe a notificação. As consultas variam de R$ 200 a R$ 300, dependendo do horário solicitado. Apesar de alto, o valor não foge ao aplicado nas maiorias das consultas particulares. Para o especialista, a quantia revertida é de 100% caso o pagamento seja em dinheiro e de 85% no cartão.

Atualmente, o aplicativo está em três capitais – São Paulo, Curitiba (onde foi criado) e Belo Horizonte. Na capital paulista, as especialidades disponíveis até agora são pediatria, clínica geral, ortopedia e dermatologia. “Chegamos a São Paulo há apenas três semanas. A gente vai abrindo o leque de acordo com o credenciamento dos médicos”, diz Tiepolo, que completa: “existe uma rigorosa seleção para integrar profissionais à nossa rede credenciada”. Há um trabalho de divulgação para atrair mais médicos ao Docway, mas o que tem funcionado mesmo é o boca a boca. “Eles nos conhecem por matérias ou rede social e entram em contato conosco através do site ou do próprio app.”

O Grande ABC ainda não está contemplado, mas por pouco tempo. “Vamos estender o credenciamento para a região. Esperamos que dentro de um mês a gente consiga”, diz.

E mais mudanças estão a caminho. Na próxima versão, a promessa é que haja um serviço de urgência, em que o paciente vai solicitar ambulância para levá-lo ao hospital. “Já vamos oferecer também vacinas e exames em casa. É bem provável que ela seja lançada em 15 dias.”

Mais de quatro mil downloads do app já foram feitos. Destes, 200 já realizaram consultas. Quantos aos médicos, são cerca de 500 cadastrados. “A recepção deles em relação ao Docway é muito boa. O atendimento domiciliar muitas vezes já é prática comum do médico. O que a gente faz é agir para que ele consiga aumentar isso e gere valor agregado para os dois lados. Somos um canal facilitador”, aponta o idealizador.

Por Marília Montich - Diário OnLine
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