DATA DA PUBLICAÇÃO 25/09/2008 | Tecnologia
Alerta para os pais: crianças ''high-tech'' precisam de limites
Já faz algum tempo que o universo das crianças não se restringe a bonecas e carrinhos. Cada vez mais cedo, os computadores, videogames, celulares, iPods e outras inovações tecnológicas atraem a atenção dos pequenos, consolidando a chamada geração 'high-tech' (alta tecnologia, na tradução literal).
E quando se fala em "pequenos", entenda-se pequenos de verdade. Davi (foto), 3 anos, filho da funcionária pública Maria Ester Guio, 44 anos, adora brincar no computador, acessar o site de seu canal de TV favorito e mexer no Orkut, onde tem até um perfil. O interesse do garoto por tecnologia surpreende até a mãe. "Quando ele tinha 2 anos, começamos a ensinar alguns jogos para ele, que ficam guardados numa pasta. Um belo dia eu cheguei em casa e ele estava jogando outros jogos que a gente nem tinha ensinado", conta Maria Ester.
Na opinião dela, o aprendizado é mais fácil para essa nova geração, diferente da época em que ela era criança. "Com a idade dele, eu nem sabia que eu estava no mundo. Já o Davi sabe mexer até na TV de LCD, e minha mãe não. É ele quem liga a TV para ela. Uma vez, o Davi até ensinou o meu marido a passar de fase num jogo", diz a mãe, que afirma que o filho passa todo o tempo que está em casa na frente do computador e da TV.
Mattheus, 14 anos, também é um aficionado por tudo que engloba tecnologia. "Se deixar, ele fica o dia inteiro na frente do computador", conta a vendedora Sônia Carvalho, 49, mãe do garoto.
Por mais que se preocupe com outras atividades importantes para o desenvolvimento do filho, como a prática de esportes e o aprendizado de uma língua estrangeira, Sônia incentiva o gosto do adolescente. "Desde pequeno ele se interessa por computador. Ele começou a brincar e a gente passou a incentivá-lo a fazer pesquisas, essas coisas", explica a mãe, que conta que o filho já fez, inclusive, um curso de montagem e manutenção de computadores. "Eu incentivo porque quero que ele siga nessa área. Acho importante porque hoje tudo gira em torno da tecnologia".
Exagero e limite - Apesar da importância da tecnologia nos tempos atuais, as mães devem tomar alguns cuidados para que o hobby não se torne uma compulsão. "Isso se torna algo 'não-saudável' quando a criança passa a não ter contato social, quando a vida dela passa a ser algo tão virtual que ela acaba não tendo contato com amigos de verdade", afirma Rosana Vieira, psicopedagoga, psicóloga e orientadora educacional do Colégio Singular Júnior, de Santo André.
Não há como fugir do avanço tecnológico, mas para Rosana, os pais têm sim responsabilidade na formação dessa da nova geração. "A tecnologia faz parte de um processo de evolução, porém os pais têm uma parcela de culpa, pois acabam a usando para compensar a falta que fazem na vida dos filhos", explica a psicopedagoga.
Para evitar problemas e zelar pelo bem-estar e saúde das crianças, Rosana cita alguns cuidados que devem ser tomados. "Os pais têm de monitorar os filhos o tempo todo: dar limite de tempo, ver qual o aproveitamento que eles estão tendo com o uso do computador, além de sempre orientá-los sobre a importância de ter contato com outras pessoas e realizar outras atividades".
E quando se fala em "pequenos", entenda-se pequenos de verdade. Davi (foto), 3 anos, filho da funcionária pública Maria Ester Guio, 44 anos, adora brincar no computador, acessar o site de seu canal de TV favorito e mexer no Orkut, onde tem até um perfil. O interesse do garoto por tecnologia surpreende até a mãe. "Quando ele tinha 2 anos, começamos a ensinar alguns jogos para ele, que ficam guardados numa pasta. Um belo dia eu cheguei em casa e ele estava jogando outros jogos que a gente nem tinha ensinado", conta Maria Ester.
Na opinião dela, o aprendizado é mais fácil para essa nova geração, diferente da época em que ela era criança. "Com a idade dele, eu nem sabia que eu estava no mundo. Já o Davi sabe mexer até na TV de LCD, e minha mãe não. É ele quem liga a TV para ela. Uma vez, o Davi até ensinou o meu marido a passar de fase num jogo", diz a mãe, que afirma que o filho passa todo o tempo que está em casa na frente do computador e da TV.
Mattheus, 14 anos, também é um aficionado por tudo que engloba tecnologia. "Se deixar, ele fica o dia inteiro na frente do computador", conta a vendedora Sônia Carvalho, 49, mãe do garoto.
Por mais que se preocupe com outras atividades importantes para o desenvolvimento do filho, como a prática de esportes e o aprendizado de uma língua estrangeira, Sônia incentiva o gosto do adolescente. "Desde pequeno ele se interessa por computador. Ele começou a brincar e a gente passou a incentivá-lo a fazer pesquisas, essas coisas", explica a mãe, que conta que o filho já fez, inclusive, um curso de montagem e manutenção de computadores. "Eu incentivo porque quero que ele siga nessa área. Acho importante porque hoje tudo gira em torno da tecnologia".
Exagero e limite - Apesar da importância da tecnologia nos tempos atuais, as mães devem tomar alguns cuidados para que o hobby não se torne uma compulsão. "Isso se torna algo 'não-saudável' quando a criança passa a não ter contato social, quando a vida dela passa a ser algo tão virtual que ela acaba não tendo contato com amigos de verdade", afirma Rosana Vieira, psicopedagoga, psicóloga e orientadora educacional do Colégio Singular Júnior, de Santo André.
Não há como fugir do avanço tecnológico, mas para Rosana, os pais têm sim responsabilidade na formação dessa da nova geração. "A tecnologia faz parte de um processo de evolução, porém os pais têm uma parcela de culpa, pois acabam a usando para compensar a falta que fazem na vida dos filhos", explica a psicopedagoga.
Para evitar problemas e zelar pelo bem-estar e saúde das crianças, Rosana cita alguns cuidados que devem ser tomados. "Os pais têm de monitorar os filhos o tempo todo: dar limite de tempo, ver qual o aproveitamento que eles estão tendo com o uso do computador, além de sempre orientá-los sobre a importância de ter contato com outras pessoas e realizar outras atividades".
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