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DATA DA PUBLICAÇÃO 12/08/2010 | Economia
Alta do trigo vai deixar macarrão do brasileiro mais caro
O aumento no preço do trigo no mercado internacional vai fazer o macarrão do brasileiro ficar mais caro a partir da próxima semana. A previsão é que o preço do produto suba em torno de 5% nas prateleiras dos supermercados do país, segundo especialistas de mercado ouvidos pelo R7.

O motivo é a seca que atingiu as regiões produtoras de trigo na Europa nas últimas semanas e que impulsionou a demanda mundial pelo produto. Com menos trigo no mercado, o preço dispara e o Brasil, que é um dos países que mais compra trigo estrangeiro no mundo, paga a conta.

Segundo o sindicato da indústria do trigo no Rio de Janeiro e Espírito Santo, a tonelada do trigo argentino, principal parceiro comercial do Brasil, passou de R$ 414 (US$ 230) para R$ 594 (US$ 330) de 15 de julho para cá.

Com isso, os moinhos brasileiros, que produzem a farinha de trigo – que é a matéria-prima do macarrão – precisam repassar o preço, segundo Antenor Barros Leal, presidente do sindicato.

- Os moinhos são obrigados a aumentar os preços. O estoque [de trigo] que tem é para viabilizar as vendas mais para frente [...] Depende da estrutura do moinho, mas o aumento, em média, é em torno de 20% a 30% em cima da farinha de trigo.

Com a farinha de trigo mais cara, o custo para quem produz o macarrão também aumenta – já que 70% da massa é produzida pela matéria-prima. O aumento, no entanto, será sentido de forma gradual, em algumas marcas nacionais, em especial o espaguete e o “macarrão parafuso”, segundo Cláudio Zanão, presidente da Anbima (Associação Brasileira das Indústrias de Massas Alimentícias).

- Não tem como não repassar isso ao consumidor. O que ocorre é que se os produtores comprarem o estoque dos moinhos, ou seja, o trigo que ainda está com o preço antigo, o valor ainda é o mesmo. Porém, a tendência é que na segunda quinzena de agosto algumas marcas já comecem a repassar o preço novo.

De acordo com a associação, o valor do quilo do macarrão no Brasil varia de R$ 3 a R$ 9, dependendo da marca e da qualidade do produto.

Como 98% do consumo no país é por um macarrão mais mole, o aumento nos preços será sentido mais nas massas secas e no instantâneo.

Pãozinho

Apesar do aumento já confirmado do macarrão, o do pãozinho ainda é um mistério, já que o trigo responde por 25% do produto. No entanto, com o aumento de outros itens importantes na conta do padeiro, como o aluguel do imóvel e os salários dos funcionários, a previsão é que a alta chegue a algumas regiões, segundo José Batista de Oliveira, presidente da Abip (Associação Brasileira da Indústria de Panificação e Confeitaria).

- Temos confirmado somente o aumento no preço da farinha de trigo em 30% em Pernambuco e de 20% em Minas Gerais. Há uma variação forte nos valores do pãozinho, já que o preço não é tabelado. O que pode ocorrer é que aqueles [donos de padaria] que estiverem com os preços defasados repassem o aumento, mas não há como estipular uma porcentagem de quanto será.

Em São Paulo, não há aumento no preço há dois anos. No entanto, o Estado segue a mesma lógica de outras regiões do país – onde o valor do quilo varia de R$ 5,80 a R$ 8,90 – dependendo do porte da padaria, da quantidade de funcionários e da localização do negócio.

A boa notícia, no entanto, é o início da colheita brasileira, que irá começar na semana que vem. Apesar de responder somente por metade do que é consumido no país, o trigo brasileiro poderá ajudar a “equilibrar as contas", já que aqui no Brasil não houve influência climática, segundo o Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/Usp.

Por Giselli Souza - R7
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