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DATA DA PUBLICAÇÃO 05/02/2016 | Educação
Alckmin impõe reorganização e salas são fechadas no ABCD
Alckmin impõe reorganização e salas são fechadas no ABCD Após a promessa de suspensão da 'reorganização escolar', governo do Estado inicia fechamento de escolas em São Paulo. Foto: Andris Bovo
Após a promessa de suspensão da 'reorganização escolar', governo do Estado inicia fechamento de escolas em São Paulo. Foto: Andris Bovo
Conforme Apeoesp, antes mesmo do início das aulas escolas tiveram classes encerradas pelo Estado

As escolas estaduais do ABCD vão perder mais de 50 salas de aula em mais de 30 unidades escolares. Isso porque, mesmo com proibição judicial, o governo de Geraldo Alckimin (PSDB) conseguiu implantar de forma velada a reorganização escolar. A denúncia é feita pela Apeoesp (Sindicato dos Professores do Estado de São Paulo) que, em levantamento preliminar, averiguou que 594 classes já foram fechadas em todo o Estado.

Após a promessa de suspensão da "reorganização escolar", governo do Estado inicia fechamento de escolas em São Paulo. Foto: Andris Bovo

A reorganização velada apontada pela entidade sindical incidiu, inclusive, nas atribuições de aula dos professores. A equação é simples: menos classes, menos aulas, mais professores desempregados. Professores e diretores de escolas apontam, inclusive, que alguns alunos estão sendo realocado para escolas estaduais distantes das residências. Nesta sexta-feira (05/02) é o último dia de atribuições.

A Apeoesp deve finalizar o levantamento sobre a reorganização nos próximos dias. Porém, preliminarmente, a entidade apontou que no mínimo, mais de 30 escolas já sofreram remodelação. Algumas escolas do ABCD perderam salas no período noturno. Outras, passaram por uma manobra que encerrou também anos letivos.

“Aqui em São Bernardo estamos presenciando uma gangorra imposta pelo governador. Algumas escolas chegaram a abrir salas. Mas o número de classes fechadas é maior. Tem unidade que as salas viraram laboratórios”, descreveu Vera Lúcia Zimberger, diretora escolar e representante da Apeoesp. “Temos informações que isso foi imposto às diretorias de ensino. Não consultaram professores ou diretores. Dessa forma, tem aluno que não está conseguindo fazer matrícula”.

Em nota, a Apeosp criticou a atitude da Secretaria de Educação do Estado. “O Governo Estadual está impedido de implementar a reorganização da rede estadual de ensino por força de decisão judicial, que o obriga, ainda, a promover debates com ampla participação popular sobre a educação pública estadual em 2016”, descreveu a entidade.

LUTA ESTUDANTIL

No ano passado, para evitar que salas e escolas fosse fechadas no ABCD, os estudantes se reuniram e ocuparam as principais unidades. A Escola Estadual Diadema foi a primeira a ser ocupada em toda Grande São Paulo. O movimento ganhou força e as ruas. As famílias dos estudantes apoiaram o movimento que derrotou Alckmin. O governador recuou da proposta e até demitiu o secretário de educação da época, Herman Voorwald, criticado pelos docentes por não ter experiência em salas de aula de educação básica.

O diretor estadual da Apeoesp, André Sapanos, contabilizou as escolas que sofreram redução se classes em Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra. “O governador Geraldo Alckmin não se conforma com a derrota que os estudantes e professores impuseram a ele com o movimento de ocupação das escolas. O fechamento de salas de aula, em sua maioria no período noturno, a demissão de mais de 500 coordenadores pedagógicos, a diminuição do número de professores nas salas de leitura e a superlotação das salas de aula são exemplos claros de que ele esta fazendo uma reorganização velada. Seu novo secretario de educação: Renato Natalini foi alçado ao posto justamente para continuar pondo em prática este infeliz projeto”.

Em nota, a Secretaria de Educação do Estado questionou o levantamento da Apeoesp. Confira na íntegra a nota enviada pela pasta:

A Diretorias Regionais de Ensino de Mauá e Santo André ressaltam que os dados informados pela Apeoesp não condizem com a realidade e são prematuros, na medida em que as Diretorias tem à disposição mais de 1800 classes que ainda não foram preenchidas por falta de demanda.

Portanto, não procede a informação de que há “reorganização velada” ocorrendo nas escolas estaduais de São Paulo. Ao contrário, o Estado continua trabalhando para melhorar a estrutura das escolas e, em 2016, irá abrir 396 classes em 22 novas unidades distribuídas em todo Estado. Na Diretoria de Mauá, foram abertas mais de 20 classes este ano, enquanto que na de Santo André foram 25.

Cabe ainda dizer que há uma diminuição do número de matrículas, ou seja, as escolas estão recebendo menos alunos. Entre os anos de 2015 e 2016 foram 187.970 matrículas a menos, fato esse ignorado pelo sindicato.

Por Renan Fonseca - ABCD Maior
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