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DATA DA PUBLICAÇÃO 09/09/2015 | Educação
Analfabetismo atinge menos de 3% na região
Dados preliminares de estudo realizado pelo Consórcio Intermunicipal do Grande ABC, em parceria com a USCS (Universidade Municipal de São Caetano), apontam que a taxa de analfabetismo na região é inferior a 3%. O levantamento feito com as prefeituras mostra que, atualmente, 97,76% da população dos sete municípios é alfabetizada.

A proporção de indivíduos com 15 anos ou mais que sabem ler e escrever tem as melhores taxas em São Caetano e Santo André. Os indicadores dos municípios são 99,08% e 98,96%, respectivamente.

Na sequência aparecem São Bernardo (98,61%), Mauá (97,35%), Ribeirão Pires (97,26%), Diadema (95,79%) e Rio Grande da Serra (94,30%).

De acordo com o coordenador do Observatório da Educação do Grande ABC, Paulo Sérgio Garcia, os resultados da região são relevantes se comparados ao índice nacional. Em 2012, dados da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) apontaram que 8,7% da população nacional é analfabeta.

“É importante ressaltar que os índices estão bastante ligados ao nível socioeconômico da região. Isso colabora muito para as taxas do Grande ABC estarem tão baixas em relação ao restante do País”, explicou.

Segundo Garcia, a participação das prefeituras na criação de projetos também foi fundamental para esse resultado. “É importante destacar os programas municipais voltados para essa modalidade de ensino e também a EJA (Educação de Jovens e Adultos), que estão presentes nas sete cidades.” Atualmente a EJA é oferecido em 173 instituições de ensino do Grande ABC, tanto municipais quanto estaduais.

Levando em consideração informações enviadas pelas prefeituras de Santo André, São Bernardo, São Caetano e Mauá, atualmente 11.531 alunos estão cursando a Educação de Jovens e Adultos.

Ontem, no Dia Mundial da Alfabetização, data instituída em 1968 pela ONU (Organização das Nações Unidas) e pela Unesco, o Diário acompanhou a aula de uma turma da EJA 1, em Santo André. A modalidade tem como foco exatamente a alfabetização.

Natural da cidade de Munhoz de Mello, no Paraná, a costureira Glória de Santana Souza, 49 anos, é um dos exemplos de que nunca é tarde para retornar aos estudos. “Parei de frequentar a escola muito cedo, mas nos últimos anos senti a necessidade de melhorar minha vida. Hoje acordo 5h para trabalhar e venho direto do serviço para a escola. Faço isso porque tenho certeza que a Educação é tudo que temos. Hoje vejo o mundo de uma maneira diferente sabendo ler e escrever.”

Para Glória, o Ensino Básico é só o começo. “Minha filha de 14 anos está se empenhando mais na escola ao ver meu exemplo. Agora quero fazer curso profissionalizante.”

De acordo com Garcia, apesar dos dados serem positivos, os gestores municipais não podem deixar de investir no setor. “Ainda temos que ver esses números pensando em cada aluno. A taxa é boa, mas temos 3% para incluir nos programas.”

O PNE (Programa Nacional de Educação) da região prevê erradicar o analfabetismo absoluto até 2020.

Por Daniel Macário - Diário do Grande ABC
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