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DATA DA PUBLICAÇÃO 05/01/2014 | Turismo
Aluguel de temporada pode ser mais barato do que estadia em hotel
Economia pode passar de 50%, segundo o site de viagens Trip Advisor.

No Rio de Janeiro pode ser de 46%; maiores diferenças estão nos EUA.


Em pelo menos 16 destinos bastante procurados por brasileiros, a opção de aluguel de apartamento por temporada é mais econômica do que a estadia em hotéis de pelo menos três estrelas. Segundo levantamento feito pelo site de viagens TripAdvisor, com base na média de preços entre novembro de 2013 e fevereiro de 2014, a diferença de preço pode chegar a 56%, para o mesmo período de tempo e o mesmo número de quartos.

Os destinos que mais apresentam diferença de preço estão nos Estados Unidos. Em Orlando, a pesquisa mostra que a estadia em dois quartos de hotel três estrelas por 7 dias pode custar R$ 4.948, enquanto o aluguel de um apartamento de dois quartos pelo mesmo período pode ser de R$ 2.181. Nesse caso, ficar em hotel é 56% mais caro. Já em San Francisco, a economia seria de R$ 48%, já que a estadia em hotel chegaria a R$ 7.329, enquanto em apartamento seria de R$ 3.840, para o mesmo período de tempo.

A diferença nos preços também vale para destinos europeus muito procurados por brasileiros. Em Barcelona, por exemplo, a economia pode ser de 40%. Na cidade espanhola, a diária média de dois quartos em hotel três estrelas é de R$ 4.708, enquanto em apartamento o gasto seria de R$ 2.836. Nas cidades italianas Veneza, Florença e Roma, a economia pode ser de 35%, 24% e 20%, respectivamente.

No Brasil, um dos destinos mais procurados para férias, o Rio de Janeiro, também está entre as cidades em que o aluguel de temporada pode ser mais barato do que a estadia em hotel de três estrelas. Segundo a pesquisa, a média de preço em dois quartos de hotel, por sete dias, é de R$ 6.323, 46% mais caro do que os R$ 3.438 que seriam gastos em um apartamento de dois quartos pelo mesmo número de dias. O levantamento considera apenas esta cidade brasileira, por insuficiência de propriedades cadastradas em outros destinos para um bom comparativo.

O que pode influenciar o preço
“A diferença de preço pode vir de muitas coisas. Mas em geral o proprietário que tem o imóvel não presta serviço uma vez que a pessoa está lá dentro. A estrutura é simplesmente ter a casa. Já o hotel é parte de uma corporação que emprega mais pessoas. A estrutura de custo é diferente”, explica ao G1 Nicholas Spitzman, presidente do site de aluguéis Aluguetemporada, do grupo HomeAway.

Segundo ele, o aluguel de temporada tem mais variáveis que determinam seu preço. Algumas delas: tamanho do imóvel, sazonalidade da temporada e o fato de ser um mercado com mais “jogadores”. “Tem mais indivíduos alugando imóveis do que hotéis tomando decisão sobre o preço”, afirma. Além disso, o proprietário tem motivações diferentes de um hotel na hora de determinar seu preço, aponta Spitzman. “Ele pode querer ficar até um dia antes do carnaval (na casa dele), então aluga por um preço mais barato para conseguir alugar nas datas especificas”.

Já na conta do preço das diárias em hotéis entram fatores como os serviços oferecidos, luxo, qualidade do restaurante. “Os preços aumentam e diminuem em função do mercado local”, afirma Myrian Lund, planejadora financeira e professora de MBA da Fundação Getúlio Vargas.

Na hora de escolher entre as duas opções de estadia, o consumidor deve considerar alguns fatores para não correr o risco de gastar mais do que o que tem planejado. Myrian recomenda que o viajante considere todos os gastos que terá na viagem. “Ele precisa verificar o que o apartamento possui de bens que facilitem sua vida. Por exemplo, se tem ar refrigerado, internet, TV, aparelhos de cozinha. Coisas que você chega no hotel e tem. Os apartamentos lá fora já tendem a ter todo esse suporte. No apartamento também não vai ter o café da manhã, mas nem sempre os hotéis oferecem. Também precisa ver se o apartamento vai ter arrumadeira ou não e em que prazo, o que pode ser negociável”, diz Myrian.

