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DATA DA PUBLICAÇÃO 13/02/2015 | Política
Alckmin quer jogar água do Pinheiros na Billings
Alckmin quer jogar água do Pinheiros na Billings Billings, que agora governador diz ser salvação contra a seca, pode receber água tóxica do rio Pinheiros, dos mais poluídos do País. Foto: Rodrigo Pinto
Billings, que agora governador diz ser salvação contra a seca, pode receber água tóxica do rio Pinheiros, dos mais poluídos do País. Foto: Rodrigo Pinto
Prefeitos do ABCD irão cobrar explicações nesta sexta, preocupados com poluição

O governador Geraldo Alckmin (PSDB) afirmou nesta quinta-feira (12/02) que voltará a jogar a água contaminada do rio Pinheiros na Billings com objetivo de abastecer a população. No entanto, o plano do tucano, que pretende despoluir as águas do rio antes de encaminhar à represa que corta o ABCD, já foi barrado pelo MP (Ministério Público). Em 2011, o governo teve que suspender a despoluição do rio Pinheiros – um dos mais poluídos do Pais, que recebe diretamente esgoto de milhões de residências da Capital, além de detritos industriais –, pois a tecnologia aplicada não barrava alguns poluentes considerados tóxicos.

A “nova” ideia da equipe de Alckmin fortalece a hipótese de que o governador possa encaminhar água para consumo da população sem tratamento em estações específicas. Especialistas e professores ouvidos pelo ABCD MAIOR já alertaram para a possibilidade (leia mais abaixo).

“Você limpa o rio (Pinheiros) e coloca a água na represa Billings. Uma parte desta água vai para a Guarapiranga. Portanto, para abastecimento humano. Outra parte irá continuar a gerar energia elétrica em Cubatão. O Kelman (presidente da Sabesp, Jerson Kelman) está retomando esse processo. Lá atrás houve questionamento do Ministério Público, mas podemos retomar este trabalho”, disse Alckmin, em entrevista concedida à radio CBN.

No entanto, a medida anunciada pelo governador contrasta com a resolução assinada em 1996 por Mário Covas (PSDB), que permitia repassar água contaminada do rio Pinheiros à Billings apenas em caso de alagamentos no Centro de São Paulo, com objetivo de reduzir a poluição da represa. Atualmente, o serviço é realizado pela Emae (Empresa Metropolitana de Águas e Energia S.A.).

Náusea - O pesquisador e professor da Unicamp Antônio Carlos Zuffo é um dos que estão preocupados com a utilização da água da Billings para atendimento à população.

“Os reservatórios (Guarapiranga e Alto Tietê) não vão dar conta de fazer o tratamento de água poluída da Billings para atender toda a demanda. Por isso, se quiserem utilizar a água da represa agora, farão apenas a desinfecção com cloro e a mandarão para as residências. Mas essa água não poderá ser consumida sob nenhuma hipótese. A cor será escura e o cheiro tão forte que dará náusea”, afirmou o professor.

Prefeitos questionam - Nesta sexta-feira (13/02), será realizada a primeira reunião do Comitê da Crise Hídrica. O Consórcio Intermunicipal, que representa os sete prefeitos da Região, cobrará da Sabesp e do governador explicações sobre a utilização da Billings no combate à crise de abastecimento de água.

“Nossa preocupação é com a possibilidade de remoção de mais 4 m³ ou 5 m³ por segundo da Billings e as tratativas para bombear água do rio Pinheiros para poder evitar esse déficit. Sabemos que isso vai aumentar ainda mais a contaminação da represa. Levaremos esses questionamentos e cobraremos também a participação da Sabesp, que no decreto de criação do Comitê não aparece”, ressaltou o presidente do Consórcio, Gabriel Maranhão.

Por Karen Marchetti - ABCD Maior
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