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DATA DA PUBLICAÇÃO 09/01/2013 | Cidade
Ampliação de aterro sanitário em Mauá depende da Eletropaulo
Ampliação de aterro sanitário em Mauá depende da Eletropaulo Aterro Lara em Mauá: empresa busca ampliação . Foto: Antonio Ledes
Aterro Lara em Mauá: empresa busca ampliação . Foto: Antonio Ledes
Empresa Lara terá de diminuir vida útil do único aterro que atende ao ABCD

O futuro da destinação final do lixo no ABCD é incerto. O tempo de vida útil do aterro sanitário que a empresa Lara tem em Mauá, o único a receber todo o lixo domiciliar da Região e de dois municípios da Baixada Santista, está se esgotando. Não é para menos que a empresa busque, há oito anos, a ampliação do espaço. A princípio, a proposta era conseguir prorrogação por mais de 30 anos para o local. No entanto, parte do terreno previsto para o projeto é de propriedade da AES Eletropaulo. Sem a área da concessionária de energia, a Lara tem 280 mil m² de terreno livre que garante uma sobrevida de mais 15 anos para o aterro.

O terreno a ser negociado entre Lara e AES Eletropaulo fica entre a divisa do Parque Pedroso, em Santo André, e o trecho Sul do Rodoanel, em Mauá. No total a área tem 880 mil m², dos quais 180 mil m² não podem ser ocupados por se tratar de APM (Área de Proteção de Mananciais) e estar protegido por leis ambientais. Os 700 mil m² restantes estão divididos entre a propriedade da Lara (280 mil m²) e da AES Eletropaulo (420 mil m²). Apesar de o projeto existir há uma década, a concessionária garante que até o momento não recebeu nenhuma proposta oficial da Lara para compra do terreno. Procurada, a Lara não se pronunciou sobre o assunto, até o fechamento desta edição.

A proposta de ampliação segue em análise na Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo) desde 2005 e já passou por várias mudanças e reformulações do projeto original para a solução de problemas. A última alteração do projeto foi protocolada em novembro de 2012. O projeto foi dividido em três fases e prevê novas instalações de apoio, como guaritas, acessos e balanças. Até o momento, a empresa possui apenas a licença ambiental prévia. Ainda são necessárias as licenças de instalação e de operação.

Mais lixo - Apesar de não se saber ao certo qual é a sobrevida do aterro sanitário, sem o projeto de ampliação, a Lara busca soluções de ampliações rápidas para acomodar a crescente montanha de resíduos que atualmente soma 3.000 toneladas diárias. Em agosto de 2011, a Cetesb liberou a ampliação do aterro em 10,7 mil m². Desde então a empresa usa o espaço remanescente entre o aterro sanitário Lara e o aterro industrial Boa Hora. Na mesma época, o órgão ambiental também aprovou o alteamento do maciço de resíduos existente até a cota final prevista de 850 metros, o que ampliou a vida útil do local em um ano e meio.

O consultor do Ministério do Meio Ambiente e professor de Gestão Ambiental da Universidade Metodista, Carlos Henrique Oliveira, lembrou que a partir da implantação das medidas priorizadas na Política Nacional de Resíduos Sólidos pelos municípios e empresas, os aterros sanitários receberão apenas os rejeitos, o que significa 10% dos resíduos gerados pela população. “O aterro sempre será necessário, mas sua vida útil será alta e o volume de rejeitos será reduzido ao mínimo possível. Deste modo, não necessitarão de grandes áreas”, explicou.

Prefeituras precisam de alternativas

A vida útil do aterro sanitário Lara, em Mauá está com os anos contatos e as prefeituras do ABCD precisam correr contra o tempo para criar alternativas que possam substituir o local de depósito de lixo. De acordo com dados da Cetesb, a Lara é, atualmente, o destino final de 94% dos resíduos gerados na Região.

Em 2011, o ABCD gerou 828 mil toneladas de resíduos e deste total, menos de 2% foi reciclado. “Se forem implantados coletas racionais, integrados ao sistema de logística reversa (reciclagem), em duas gestões administrativas (8 anos) é possível reverter o atual quadro”, estimou o consultor do Ministério e professor da Metodista, Carlos Henrique Oliveira.

Política nacional - De olho na PNRS (Política Nacional de Resíduos Sólidos), as prefeituras apostam em projetos audaciosos para reduzir a quantidade de lixo por meio da reciclagem. Construção de ecopontos, Pontos de Entrega Voluntária, centrais de triagem de resíduos sólidos, ampliação de programas de coleta seletiva e criação ou fortalecimento de cooperativas de reciclagens são alguns dos projetos. Em São Bernardo ainda há o Sistema Integrado de Manejo e Gestão de Resíduos, que a instalação de usina para a queima dos resíduos orgânicos para geração de energia elétrica.

Por Claudia Mayara - ABCD Maior
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