DATA DA PUBLICAÇÃO 06/12/2012 | Educação
Alckmin deve aprovar proposta de adoção de cotas por universidades de SP
O governador Geraldo Alckmin (PSDB) deve aprovar nos próximos dias a proposta de cotas desenhada por USP, Unesp e Unicamp, que reserva 50% das vagas do vestibular a estudantes do ensino médio público.
O modelo prevê que esses 50% sejam divididos, 20% das vagas irão para calouros de escolas públicas selecionados para curso superior a distância, preparatório. Os outros 30% seriam preenchidos por meio de ações a serem escolhidas pelas universidades.
Segundo três envolvidos nas discussões ouvidos pela Folha, Alckmin concordou com o modelo e deve comunicar a decisão aos reitores até a semana que vem. Oficialmente, sua assessoria diz que ainda não há decisão.
A mudança terá de ser aprovada pelos conselhos universitários, o trâmite depende do aval de Alckmin.
O projeto começou a partir de pedido do próprio governador. Ele já declarou ser favorável às cotas. O Estado se sente pressionado pelo fato de as universidades federais já estarem implementando uma reserva de 50% das vagas para alunos de escolas públicas.
O sistema superior público do país mais de 80% dos alunos se formam no ensino médio público, mas eles são minoria nas universidades públicas, na USP, por exemplo, foram 28% dos aprovados na última seleção.
USP, Unesp e Unicamp só aceitam criar políticas para beneficiar os alunos da rede pública se for mantido o que chamam de "mérito acadêmico", ou seja, o estudante deve provar estar preparado para ocupar uma das vagas.
"Só descansaremos quando 88% das vagas forem para alunos de escolas públicas, negros, indígenas e pobres", disse o frei Davi Santos, coordenador da ONG Educafro, uma das entidades que mais pressiona as universidades.
O benefício específico a negros, pardos e indígenas não está assegurado nas universidades paulistas.
O curso semipresencial vai durar dois anos e será oferecido pela Univesp (universidade virtual paulista). Os alunos devem ser escolhidos via Enem ou via Saresp (exame estadual).
Colaborou CLÁUDIA COLLUCCI
O modelo prevê que esses 50% sejam divididos, 20% das vagas irão para calouros de escolas públicas selecionados para curso superior a distância, preparatório. Os outros 30% seriam preenchidos por meio de ações a serem escolhidas pelas universidades.
Segundo três envolvidos nas discussões ouvidos pela Folha, Alckmin concordou com o modelo e deve comunicar a decisão aos reitores até a semana que vem. Oficialmente, sua assessoria diz que ainda não há decisão.
A mudança terá de ser aprovada pelos conselhos universitários, o trâmite depende do aval de Alckmin.
O projeto começou a partir de pedido do próprio governador. Ele já declarou ser favorável às cotas. O Estado se sente pressionado pelo fato de as universidades federais já estarem implementando uma reserva de 50% das vagas para alunos de escolas públicas.
O sistema superior público do país mais de 80% dos alunos se formam no ensino médio público, mas eles são minoria nas universidades públicas, na USP, por exemplo, foram 28% dos aprovados na última seleção.
USP, Unesp e Unicamp só aceitam criar políticas para beneficiar os alunos da rede pública se for mantido o que chamam de "mérito acadêmico", ou seja, o estudante deve provar estar preparado para ocupar uma das vagas.
"Só descansaremos quando 88% das vagas forem para alunos de escolas públicas, negros, indígenas e pobres", disse o frei Davi Santos, coordenador da ONG Educafro, uma das entidades que mais pressiona as universidades.
O benefício específico a negros, pardos e indígenas não está assegurado nas universidades paulistas.
O curso semipresencial vai durar dois anos e será oferecido pela Univesp (universidade virtual paulista). Os alunos devem ser escolhidos via Enem ou via Saresp (exame estadual).
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