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DATA DA PUBLICAÇÃO 17/02/2016 | Educação
Alunos da rede pública recebem leite e biscoito no lugar de merenda escolar
Pais e jovens de Mogi Mirim estão insatisfeitos com a mudança no cardápio.

Para não comprar refeição, estudantes estão levando marmita de casa.


Pais e estudantes de Mogi Mirim (SP) estão insatisfeitos com a mudança na merenda escolar. Antes, a Prefeitura enviava comida para as escolas da rede estadual, mas o convênio não foi renovado e o governo do estado assumiu o fornecimento. Com a alteração, no lugar de refeição os alunos estão recebendo lanches.

A partir da mudança, o cardápio da merenda nas unidades de Mogi Mirim mudou radicalmente. No lugar de arroz, feijão, macarrão, saladas e carnes, agora os estudantes recebem biscoitos, sucos e água.
Ontem deram leite com bolacha, aquilo não sustenta. Aí eu trouxe de casa mesmo. Eu trouxe torta da minha mãe hoje"
Brenda Antônio, aluna

Marmita
Sem opção, alunos como Brenda Antônio, que ficam o dia todo na escola, trazem marmita de casa.

"Ontem, deram leite com bolacha, aquilo não sustenta. Aí eu trouxe de casa mesmo. Eu trouxe torta da minha mãe hoje", explica.

Como alguns alunos ficam das 7h às 14h50 na escola, o jeito é se virar. Quem não leva marmita como a Brenda, tem que comprar a comida. "Eu trago R$ 2 ou R$ 3 que a mãe dá para comprar, né", afirma a estudante Vitória de Souza.

Os pais reclamam e afirmam que não tem como pagar ou mandar o lanche todo dia para os filhos. É o caso da dona de casa Francieli de Souza. "Outro dia meu filho chegou branco, morrendo de fome, passando mal e ele disse que não tinha comido porque não tinha comida na escola", conta.

Responsabilidade
A merenda nas escolas estaduais é responsabilidade do governo, inclusive, na página oficial da instituição uma propaganda diz que há duas formas de abastecer as unidades. Uma quando o próprio estado fornece ou por meio de parcerias com as prefeituras.Tudo para garantir qualidade, inclusive, com legumes, verduras e frutas frescas.

Mas a secretária de Educação de Mogi Mirim, Márcia Masotti, explica que a verba repassada pelo estado é insuficiente e que a Prefeitura bancou boa parte da alimentação até o fim do ano passado e agora, o dinheiro acabou.

"Ele paga R$ 0,50 por cada refeição e nós pagamos R$ 2,97, ou seja, o município tem que arcar com R$ 2,47 por aluno. Eles ficaram de mandar insumos como arroz e feijão em fevereiro de 2015. Até hoje, nós estamos em 2016, não veio nenhum insumo do estado", conta.

Novo fornecedor
Procurada pela EPTV, afiliada TV Globo, a Diretoria Regional de Ensino disse que o processo para contratar uma nova empresa fornecedora de merenda está em andamento e que até lá os alunos vão continuar recebendo esse tipo de alimentação, que eles classificaram como "de alto valor nutricional". No entanto, não há prazo para que a contratação aconteça.

Por G1 - Campinas e Região
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