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DATA DA PUBLICAÇÃO 23/10/2014 | Geral
Alckmin estuda aumento na conta de água para cobrir rombo na Sabesp
Alckmin estuda aumento na conta de água para cobrir rombo na Sabesp Crise do Sistema Cantareira continua se agravando e nesta quarta-feira o nível das represas estava em 3,2%, mesmo com a utilização da primeira parte do volume morto. Foto: Fernanda Carvalho/Fotos Públicas
Crise do Sistema Cantareira continua se agravando e nesta quarta-feira o nível das represas estava em 3,2%, mesmo com a utilização da primeira parte do volume morto. Foto: Fernanda Carvalho/Fotos Públicas
Reajuste da tarifa ajudaria Sabesp a recuperar prejuízo com bônus de economia de água

Depois de conceder bônus para quem economizasse água na Grande São Paulo, a administração de Geraldo Alckmin (PSDB) quer o dinheiro de volta. Pelo que indicam os estudos de conselheiros da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico de São Paulo), mais de R$ 1,3 bilhão de déficit gerado pelos descontos devem retornar aos cofres da empresa com aumento na tarifa de água. Ou seja, novamente o consumidor terá de arcar com as consequências da má gestão da água promovida pelo tucano.

Alberto Goldman (PSDB), ex-governador e integrante do conselho administrativo da Sabesp, disse na semana passada, ao jornal Folha de S.Paulo, que pretende reajustar a tarifa 2% acima da inflação (que gira em 6,75% nos últimos 12 meses).

Ainda de acordo com a entrevista de Goldman, outra hipótese seria agregada ao aumento: empréstimo no Exterior. “Deve ser uma operação casada: aumento e empréstimo”, disse o conselheiro à Folha. Se aprovado, o aumento passa a valer no próximo mês. A ação foi acordada com o secretário estadual de Recursos Hídricos, Mauro Arce.

Fora da legalidade - A manobra planejada pelo governo tucano, no entanto, não está dentro da legalidade. Ainda mais: qualquer alteração tarifária deve ser passada pela avaliação da Arsesp (Agência Reguladora de Saneamento e Energia). Este ano, a agência já deliberou sobre o reajuste anual das tarifas. A correção ficou em 5,4408%, porém, Alckmin ordenou a suspensão temporária do aumento. O motivo são os problemas gerados pela crise hídrica.

A Revisão Tarifária da Sabesp aconteceu em 10 de abril e, de acordo com a Arsesp, os próximos reajustes anuais deverão ocorrer em 11 de abril de 2015 e em 11 de abril de 2016.

Mesmo assim, na terça-feira (21/10) a Sabesp anunciou novas faixas de desconto para quem conseguir economizar água. Desde fevereiro, quem reduz seu consumo em 20% ou mais recebe um desconto de 30% na fatura. Pela proposta aprovada, o imóvel que tiver redução de 10% a 15% no consumo terá economia adicional de 10%; já quem baixar o gasto de água entre 15% e 20% terá redução na conta de 20%. O cálculo é feito em relação à média de consumo dos 12 meses que vão de fevereiro de 2013 a janeiro de 2014.

Prejuízo é da empresa - Para Carlos Thadeu de Oliveira, gerente técnico do Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor), a proposta da administração de Alckmin “não se justifica”. “O bônus é prejuízo da empresa, não é responsabilidade do consumidor”, disse Oliveira.

O gerente técnico do Idec ressalta que a Sabesp não é operada como qualquer outra empresa. A companhia é gerida de forma mista pelo governo do Estado, que detém mais de 51% das ações, e outros acionistas. “A Sabesp não pode manipular o preço de um serviço essencial e regulado”, acrescentou. “A última pessoa a ser prejudicada por conta da gestão da empresa é o consumidor”, pontuou Oliveira.

Ninguém fala - Tanto a Sabesp quanto a Secretaria de Recursos Hídricos não comentaram o aumento de tarifa de água. A Sabesp inclusive informou que possivelmente o Palácio dos Bandeirantes deveria se manifestar, o que foi desmentido pela assessoria do governo.

Cantareira beira a seca total e Rio Grande chega a 71%
Mesmo com os últimos dias de chuva e tempo úmido, o Sistema Cantareira se aproxima da morte completa. Nesta quarta-feira (22/10), o reservatório estava com 3,2% de sua capacidade, mesmo com a utilização da primeira parte do volume morto.

A utilização da segunda parte do volume morto já foi autorizada. Enquanto isso, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) anuncia em palanques na Grande São Paulo que pretende usar um terceiro volume morto.

O Sistema Alto do Tietê segue o mesmo caminho do Cantareira, reservando pouco mais de 8% do volume total. Já o Rio Grande, braço da represa Billings, chega aos 71,5% de seu volume. Isso significa que em apenas um mês o manancial perdeu 6,1 pontos percentuais do volume. No ano passado, também em outubro, o Rio Grande operava com 96% da capacidade.


Por Renan Fonseca - ABCD Maior
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