Garantias
Proprietários que colocam seus imóveis para alugar em temporadas também costumam cobrar parte do pagamento antecipado, como uma garantia de que o turista irá comparecer. "O resto vai ser pago quando a pessoa chega ou no check-out”, explica Spitzman.

Em alguns casos também é exigido um cheque-caução, além do preço combinado, para que o proprietário do imóvel tenha uma segurança de reembolso caso algum objeto seja danificado. “Mas não é uma coisa para se preocupar, porque é só uma garantia”, diz Myrian. O preço do aluguel costuma incluir os gastos como IPTU, condomínio, eletricidade e gás.

A pessoa que aluga um apartamento também deve prestar atenção se o imóvel oferece tudo o que havia sido prometido. “É muito importante ver o que está escrito no contrato. Além disso, assim que entrar no apartamento, ver se tem alguma coisa estragada e comunicar imediatamente a corretora ou proprietário. Se tiver algum defeito, tem que fazer constar por escrito”, aconselha Myrian.

Existe ainda uma questão de confiança do que é publicado em sites de aluguel por temporada. “Não existe 100% de confiança de que aquilo que está no site é o que vai ter. Ninguém pergunta realmente se você tem o apartamento e se as fotos que estão online são verdadeiras ou não”, diz Marco Ferraz, presidente da Associação Brasileira das Operadoras de Turismo (Braztoa).

A diferença de um contrato de aluguel feito com intermediação de uma agência de turismo é que as garantias de entrega são maiores, explica Ferraz. “Pela lei do consumidor no Brasil, o operador e o agente de viagem são responsáveis pela entrega de serviço. Se chegar lá (no apartamento) e não for exatamente como a gente vendeu, o passageiro pode pedir reembolso. Agora quando você compra lá fora diretamente de alguém que não responde pela lei brasileira, você não pode fazer nada”, afirma.

Além do preço
Hospedar-se em um apartamento tem outros prós e contras além da questão financeira. Maior intimidade e vivência local são as principais vantagens oferecidas pelo aluguel. “Existe uma questão emocional por trás do aluguel por temporada. Imagina como são suas férias com toda a família em casa. Se tem um dia em que você quer descansar, no hotel seria cada um no seu quarto. Num apartamento podem ficar juntos na sala, no quintal ou na piscina. Você automaticamente aumenta o tempo que passa com a sua família e tem mais memória juntos”, diz Spitzman.

“Alugar uma casa ou apartamento é fantástico porque você tem muitas opções de bairros para escolher. Você tem uma liberdade como se estivesse em casa e também se sente uma nativa, morando e vivendo a vida local”, afirma Myrian. “O que acontece é que você não tem a arrumação do quarto e a troca de toalha todos os dias. Você abre mão desse conforto que o hotel te dá, mas acho que o preço (do hotel) não compensa”, pondera.

Serviço diário de quarto, de lavanderia, de recepção 24 horas, bar e restaurante são os benefícios dos hotéis, apontam eles. Os apartamentos também nem sempre têm elevadores e o viajante pode ter que subir três andares de escada carregando as malas, lembra Ferraz.

Dicas ao alugar
Confira outras dicas do G1 ao alugar um imóvel para temporada:


- Procure saber como é o entorno do imóvel, se há supermercado, farmácia e outros comércios, se a rua é calma ou cheia de bares e qual a distância da praia ou centro da cidade. Defina o que é importante para você e pergunte.

- Se o imóvel ficar em um prédio com piscina, sauna e outras opções de lazer, verifique se você poderá usá-las. Alguns condomínios só permitem a utilização pelo dono do apartamento e seus familiares, e há proprietários que omitem essa informação na hora do aluguel de temporada.

- Se quiser levar algum bicho de estimação, pergunte se o dono do imóvel e o condomínio onde ele fica localizado permitem a presença de animais.

- Se a transação for mediada por uma imobiliária ou por um corretor de imóveis, verifique se a empresa ou o profissional são idôneos com o Creci (Conselho Regional de Corretores de Imóveis) da região. A filiação a esse conselho é obrigatória.

- Se o preço estiver muito abaixo do mercado, desconfie da oferta.

- Respeite o número máximo de pessoas que o dono do imóvel permite. Inquilinos extras podem ser barrados pelo dono, pelo síndico ou pelo zelador.

Por Marina Franco - G1, em São Paulo
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