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DATA DA PUBLICAÇÃO 21/07/2013 | Setecidades
Antigo lixão será recuperado 13 anos após fechamento
Antigo lixão será recuperado 13 anos após fechamento Foto: Celso Luiz/DGABC
Foto: Celso Luiz/DGABC
O processo de remediação da área onde funcionava o antigo lixão do Alvarenga, na divisa entre São Bernardo e Diadema, terá inicio ainda neste ano. A descontaminação da área de 300 mil metros quadrados será realizada 13 anos após o fechamento do local e corresponde ao primeiro passo para a construção de parque ecológico no espaço.

Conforme explica o diretor de limpeza urbana de São Bernardo, Maurício Cardoso, após parecer técnico favorável por parte da Cetesb (Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental), os trabalhos de análise do solo estão em fase final de realização e a remediação deve durar de seis a sete meses. Além de recuperação do solo e do lençol freático, após isolamento do lixo, que em alguns pontos atinge 25 metros de profundidade, será feita captação e tratamento do chorume, dos gases gerados pela decomposição do lixo e da água contaminada.

Desde segunda-feira, a população tem espaço para opinar sobre quais melhorias ou serviços o parque público que será construído no local precisa ter. A prefeitura instalou estande na entrada do antigo lixão, às margens da Estrada dos Alvarenga. “Os moradores podem aproveitar para compreender o processo de recuperação da área e construção do parque e também reivindicar pista de caminhada, parque para as crianças ou o que desejarem”, diz.

Passado esse processo de descontaminação, começa a construção do parque, provavelmente a partir de 2014. O equipamento público deve ficar pronto no prazo de até 14 meses. Todo o processo de análise do solo, remediação e instalação de área verde está orçado em R$ 80 milhões e é realizado pelo Consórcio SBC Valorização de Resíduos Revita e Lara.

Enquanto aguarda a conclusão do processo, a população do entorno já sabe o que cobrar do poder público para a área. Além de parque de diversões para as crianças, o bairro é carente de opções de lazer para jovens, adultos e idosos. Neste sentido, são bem-vindos pistas de caminhada, academias ao ar livre e quadras esportivas. “Normalmente o pessoal faz caminhada na beira da estrada mesmo, mas é perigoso”, comenta a dona de casa Gilza Faria, 55 anos.

De acordo com a operadora de caixa Maria Silvia Nascimento, 40, para que os filhos tenham acesso ao parquinho é preciso caminhar cerca de 20 minutos a pé até o bairro Senhor do Bonfim.

“O pessoal aqui está esquecido. A prefeitura também precisa melhorar as calçadas, colocar faixa de pedestres”, considera a moradora do bairro há cinco anos e mãe dos pequenos Diogo e Gabriela, 9 e 6 anos repectivamente.

Para o motorista Antônio de Barros Fernandes, 50, outra necessidade é a questão da segurança. Principalmente no período noturno, segundo ele, há receio por parte dos moradores em andar pelo local. “Se colocar um posto da GCM (Guarda Civil Municipal) no parque também vai melhorar nossa vida”, observa.

O antigo lixão foi fechado após sentença que condenou, em 2000, os municípios de São Bernardo e Diadema a removerem o lixo existente e a restaurarem as condições originais. O processo se arrastou por 21 anos.

Usina começa a funcionar em 2015
O antigo lixão do Alvarenga também receberá uma usina com capacidade para transformar lixo em energia por meio da queima dos resíduos. A construção do equipamento deverá ser iniciada ainda neste ano, mas a estimativa é de que comece a operar em 2015.

A previsão é que sejam gerados cerca de 17 MW/H, o suficiente para garantir a iluminação pública e domiciliar de uma cidade com aproximadamente 170 mil habitantes, o que equivale a cerca de 20% da população são-bernardense. O local terá capacidade para incinerar 750 toneladas de lixo – o equivalente a todo o resíduo orgânico produzido na cidade.

A usina será parte do Sistema de Processamento e Aproveitamento de Resíduos e Unidade de Recuperação Energética, complexo que dará destinação correta aos diferentes tipos de lixo: recuperando os materiais recicláveis, tratando a fração orgânica – que poderá virar adubo por meio do processo de compostagem - e incinerando apenas o que não puder ser reaproveitado.

O contrato com o vencedor da licitação foi assinado no ano passado e tem o valor de R$ 4,3 bilhões.

A construção deve demandar entre R$ 350 milhões e R$ 450 milhões. As empresas participantes do consórcio serão responsáveis por todo o serviço de limpeza pública de São Bernardo, como varrição de ruas e coleta seletiva.

Por Natália Fernandjes - Diário do Grande ABC
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