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DATA DA PUBLICAÇÃO 24/07/2013 | Informática
Alternativas a serviços on-line monitorados pelos EUA crescem
Depois da revelação da existência do Prism, programa que permite à NSA (Agência Nacional de Segurança dos EUA) acessar os dados dos usuários de empresas como Apple, Google e Facebook, o buscador DuckDuckGo, que foca a privacidade, viu sua média de pesquisas diárias quase dobrar, de 1,7 milhão para 3 milhões.

O temor de alguns usuários de que suas atividades on-line sejam monitoradas fez crescer também o interesse pelo Tor Browser Bundle, que permite navegar na web de forma anônima. O software é usado pelo próprio Edward Snowden, o ex-analista de inteligência que tornou público o programa de vigilância dos EUA.

Surgiram ainda sites que apontam alternativas de buscador, navegador, e-mail, mensageiro instantâneo e outros serviços que prometem não monitorar seus usuários.

O mais notável deles é o prism-break.org (referência à série americana "Prison Break"; fuga da prisão, em tradução livre), que teve 640 mil visitas desde a sua criação, há cerca de um mês.

Para o criador do site, o designer Peng Zhong, a maioria das pessoas é dependente do Google e do Facebook a ponto de pensar ser impossível substituir seus serviços.

De fato, não é confortável trocar produtos estabelecidos há anos, mantidos por equipes gigantes de empresas ricas, por alternativas mais modestas, não raro mais lentas e menos completas.

"No entanto, espero que as pessoas percebam que o Prism não é uma brecha ordinária de privacidade. Aqueles que entendem que todas as palavras que digitam no Facebook ou dizem no Skype podem ser gravadas permanentemente pela NSA certamente buscarão criptografar sua comunicação", diz Zhong.

Na semana passada, empresas de tecnologia pediram mais transparência sobre a coleta de dados em uma carta aberta a Barack Obama.

DISPOSIÇÃO

Há um preço a pagar pela privacidade: o Tor Browser Bundle, que permite navegar na web de forma anônima, é mais lento e pode ser incompatível com alguns sites, e o buscador DuckDuckGo, que promete não monitorar seus usuários, não é otimizado para a língua portuguesa e nem busca de imagens tem.

Para quem não costuma lidar com informações tão bombásticas quanto Edward Snowden, que revelou o Prism, ou Bradley Manning, que vazou documentos confidenciais do Exército dos EUA pelo WikiLeaks, a mudança de hábitos pode parecer um esforço grande demais.

Mas Zhong diz que não teve problemas com os substitutos que adotou.

Além de abandonar o sistema operacional OS X, da Apple, em prol do Linux, trocou a busca do Google pelo Startpage, o Chrome pelo Firefox, o Dropbox pelo Git Annex Assistant, o Hangouts (antigo Gtalk) pelo Adium com OTR (Off-the-Record Messaging) e o Skype pelo Jitsi.

"Para a maioria das pessoas, o Facebook vai ser o app mais difícil de remover. Como você vai pedir ao seu eventual empregador que o adicione na rede social que você mesmo hospeda? E um novo amigo? Não há uma resposta fácil", diz Zhong.

A empresária Luiza Voll, 30, desativou sua conta no Facebook em janeiro, antes da revelação do Prism.

"As questões de privacidade não colaboraram com a minha saída", diz. "Sempre tive consciência de que o que compartilhava ali podia ser compartilhado com o mundo todo, inclusive com o Obama."

Ela diz que o que mais a incomodou sobre o Prism foi o envolvimento do Gmail e do Skype. Apesar disso, não procurou substitutos, "simplesmente por não saber da existência de alternativas boas o suficiente."

Por Rafael Capanema, de São Paulo - Folha Online
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