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DATA DA PUBLICAÇÃO 29/05/2008 | Política
Alex tem pré-candidatura ameaçada
O grupo governista de São Bernardo investirá pesado para conquistar o apoio do PPS no primeiro turno das eleições. A influência de lideranças da cidade chegou à esfera nacional e ameaça a candidatura própria da terceira via - que cancelou, nesta quarta-feira, o anúncio da chapa majoritária.

A possível união entre as forças é o principal assunto discutido nos bastidores políticos. Governistas afirmam que as chances da aliança com o bloco, liderado pela família Manente, são de 80%. "Numa escala de 0 a 10, diria que a possibilidade de fechar com o PPS neste primeiro momento é 8", assegurou um socialista, que pediu para ter o nome preservado.

Candidato à sucessão municipal pelo PSDB, o deputado estadual Orlando Morando reafirmou - durante ato de coligação com o PMDB (leia matéria abaixo) - que está aberto a negociações com a sigla. "Não tenho dialogado diretamente com essa esfera, mas não faço objeção. Estamos construindo uma frente com partidos de direita e esquerda."

O parlamentar afirmou que até nesta sexta-feira comunicará à imprensa todas as siglas coligadas ao PSDB, mas não mencionou se o PPS faz parte do arco. "Estamos fechados com o PTC, PP, PMN, DEM, PMDB, além de ter o apoio de Tito Costa (ex-prefeito, filiado ao PTB). Mas até sexta-feira, teremos uma nova força, um partido representativo", resumiu.

Coordenador regional do PPS e também prefeiturável, o deputado estadual Alex Manente negou novamente a possibilidade de união com o bloco governista, que administra a cidade há 10 anos, e afirmou que a sigla não oficializou o nome do candidato na data marcada porque aguarda disponibilidade das lideranças nacionais. "Vamos decidir nesta semana se o anúncio da chapa será feito sem a presença de Roberto Freire (presidente nacional do PPS)."

Manente admitiu o assédio dos governistas, mas assegurou que o partido não mudará os planos por conta de negociações com o bloco, ao qual faz oposição desde 2006, quando abandonou a base de sustentação do governo. "Todos os grupos falam que temos possibilidade de caminhar juntos para poder enfraquecer nossa candidatura, que está muito forte na cidade", argumentou.

O parlamentar sustentou a candidatura própria e afirmou que o diretório municipal não se submeterá a intervenção do nacional. "Não existe possibilidade de um partido que tem a chance de ter candidato próprio retirá-lo da cena para apoiar outro partido."

O presidente estadual da sigla, David Zaia endossou o posicionamento do líder regional. "Estamos muito bem organizados em São Bernardo, onde o partido tem feito um trabalho excelente que o credencia para chegar ao segundo turno do pleito. Todos conhecem a história do PPS no município e nenhuma decisão será tomada levando em consideração as articulações de terceiros", justificou.

Lado oposto - Até as convenções do partido, no final de junho, o cenário ainda pode mudar, já que o PT garante usar todas as táticas possíveis para ter o PPS ao lado do pré-candidato da legenda, o ministro da Previdência, Luiz Marinho. Petistas discursam a favor de Otávio Manente, presidente da sigla, ou o filho, Alex, como vice de Marinho.

Presidente da executiva municipal do PT, Wanderley Salatiel, já afirmou dezenas de vezes que não poupará esforços para fechar com o PPS e que a "união no primeiro turno poderia garantir facilmente à vitória da oposição". O líder petista desconsidera, no entanto, a possibilidade de o PT indicar o vice na chapa encabeçada por um dos Manente, formação já proposta pela terceira via.

PMDB apoiará a candidatura do deputado Orlando Morando

O PMDB de São Bernardo oficializou nesta quarta-feira apoio à pré-candidatura a prefeito do deputado estadual Orlando Morando (PSDB). Com discurso afinado para encarar o palanque, o tucano, que até então mantinha segredo sobre a composição do arco de alianças, assegurou que nesta sexta-feira anunciará um novo aliado.

Segundo o prefeiturável, o partido terá participação direta na elaboração do plano de governo. "O apoio do PMDB fortalece ainda mais nossa pré-candidatura, por tratar-se de um partido com total autonomia política. Mas a construção da frente não pára por aqui."

Atual presidente do PMDB, Vanderlei Joeli, afirmou que o fator primordial da união ocorreu por conta do afastamento do ex-prefeito Maurício Soares (PSB) do bloco governista. "Estamos trabalhando para fortalecer Morando há muito tempo e a saída do Maurício antecipou nosso posicionamento."

Joeli garantiu ainda que a sigla - base aliada do governo Lula na esfera federal - não sofrerá interferência da executiva nacional. "Embora o PMDB tenha cinco ministérios atrelados ao governo, temos total independência para decidir o nosso caminho no município. Além disso, contamos com o apoio da estadual (presidida por Orestes Quércia), que compartilha de todas as nossas decisões. Quércia virá ao Grande ABC para oficializar a aliança".

Por Rita Donato - Diário do Grande ABC
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