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DATA DA PUBLICAÇÃO 03/09/2014 | Educação
Alckmin diz que a crise da USP ''vai passar assim que a economia crescer''
Governador de SP diz que crise é transitória por causa de PIB negativo.

Universidade enfrenta a mais longa greve de sua história.


O governador Geraldo Alckmin disse nesta terça-feira (2) após participar do Fórum de Educação promovido pelo Grupo de Líderes Empresariais, em São Paulo, que a crise que Universidade de São Paulo enfrenta é passageira. A USP enfrenta uma greve de servidores e professores desde 27 de maio, e o reitor Marco Antonio Zago diz que a folha de pagamento afeta 105% do orçamento da universidade.

"As universidades têm 9,57% de ICMS, a USP é a que tem mais, depois a Unesp, e a Unicamp. Esse é um percentual importante, se incluirmos as Fatecs são mais de 10% para o ensino superior", afirmou Alckmin. "Nós investimos 30% em educação."

"Esta crise é transitória porque estamos com o PIB negativo, mas isso vai passar e a hora que a economia crescer, o ICMS cresce, é uma questão transitória", disse o governador, ao lembrar que o governo tem um diálogo aberto com o reitor Marco Antonio Zago, a quem considera uma pessoa 'extremamente preparada.'

A greve de docentes e funcionários da universidade já é a mais longa dos últimos dez anos. As três categorias da USP reivindicam a derrubada do congelamento de salários proposto pelos reitores da USP, da Unesp e da Unicamp, que negociam com os sindicatos por meio do Conselho de Reitores das Universidades Estaduais Paulistas (Cruesp).

Decisão judicial
Nesta segunda-feira (1º), o Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo notificou a USP a depositar o pagamento dos salários atrasados dos funcionários que estão em greve e que tiveram parte de seus vencimentos descontado no mês de julho. Em caso de descumprimento, a multa é de R$ 30 mil por dia de atraso. Por meio de sua assessoria de imprensa, a reitoria da USP afirmou que ainda não foi notificada da decisão da juíza Fernanda Cobra, da Seção de Dissídios Coletivos do TRT.

Em relação aos salários a serem creditados a partir de 5 de setembro, a magistrada determinou a manutenção do pagamento, sem qualquer desconto. Os grevistas reivindicam um reajuste salarial de 9,78%, mas o índice do dissídio ainda segue em análise para julgamento, de acordo com o TRT.

Reunião de conciliação
A segunda reunião de conciliação entre a reitoria da USP e o Sindicato dos Trabalhadores da USP (Sintusp), realizada no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), na tarde de quarta-feira (27), terminou, mais uma vez, sem acordo. Uma nova tentativa já foi para marcada para a sexta-feira (5), às 14h.

As negociações entre as partes foram conduzidas pelo desembargador Davi Meirelles e pela juíza Patrícia Therezinha de Toledo, do Núcleo de Conciliação de Coletivos do TRT de São Paulo.

Mais uma vez, a reitoria da USP não apresentou proposta de reajuste aos servidores da universidade. A instituição alega que o orçamento já está todo comprometido. A questão mais polêmica na reunião foi o corte do ponto, que ocorre há dois meses.

O procurador do trabalho William Bedone ressaltou, na ocasião, que a ausência de pagamento arbitrária por parte do empregador poderia configurar crime, além de infração administrativa.

Representantes da USP informaram que haverá uma reunião do Conselho Universitário para discutir o reajuste salarial nesta terça-feira (2). Outro encontro com o mesmo objetivo será realizado na quarta-feira (3) com o Conselho dos Reitores das Universidades Paulistas (Cruesp). Só depois destas reuniões é que poderá haver proposta de acordo, segundo a USP.

Por Vanessa Fajardo - G1 São Paulo
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