NOTÍCIA ANTERIOR
FDA descarta relação entre corantes e hiperatividade em crianças
PRÓXIMA NOTÍCIA
Balanço destaca crescimento e ampliação do Hospital Mário Covas em 2010
DATA DA PUBLICAÇÃO 06/04/2011 | Saúde e Ciência
Ambulatório de Infecções de Repetição pretende dobrar atendimentos em 2011
O Ambulatório de Infecções de Repetição da Faculdade de Medicina do ABC pretende dobrar em 2011 a quantidade de atendimentos. Estrutura física e equipe médica já estão compatíveis para absorver o aumento da demanda. Trata-se do único serviço público do Grande ABC destinado à investigação imunológica. Hoje são cerca de 25 pacientes recepcionados mensalmente em consultas especializadas com duração aproximada de 1 hora cada, seguidas de discussão de casos com equipe multidisciplinar composta por médicos da Pediatria e Imunologia, residentes e alunos de especialização.

O ambulatório funciona às quintas-feiras pela manhã no Anexo 3 da FMABC (Av. Príncipe de Gales, 821 - Santo André). Além de encaminhamentos, interessados podem procurar o setor pessoalmente ou obter mais informações com as doutoras Anete Sevciovic Grumach (asgrumach@gmail.com) e Neusa Falbo Wandalsen (nfwandalsen@uol.com.br).

Infecções de repetição: As infecções em geral correspondem a até 87% das doenças em adultos, 73% em crianças e 28% das consultas de emergência. Quando aparecem de maneira recorrente, caracterizam-se as infecções de repetição. A grande preocupação é porque aproximadamente 10% das crianças com infecção de repetição desenvolvem o problema em consequência de quadro de imunodeficiência primária. Contando também o público adulto, estima-se que 1 em cada 3 mil indivíduos são imunodeficientes.

As imunodeficiências primárias são deficiências do sistema imunológico. A grande maioria é congênita – quando o indivíduo nasce com esse defeito – e por isso são chamadas de primárias. A literatura médica já descreveu mais de 200 tipos de imunodeficiências primárias. Hoje, os estudos buscam descobrir quais as falhas genéticas e oferecer alternativas para que os pacientes tenham boa qualidade de vida e fiquem mais protegidos das infecções.

As infecções de repetição decorrentes de defeitos genéticos têm evolução incomum e ocorrem com frequência maior que a usual. “O pediatra ou o clínico têm condições de desconfiar que as infecções que o indivíduo apresenta não são comuns. Precisam saber a diferença entre um evento comum e quando não é somente um resfriado de repetição. É normal que crianças até dois anos tenham algumas infecções de repetição. Isso é devido à imaturidade imunológica e não pode ser caracterizado como imunodeficiência primária”, explica a médica pediatra e imunologista do Ambulatório de Infecções de Repetição da FMABC, Dra. Anete Sevciovic Grumach.

Segundo a médica, a maior dificuldade para detecção é o médico estar alerta à importância desse diagnóstico. “Alguns pacientes têm infecções durante muitos anos sem diagnóstico correto da causa. Frequentemente encontramos casos de pessoas com 3 a 4 quadros de pneumonia por ano e que não fazem nenhum tipo de tratamento preventivo por desconhecer a deficiência imunológica”, exemplifica.

Algumas imunodeficiências surgem na vida adulta e podem trazer suscetibilidade a tumores e infecções mais graves. Mas, em geral, quanto mais precoce aparecem, mais grave é o defeito. “Por isso o pediatra tem papel fundamental no grupo de triagem. Quanto mais cedo o diagnóstico, menor a repercussão clínica e melhor o prognóstico”, afirma Dra. Anete Grumach. Para reforçar a divulgação do Ambulatório de Infecções de Repetição da FMABC, teve início em março a divulgação do local pelo campus universitário e em unidades básicas de saúde da região a fim de aumentar o volume de encaminhamentos.

Existem imunodeficiências mais leves e outras com repercussões graves. As manifestações podem ser simples ou até mesmo assintomáticas, consideradas somente achados de exames laboratoriais. Por outro lado, podem desencadear alergias graves, quadros severos de asma ou infecções extensas com risco de óbito. Os tratamentos variam de acordo com a imunodeficiência apresentada e podem ser feitos com adequada imunização por vacinas específicas, administração de medicamentos, entre outros.

Sinais de alerta: A fim de conscientizar a população para a prevenção, a fundação norte-americana Jeffrey Modell & Cruz Vermelha definiu 10 itens considerados “Sinais de Alarme” para suspeita de deficiência imunológica. São eles: 8 ou mais infecções de ouvido por ano; 2 ou mais sinusites por ano; uso frequente de antibióticos sem melhora; 2 ou mais pneumonias por ano; déficit no ganho de peso e no crescimento; abscessos de repetição; candidíase persistente na boca e na pele (em maiores de um ano de idade); necessidade de antibiótico endovenoso para infecções; 2 ou mais infecções graves como meningite, celulite, osteomielite ou septicemia; história familiar de infecções de repetição ou que lembre imunodeficiência primária.

Por Informações à Imprensa com Eduardo Nascimento - Comunicação Fundação do ABC
Assine nosso Feed RSS
Últimas Notícias Gerais - Clique Aqui
As últimas | Saúde e Ciência
20/09/2018 | Campanha contra sarampo e poliomielite segue na região
19/09/2018 | É melhor dormir com ou sem meias?
19/09/2018 | Forma de andar mostra os vícios de postura
As mais lidas de Saúde e Ciência
Relação não gerada ainda
As mais lidas no Geral
Relação não gerada ainda
Mauá Virtual
O Guia Virtual da Cidade

Todos os direitos reservados - 2024 - Desde 2003 à 7718 dias no ar.