DATA DA PUBLICAÇÃO 17/09/2008 | Cidade
Anúncio de imóvel pode ser isca para golpe do consórcio sorteado
Um morador de Mauá escapou por pouco de cair no golpe do consórcio contemplado no último final de semana. Se não fosse uma rápida pesquisa na internet e a descoberta de que talvez pudesse ser mais uma vítima do "conto do vigário", ele teria perdido cerca de R$ 4,5 mil.
No sábado passado, D.R. (que pediu para não ser identificado) se interessou pelo anúncio de um sobrado de três dormitórios no Parque São Vicente, em Mauá, que pedia R$ 19,8 mil de entrada mais parcelas. Quando ligou para o vendedor, foi informado que havia um outro comprador na frente e recebeu a orientação para telefonar no dia seguinte.
No domingo (14), D.R. ligou novamente ao vendedor, apresentado como Roberto, e foi avisado que a casa já havia sido vendida. Roberto, no entanto, lançou uma outra oferta: disse que um colega chamado Marcos tinha uma cota contemplada de um consórcio no valor de R$ 100 mil, com prestações baixas.
D.R., ainda interessado, telefonou a Marcos para se informar sobre a cota. Marcos, então, se identificou como funcionário de uma financeira, disse que a cota contemplada pertencia a uma pessoa que estava com o pagamento atrasado e que, se D.R. quisesse, daria um jeito de repassá-la "por debaixo dos panos".
"Ele me pediu R$ 3 mil de entrada e mais R$ 1,5 mil por fora", conta D.R. "Umas três horas mais tarde, eu liguei de novo, disse que estava interessado na cota e pedi que ele me enviasse o contrato para eu ver se estava tudo certinho. De repente, o cara (Marcos) começou a ficar nervoso, falou que o negócio não funcionava daquele jeito e que, se eu ainda quisesse, ele mandaria um motoboy até mim para pegar o meu cheque e me entregar o contrato", relata.
D.R. se questionou como "alguém pode liberar o contrato de um comprador antes mesmo de aprovar o crédito dele" e decidiu pesquisar o assunto na internet. "Qual não foi minha surpresa quando encontrei uma reportagem que explicava exatamente o esquema da quadrilha. E era justamente o que tinha acontecido comigo", diz.
Como evitar - Segundo o diretor-presidente da regional São Paulo da Abac (Associação Brasileira de Administradoras de Consórcio), Luiz Savian, o 'modus operandi' dos estelionatários é sempre o mesmo: eles anunciam um imóvel a preço acessível e, quando o interessado telefona, informam que a propriedade já foi vendida mas que têm uma cota contemplada de consórcio, também em condições atrativas. Se o comprador paga a entrada exigida, acaba perdendo todo o dinheiro e fica sem cota alguma.
Para evitar golpes como esse, Savian dá algumas simples orientações. Segundo ele, a primeira dica é checar junto ao Banco Central se a administradora que está vendendo a cota contemplada é reconhecida. Para isso, basta entrar no site www.bcb.gov.br, clicar em "Sistema Financeiro Nacional", depois em "Consórcios" e, em seguida, "Consórcios - Administradoras".
Num segundo momento, Savian afirma que o comprador deve ler atentamente o contrato do consórcio. "O cliente não deve aceitar nada que esteja fora do contrato. Nele geralmente há um glossário de termos jurídicos, que vai facilitar o entendimento das cláusulas. Uma simples leitura é suficiente para saber quais os direitos e obrigações do comprador", orienta.
Por último, o diretor da Abac alerta os compradores a "nunca acreditar em milagres". Ofertas muito atrativas podem ser sinal de estelionato. "A pessoa que aplica o golpe sempre procura atingir o ponto fraco do futuro comprador, que se vê diante de uma oferta muito vantajosa e acaba esquecendo o sistema de segurança", avisa.
No sábado passado, D.R. (que pediu para não ser identificado) se interessou pelo anúncio de um sobrado de três dormitórios no Parque São Vicente, em Mauá, que pedia R$ 19,8 mil de entrada mais parcelas. Quando ligou para o vendedor, foi informado que havia um outro comprador na frente e recebeu a orientação para telefonar no dia seguinte.
No domingo (14), D.R. ligou novamente ao vendedor, apresentado como Roberto, e foi avisado que a casa já havia sido vendida. Roberto, no entanto, lançou uma outra oferta: disse que um colega chamado Marcos tinha uma cota contemplada de um consórcio no valor de R$ 100 mil, com prestações baixas.
D.R., ainda interessado, telefonou a Marcos para se informar sobre a cota. Marcos, então, se identificou como funcionário de uma financeira, disse que a cota contemplada pertencia a uma pessoa que estava com o pagamento atrasado e que, se D.R. quisesse, daria um jeito de repassá-la "por debaixo dos panos".
"Ele me pediu R$ 3 mil de entrada e mais R$ 1,5 mil por fora", conta D.R. "Umas três horas mais tarde, eu liguei de novo, disse que estava interessado na cota e pedi que ele me enviasse o contrato para eu ver se estava tudo certinho. De repente, o cara (Marcos) começou a ficar nervoso, falou que o negócio não funcionava daquele jeito e que, se eu ainda quisesse, ele mandaria um motoboy até mim para pegar o meu cheque e me entregar o contrato", relata.
D.R. se questionou como "alguém pode liberar o contrato de um comprador antes mesmo de aprovar o crédito dele" e decidiu pesquisar o assunto na internet. "Qual não foi minha surpresa quando encontrei uma reportagem que explicava exatamente o esquema da quadrilha. E era justamente o que tinha acontecido comigo", diz.
Como evitar - Segundo o diretor-presidente da regional São Paulo da Abac (Associação Brasileira de Administradoras de Consórcio), Luiz Savian, o 'modus operandi' dos estelionatários é sempre o mesmo: eles anunciam um imóvel a preço acessível e, quando o interessado telefona, informam que a propriedade já foi vendida mas que têm uma cota contemplada de consórcio, também em condições atrativas. Se o comprador paga a entrada exigida, acaba perdendo todo o dinheiro e fica sem cota alguma.
Para evitar golpes como esse, Savian dá algumas simples orientações. Segundo ele, a primeira dica é checar junto ao Banco Central se a administradora que está vendendo a cota contemplada é reconhecida. Para isso, basta entrar no site www.bcb.gov.br, clicar em "Sistema Financeiro Nacional", depois em "Consórcios" e, em seguida, "Consórcios - Administradoras".
Num segundo momento, Savian afirma que o comprador deve ler atentamente o contrato do consórcio. "O cliente não deve aceitar nada que esteja fora do contrato. Nele geralmente há um glossário de termos jurídicos, que vai facilitar o entendimento das cláusulas. Uma simples leitura é suficiente para saber quais os direitos e obrigações do comprador", orienta.
Por último, o diretor da Abac alerta os compradores a "nunca acreditar em milagres". Ofertas muito atrativas podem ser sinal de estelionato. "A pessoa que aplica o golpe sempre procura atingir o ponto fraco do futuro comprador, que se vê diante de uma oferta muito vantajosa e acaba esquecendo o sistema de segurança", avisa.
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