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DATA DA PUBLICAÇÃO 19/10/2011 | Economia
Apesar das perdas da greve, Correios preveem alta na receita em 2011
Apesar das perdas da greve, Correios preveem alta na receita em 2011 DHL diz ter recebido 50 novos clientes por dia durante a greve dos Correios (Foto: Divulgação)
DHL diz ter recebido 50 novos clientes por dia durante a greve dos Correios (Foto: Divulgação)
Apesar dos prejuízos provocados pela greve de quase um mês, encerrada na última quinta-feira (13), os Correios informam que preveem fechar o ano com alta na receita da empresa e crescimento no mercado de entregas de encomendas expressas - segmento em que concorrentes da estatal afirmam ter registrado aumento de até 60% na procura durante os dias de paralização dos funcionários da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT).

"Apesar das eventuais perdas decorrentes da greve, acreditamos que o segmento [de encomendas expressas] deverá fechar o ano de 2011 com um crescimento de 15%", informou os Correios ao G1. "Em relação à receita total, sabe-se, também, que haverá crescimento notório", acrescentou a estatal.

No primeiro semestre do ano, a receita com o serviço de encomendas expressas, conhecido como Sedex, registrou salto de 18%, em comparação ao mesmo período do ano passado. A receita total dos Correios no 1º semestre teve alta de 11,72%.

Os Correios estimam que, só no mês de setembro, os dias de paralisação foram responsáveis por uma queda de R$ 130 milhões no faturamento da empresa. A companhia afirma, porém, que ainda não é possível calcular o valor total do prejuízo provocado pelos dias de paralisação, porque é possível que clientes tenham adiado as postagens para após o encerramento da greve.

"Até o momento ainda não temos dados concretos dos efeitos econômico-financeiros da greve, pois embora tenha havido uma sensível queda na receita de vendas no mês de setembro, cabe salientar que, historicamente, no citado mês a receita sofre queda", informou a empresa.

Os Correios ainda trabalham para colocar todas as entregas atrasadas em dia. Para alguns serviços que foram suspensos durante a paralisação, como Sede10, Sedex Hoje e Disque Coleta, a previsão é que a normalização ocorra até o dia 24.

Concorrentes tentam segurar clientes
Para as empresas privadas de entregas, a greve dos Correios significou lucro e oportunidade de conquista de novos clientes. Companhias de logística e que atuam com transporte de cargas expressas comemoram o aumento da procura e do número de entregas e coletas de encomendas nas últimas semanas.

A DHL Express afirmar ter registrado um aumento de 50% no número de contatos telefônicos recebidos por dia de clientes interessados nos serviços oferecidos pela empresa. A empresa diz que conseguiu, em média, 50 novos clientes por dia ao longo de todo o período de paralisação.

"A DHL Express dispôs do potencial máximo de sua equipe e estrutura nacional para priorizar o atendimento de seus clientes, minimizando os impactos que a paralisação das atividades dos Correios pudesse gerar aos seus negócios", afirma Juliana Vasconcelos, diretora da DHL Express Brasil. A multinacional alemã atende 1.515 cidades no Brasil com uma frota de cerca de cerca de 300 veículos.

A americana UPS, que desde 2009 passou atuar no mercado de remessas expressas domésticas, afirma ter registrado um aumento de 60% no envio de remessas expressas dentro do país no período.

“Qualquer movimentação em relação aos Correios mexe o mercado como um todo. Como temos uma atuação muito forte no pós-vendas, acreditamos que essa expansão se mostre duradoura”, afirma Christiano Rihan, diretor de vendas da UPS, que opera no Brasil com uma frota de 81 carros.

Nas brasileiras Total Express e JadLog, com forte atuação no transporte de remessas de venda direta ao consumidor, a quantidade de encomendas cresceu 30% nas últimas semanas, sobretudo nos serviços de entregas rápidas e urgentes.

Segundo o diretor da JadLog, Ronan Hudson, após longos períodos de greve nos Correios, clientes que utilizaram os serviços pela primeira vez acabam migrando definitivamente para a empresa.

“Em toda greve, de 15% a 20% dos clientes permanecem de imediato conosco”, diz Hudson. "Um dos maiores diferencias é que os Correios é muito impessoal. Oferecemos maior flexibilidade para o atendimento de necessidades específicas, coletamos de dia, de noite e até de madrugadade, e temos condições de negociar a solução de imprevistos. Hoje, já conseguimos competir inclusive por preço".

A CMA Comunicaçăo, que oferece serviços de digitalizaçăo e envio de boletos e comunicados de cobrança, afirma que a quantidade de e-mails e SMS enviados pela empresa no período de greve cresceu 40%. O número de comunicados de cobrança saltou de 10 milhões em setembro para 14 milhões no acumuladode outubro.

Correios dizem estar ganhando mercado
Os Correios estimam deter 37% do mercado nacional de encomendas fracionadas e avalia estar crescendo neste segmento. Por mês, a empresa entrega cerca de 17 milhões de encomendas expressas pelos serviços do portifólio Sedex.

"Em nossa avaliação, os Correios vêm ganhando participação de mercado ao longo dos últimos anos, impulsionados pela atuação na logística B2C e nas atividades de pós-venda das empresas, ou seja, pelo aumento da movimentação de mercadorias pelos Correios", informou a estatal ao G1.

"Observamos que o segmento corporativo manteve o mesmo ritmo de crescimento de 2010, em especial o segmento de comércio eletrônico, e que os clientes de varejo incrementaram o uso dos serviços da linha courier (Sedex 10 e Sedex Hoje)", acrescentou a empresa.

Por Darlan Alvarenga - G1, em São Paulo
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