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DATA DA PUBLICAÇÃO 20/04/2016 | Educação
Aluna da UFABC é vítima de violência se xual em Santo André
Aluna da UFABC é vítima de violência se xual em Santo André Vítima correu para a portaria da universidade, onde disse ter sido impedida de entrar por estar sem a carteirinha. Foto: Andris Bovo
Vítima correu para a portaria da universidade, onde disse ter sido impedida de entrar por estar sem a carteirinha. Foto: Andris Bovo
Jovem foi violentada na última sexta-feira; suspeito foi preso após ser reconhecido por outra vítima

Não bastasse a preocupação com casos recorrentes de roubos e furtos nas imediações dos campi da UFABC (Universidade Federal do ABC), os estudantes agora estão assustados com a violência sexual que vitimou uma aluna na semana passada. A jovem foi abordada e abusada sexualmente dentro do próprio carro na madrugada da última sexta-feira (15/04) em rua próxima à unidade de Santo André.

Durante 40 minutos de terror, a universitária foi ameaçada por uma faca apontada contra o pescoço. Quando conseguiu se desvencilhar, correu para a portaria da universidade, onde disse ter sido impedida de entrar por estar sem a carteirinha de identificação. Ao perceber que o homem a seguia, a jovem invadiu o prédio em busca de abrigo. Na portaria, o criminoso alegava inocência, garantindo ser namorado da vítima.

O caso ganhou repercussão dentro da universidade e alunas organizaram uma série de encontros nesta semana para discutir o tema e cobrar ações da UFABC, como a investigação de omissão de socorro à jovem, que teve sua versão desacreditada por seguranças e policiais no dia da ocorrido. O homem foi preso no sábado (16/04), após ser reconhecido por outra vítima, uma moradora do bairro também violentada na semana passada.

FURTOS E ROUBOS

Os problemas com a segurança nas imediações da universidade não são novidade. Nas redes sociais, os estudantes relatam constantes episódios de furtos e roubos em horários diversos. Não há contagem oficial dos casos de estupro, mas uma integrante do coletivo feminista Cláudia Maria e da comissão de Mobilização Contra a Violência Sexual na UFABC, afirma que há conhecimento de ao menos cinco casos em São Bernardo e dois em Santo André.

“Já tem alguns meses que esses relatos têm aumentado. Criamos grupos de caronas só para mulheres ou para andar juntas mesmo que a pé. Uma das nossas reivindicações é a criação de novos pontos de parada para o ônibus fretado e mais pontos de iluminação. Em ambos os campi falta segurança, especialmente para as mulheres”, declarou a jovem, que pediu para manter o anonimato. Uma audiência pública para discutir o problema foi agendada para 2 de maio na unidade de São Bernardo.

TRAJETO AMPLIADO

A sensação de insegurança faz com que muitos adotem medidas individuais como forma de minimizar os problemas com o policiamento na região. Uma aluna de 20 anos, que também preferiu não se identificar, explica que gastaria 50 minutos no trajeto de casa para a universidade, mas optou por um caminho que leva quase o dobro de tempo.

“É complicado, mas prefiro demorar mais e chegar inteira”. A jovem conta que muitas amigas estão assustadas com o ocorrido e que a preocupação atinge até mesmo a forma de se vestir. “Mesmo nesse calor a gente evita colocar um short ou uma regata por medo de assédio, ainda mais quem precisa ir embora a pé.”
Universidade vai abrir investigação interna

Em nota, a UFABC disse ter colocado à disposição da vítima o Serviço de Apoio Psicossocial da ProAP (Pró-reitoria de Assuntos Comunitários e Políticas Afirmativas ) e que irá abrir investigação interna para apurar a denúncia de omissão de socorro pelos seguranças do campi, além de solicitar, mais uma vez, reforço policial nas ruas no entorno. A instituição orienta que todos os casos devem ser encaminhados ao e-mail ocorrencias@ufabc.edu.br.

Ao longo de 2015, foram registradas 384 ocorrências de estupro em todo o ABCD. Somente nos dois primeiros meses deste ano, já são mais 56 ocorrências de violência sexual. O número pode ser ainda maior, já que muitas vítimas se sentem acuadas e não procuram a polícia para relatar o crime.

“Temos muitos casos de denúncia que não chegam à área de segurança porque elas sabem que serão rotuladas. As mulheres não podem continuar sendo culpadas por esse atos”, criticou a a secretária de Políticas para Mulheres de Santo André, Silmara Conchão, que se reuniu com alunas da UFABC e poderá levar o assunto ao Consórcio Intermunicipal. A Policia Militar foi procurada, mas não retornou até a postagem desta matéria.

Por Rosângela Dias - ABCD Maior
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