DATA DA PUBLICAÇÃO 30/07/2008 | Cidade
Aliado de Mateus Prado prega voto nulo
O prefeiturável de Mauá Mateus Prado (Psol) enfrentou terça-feira uma situação inusitada em sua campanha: presenciou um candidato a vereador de seu partido falar mal dele em um carro de som, no bairro Feital.
Enquanto conversava com moradores em uma padaria, na Avenida Benedita Franco da Veiga, Mateus foi indagado pelo professor de História André Sapanos, que disputa uma cadeira no Legislativo de Mauá. O candidato cobrou do prefeiturável apoio financeiro para a confecção de material de campanha. Com a negativa de Mateus, André saiu do estabelecimento e começou a criticar o político do mesmo partido em um carro de som.
"Não acreditem no Mateus Prado. Hoje ele veio aqui vender ilusão. Não existe hoje um candidato competente a prefeito de Mauá. O futuro comandante da Prefeitura irá ganhar R$ 18 mil para não fazer nada. Recomendo à população que vote nulo", gritou o professor. O discurso do candidato a vereador chamou mais a atenção do que a presença do prefeiturável no local.
Apesar de reconhecer que também pediu recursos para sua campanha, o candidato a vereador disse que o principal motivo da mudança de lado foi a desigualdade de apoio do partido aos candidatos a vereador.
Ele acredita que, com a postura adotada, certamente será expulso da legenda. "Podem me expulsar, mas não vão me calar. Também não posso continuar em um partido onde não existe liberdade de expressão", falou ao microfone. "A partir de agora, todo dinheiro que iria usar na campanha, vou destinar para andar na cidade para falar mal do Mateus."
Incomodado, o prefeiturável deixou o local em seguida, sem concluir a agenda no bairro. Já em outra localidade, Mateus afirmou que André queria apenas dinheiro. "Não vou cair em chantagem de candidato. Ele está no partido errado. Deveria procurar o PT, o PSDB ou o PSB", disse. "O curioso é que até terça-feira ele pedia voto para mim. E agora decidiu que eu sou mau candidato. É muito estranho", completou Mateus.
O presidente municipal da legenda, Valdir Brandão, disse, primeiramente, que encaminharia o caso ao Conselho de Ética. Indagado se, enquanto isso, André poderia continuar fazendo campanha, ele mudou o posicionamento. "Se houver reincidência, irei expulsá-lo sumariamente."
Prefeiturável quer ‘importar' médicos de Cuba
Durante caminhada no Parque São Vicente - roteiro decidido de última hora, após o episódio com o candidato a vereador - Mateus Prado apresentou aos moradores do bairro propostas para a área da Saúde. Uma das saídas apontadas pelo candidato a prefeito é a ‘importação' de médicos de Cuba para o município.
"Nos lugares mais probres de Mauá, essa é a melhor solução. Não teremos recursos para aumentar os salários dos médicos que hoje atuam na rede municipal, mas os profissionais cubanos aceitariam vir para a cidade", argumenta, sem explicar qual seria o número de médicos trazidos da ilha do Caribe.
"Muita gente não sobe o morro nem vai para o fundão do Zaíra. Mas para o cubano, a realidade não é tão diferente. Em Caracas (Venezuela), essa medida deu certo." Segundo o prefeiturável, os profissionais estrangeiros seriam aproveitados no Programa Saúde da Família.
O candidato entrou em um comércio e começou a falar sobre a proposta cubana. Também falou sobre o sistema sueco de Saúde, de responsabilizar os gestores pelo não-cumprimento de metas no setor. "Vamos mandar um projeto para a Câmara, que aprovará a medida." Sem entender muito, o funcionário da loja disse que duvidava da parceria do político com a Câmara.
Mateus demorou quase dez minutos para defender sua idéia. Sem paciência, a dona saiu da loja e só voltou após o candidato deixar o estabelecimento.
Enquanto conversava com moradores em uma padaria, na Avenida Benedita Franco da Veiga, Mateus foi indagado pelo professor de História André Sapanos, que disputa uma cadeira no Legislativo de Mauá. O candidato cobrou do prefeiturável apoio financeiro para a confecção de material de campanha. Com a negativa de Mateus, André saiu do estabelecimento e começou a criticar o político do mesmo partido em um carro de som.
"Não acreditem no Mateus Prado. Hoje ele veio aqui vender ilusão. Não existe hoje um candidato competente a prefeito de Mauá. O futuro comandante da Prefeitura irá ganhar R$ 18 mil para não fazer nada. Recomendo à população que vote nulo", gritou o professor. O discurso do candidato a vereador chamou mais a atenção do que a presença do prefeiturável no local.
Apesar de reconhecer que também pediu recursos para sua campanha, o candidato a vereador disse que o principal motivo da mudança de lado foi a desigualdade de apoio do partido aos candidatos a vereador.
Ele acredita que, com a postura adotada, certamente será expulso da legenda. "Podem me expulsar, mas não vão me calar. Também não posso continuar em um partido onde não existe liberdade de expressão", falou ao microfone. "A partir de agora, todo dinheiro que iria usar na campanha, vou destinar para andar na cidade para falar mal do Mateus."
Incomodado, o prefeiturável deixou o local em seguida, sem concluir a agenda no bairro. Já em outra localidade, Mateus afirmou que André queria apenas dinheiro. "Não vou cair em chantagem de candidato. Ele está no partido errado. Deveria procurar o PT, o PSDB ou o PSB", disse. "O curioso é que até terça-feira ele pedia voto para mim. E agora decidiu que eu sou mau candidato. É muito estranho", completou Mateus.
O presidente municipal da legenda, Valdir Brandão, disse, primeiramente, que encaminharia o caso ao Conselho de Ética. Indagado se, enquanto isso, André poderia continuar fazendo campanha, ele mudou o posicionamento. "Se houver reincidência, irei expulsá-lo sumariamente."
Prefeiturável quer ‘importar' médicos de Cuba
Durante caminhada no Parque São Vicente - roteiro decidido de última hora, após o episódio com o candidato a vereador - Mateus Prado apresentou aos moradores do bairro propostas para a área da Saúde. Uma das saídas apontadas pelo candidato a prefeito é a ‘importação' de médicos de Cuba para o município.
"Nos lugares mais probres de Mauá, essa é a melhor solução. Não teremos recursos para aumentar os salários dos médicos que hoje atuam na rede municipal, mas os profissionais cubanos aceitariam vir para a cidade", argumenta, sem explicar qual seria o número de médicos trazidos da ilha do Caribe.
"Muita gente não sobe o morro nem vai para o fundão do Zaíra. Mas para o cubano, a realidade não é tão diferente. Em Caracas (Venezuela), essa medida deu certo." Segundo o prefeiturável, os profissionais estrangeiros seriam aproveitados no Programa Saúde da Família.
O candidato entrou em um comércio e começou a falar sobre a proposta cubana. Também falou sobre o sistema sueco de Saúde, de responsabilizar os gestores pelo não-cumprimento de metas no setor. "Vamos mandar um projeto para a Câmara, que aprovará a medida." Sem entender muito, o funcionário da loja disse que duvidava da parceria do político com a Câmara.
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